sábado, 26 de dezembro de 2015

FELIZ ANO NOVO!









                                                           Feliz Ano Novo!









   Mais um ano passou, e rápido… Podemos parar e examinar o que aconteceu nesses últimos 365 dias, mas e’ melhor não pensar nisso... O que devemos fazer é olhar os próximos dias e apenas visualizar o que queremos esteja reservado para nós dentro de cada um deles... É assim que um ano novo feliz é feito: de esperanças…
    Que esse ano seja, final e verdadeiramente, um ano de realizações, que você consiga atingir todas as suas metas e que seja um ano de muita paz, saúde e alegria…

   Quando, num momento fugaz, os fogos de artifício anunciarem que o ano novo está presente, e o ano velho ficou para trás, num instante, as taças se tocam e o champagne borbulhante anuncia que o novo presente chegou…
   De repente, os olhos se cruzam, as mãos se entrelaçam e, os seres humanos, 
num 
abraço caloroso, num só pensamento, exprimem um só desejo e uma só aspiracao: paz e amor… De repente , não importa a nacao, não importa a língua, não importa a cor, não importa a origem, porque, sendo humanos e descendentes de um só Pai, de certa maneira, somos todos irmaos… De repente, sem mágoa, sem rancor, sem ódio, cantamos uma so’ cancão, comum a todos os coracoes… Mas para que o novo ano novo não seja igual `a todos os outros novos anos, e’ preciso acabar com o circulo vicioso que consume o mundo com guerras, ódio, invejas, ganancias…   Devemos juntos comemorar a virada de um novo tempo, enchendo nossos corações de esperanças, e dizer adeus ano velho feliz ano novo.
   Se mesmo com todos os obstáculos que a vida nos prepara, conseguimos superar as barreiras e passar para este outro ano com a certeza de que será melhor, teremos conseguido derrotar a tradicao… 

    Hoje, temos que acreditar no que acabamos de pensar, viver, desejar… Não podemos deixar que a tradicao ocupe um lugar de destaque em nosso coracao e, se conseguirmos, so’ assim seremos capazes de viver nosso desejo… Pandora’s Box foi aberta! Não se sabe ao certo por quem mas, se, ao invés de tentarmos descobrir o culpado, concentrarmos nossas energias em erradicar os males que dela fugiram, talvez assim possamos, todos juntos, como irmãos que se amam, viver o tao, por tanto tempo desejado, feliz ano novo…







Copyright 12/ 2009 Eugene Colin



sábado, 19 de dezembro de 2015

TWO BABIES IN A MANGER










                                                       Two Babies in a Manger











   A social worker answered an invitation from the Department of Education to teach morals and ethics based on biblical principals. He was invited before to teach in prisons, businesses, the fire and police departments and, that year a large orphanage was chosen...
   About one hundred boys and girls whom had been abandoned, abused, and left in the care of a government-run program were there.
   It was nearing the holiday season, 2001, the beginning of a new century which, apparently, had begun with the same problems of century's past. It was time for those children to hear, for the first time, the traditional story of Christmas...
   He told them about Mary and Joseph arriving in Bethlehem. Finding no room in the Inn, the holly couple went to a stable, where the baby Jesus was born and placed in a manger. Throughout the story, the children and orphanage staff sat in amazement as they listened. Some sat on the edges of their stools, trying to grasp every word.
   After completing the story, he gave the children three small pieces of cardboard to make a crude manger. 
   Each child was given a small paper square, cut from yellow napkins I had brought with me. No colored paper was available at the place. Following instructions, the children tore the paper and carefully laid strips in the manger for straw. Small squares of flannel, cut from a worn-out nightgown of a lady were used for the baby's blanket. A doll-like baby was cut from tan felt I had brought with me. The orphans were busy assembly their manger as I walked among them to see if they needed any help.
   All went well until I got to one table where a little boy sat. He seemed to be about six years old and had finished his project. As I looked at the manger he had done, I startled to see not one, but two babies in the manger. Quickly, I asked him why there were two babies in the manger...
   Crossing his arms in front of himself and looking at his completed nativity scene, the child begun to repeat the story very seriously. 
   For such a young boy, whom had only heard the Christmas story once, he related the happenings accurately, until he came to the part where Mary put the baby Jesus in the Manger.
   Then, he started to ad-lib. Making his own ending to the story, he said:
-  And when the Virgin Mary laid the baby in the manger, Jesus looked at me and asked if I had a  
   place to stay. I told him I had no mamma and I have no papa, so I don't have a place to stay. Then,  
   Jesus told me I could stay with him. But I told him I couldn't, because I didn't have any gift to give
   him like everybody else did. But, I wanted to stay with Jesus so much, so I thought about what I 
   had that maybe I could use for a gift... I thought, maybe, if I kept him warm, that would be a good 
   gift.
      So, I asked baby Jesus, "If I keep you warm would that be a good gift?" And Jesus told me: "If 
   you keep me warm, that would be the best gift anybody ever gave me,"
      So, I got into the manger, and then Jesus looked at me and he told me I could stay with him... For
   always...
   As the little boy finished his story, his eyes brimmed full of tears that splashed down his little cheeks. Putting his hands over his face, his head dropped to the table and his shoulders shook as he sobbed. Finally, the little orphan had found someone who wold never abandon nor abuse him, someone who would stay with him forever.
   
   This can be a lesson on how to keep our faith, to find ways to solve adversities, to have our hopes high; even if, out of options, we have to elaborate on a fantasy, if nothing else, to maintain us thru life till something better comes our way, just like that little boy did when he put two babies in a manger.






Copyright 12/ 2005 Eugene Colin.






sábado, 12 de dezembro de 2015

THIS TIME...










                     This time...





I saw your face, I read your lines
I felt your thoughts that just like mines
were filled with hope that now, at last,
would find true love and put at rest
the endless search that sometimes seamed
to have no end, just like I dreamed
so many times and, realize
that all was gone, like a lost prize,
so much desired, but not achieved,
maybe deserved, but not received…

The hope I carry, perhaps like you,
was put at halt, the day I knew
that you replied to what I wrote
on a small poem, then, on a note
only describing some of my feelings
willing to have for life new meanings…

Maybe is you, the one I've seeing,
so many nights with me have being...
someone till now without a face
yet, so present on each embrace…

Maybe you'll go, I hope you stay
to live this dream and, if I may,
keep you with me and, more than never
just be in love, this time forever…




Copyright 9/2015 Eugene Colin.

sábado, 5 de dezembro de 2015

LER COM CARINHO E ATENÇÃO!










                                            Ler com Carinho e Atenção!










   Diante da atual conjuntura que nos obriga a abrigar obrigações obrigáveis, me resta declarar que não mais podemos extrapolar pensamentos limitados pela nossa percepção especulativa que, por vezes, nos fazem concluir que conclusões fortuitamente concluídas, nada mais são do que pensamentos fundados nos princípios da desadequação racional pertinente ao que, mentalmente nos impomos, apenas apressados por um pensamento improcedente tentando fugir da realidade alheia, na qual inadequadamente, por um momento fortuito nos propomos a abraçar, na esperança de, sermos claros naquilo que de antemão saberíamos ser quase impossível acomodar nos pensamentos daqueles ouvintes ávidos para sair daqui entes de, fundir irreparavelmente, neurônios que, como outros muitos, invisivelmente antes circularam por nossos pensamentos e se dispersaram na mesma proposição e, assim sendo ser tornarem inaptos, propositada e satisfatóriamente, depois de tantas incongruências, de mesmo acompanhar e abrigar as mesmas obrigações obrigáveis que nos fizeram extrapolar pensamentos limitados por nossa percepção especulativa.
   Coerências e incoerências são apenas coerentes se, ao serem analizadas, verbalmente proferidas, ou silenciosamente pensadas, coergem com o que coerentemente seriam propostas a fazer dentro da conjuntura especulativa verbal ou mental.
   Não que dizer que pensamentos aleatórios devem ser esquecidos, arquivados ou ignorados em nossas palavras ou nossas mentes que, muitas vezes na procura por algo a fazer, ja’ que, muitos pensadores, que na realidade todos somos, não fazemos porra nenhuma a não ser azucrinar ouvidos alheios... Muito pelo contrario, esses pensamentos que nos vem a determinado momentos são reflexos de desejos, aspirações, comprometimentos ou mesmo sonhos que nos ajudam a enfrentar o dia a dia doloso que situações fugitivas de nosso controle nos obriga a abrigar em nosso pensamento que, inconscientemente tenta abrigar apenas o que nos e' pertinente na obrigação que temos com nos mesmos de cercearmos aqueles que não nos agrada e tentarmos, de uma maneira ou de outra, escafeder com os búnicos mentais que mais cedo ou mais tarde vão nos fazer ficar putos se não conosco mesmo, o que seria mais adequado ou, menos adequadamente, com outrem que, como forâneo, muito provavelmete não vai compreender porra nenhuma do que estara' se desenvolvendo e multiplicando mentalmente em nossa cachola e, assim sendo recebera' a carga malévola de inconguências mentais alheias e, ele mesmo, ou ela mesma, dependendo da situação peculiar momentânea, ficara, com aquela cara de babaca de quem não estaria entendendo nada do que ao seu redor se resume.
   O que nos levaria então `a atual conjuntura que nos obriga a abrigar obrigações obrigáveis, me resta declarar que não mais podemos extrapolar pensamentos limitados pela nossa percepção especulativa que, por vezes, nos fazem concluir que conclusões fortuitamente concluídas, nada mais são do que pensamentos fundados nos princípios da desadequação racional pertinente ao que, mentalmente nos impomos, apenas apressados por um pensamento improcedente tentando fugir da realidade alheia, na qual inadequadamente, por um momento fortuito nos propomos a abraçar, na esperança de, sermos claros naquilo que de antemão saberíamos ser quase impossível acomodar nos pensamentos daqueles ouvintes ávidos para sair daqui entes de, fundir irreparavelmente, neurônios que, como outros muitos, invisivelmente antes circularam por nossos pensamentos e se dispersaram na mesma proposição e, assim sendo ser tornarem inaptos, propositada e satisfatoriamente, depois de tantas incongruências, de mesmo acompanhar e abrigar as mesmas obrigações obrigáveis que nos fizeram extrapolar pensamentos limitados por nossa percepção especulativa.
   Seria então, o caso de tentar fugir da mesma conjuntura que nos obriga a abrigar as tais obrigações obrigáveis e jamais  extrapolar os pensamentos que nossa percepção especulativa limita. Não podemos deixar que  nosso cérebro se transforme em um cacimbão frivolizado disposto a pensar apenas a abrigar obrigações obrigáveis que ha’ muito ja' deveriam ter sido destituídas das vias neurônicas de um bestunto maduro daqueles que finalmente se libertaram das tais obrigações obrigáveis...
   Deu para entender?

   De qualquer modo, pelo sim, pelo não, muito obrigado a todos vocês que se viram compelidos a ler com carinho e atenção..."





Copyright 9/2015 Eugene Colin.

sábado, 28 de novembro de 2015

THANKSGIVING...










                                                        Thanksgiving...









   Being just a teenager, I was marvaled the first time I heard "Your make-believe ball room", a radio program I started to listen from that day on... Yes! At that time television was just begining to  broadcast in the country. This was before computers, cell phones, Internet, facebook and all the moderneres we have today...

    It was a whole hour program, featuring the most famous American big bands and singers. On those days I was "introduced" to Cole Porter, Rosemary Clooney, Harry James, Oscar Peterson, Jimmy Smith, Frank Sinatra, Dean Martin, Nelson Riddle, Nat King Cole, Doris Day, and the list goes on and on... I grew up embedded on American culture. 
   I will never forget the first word I learned in English; "please". I was at the movie theater. On the screen, an indian was pulling Audie Murphy ( a famous actor at that time ) in a desert sand, tied by his wrists, and he was begging for a drop of water.
   Every Sunday there I was, at the theater, learning English thru the movies, and everything else I could, about America.
   That was just the beginning of a "love affair" which lasts till today. 
   Life moved on and America was put on a distant shelf, inside my mind. This was up to when a big economical crisis was inflicted upon the country... Suddunly, old memories jumped down and, on a whim, on a leap of faith, now married, I said goodbye to everything and moved to America, with a wife and three kids...
   The struggle was huge but the love was greater...
   This week, when we celebrate Thanksgiving, and the beginning of another Christmass season, time of reflection, like every one should, I want to give thanks for everything America gave me. She is a strong and very wise "lady". She gives you all her love but, she demands to be loved in return. She wants to share with you a responsible relationship, with love, respect, commitment, allegiance and, if you do your part, she will be yours forever...
   Here's what I wrote, showing my gratitude...

                To America...
                I have many things to be thank for today...
                I thank for the days, for the stars and the moon,
                I thank for our families and friends who stay
                with us every moment, at sundown or noon,
                to encourage, to chat, to also have fun,
                to comfort our soul, to warm up our heart,
                to talk on the phone if we are apart,
                to help when we think there's nowhere to run...
                I thank for my health and also being able
                to work, to talk, to listen, to see,
                for always endow to have food at the table
                for my heirs, my friends, my daughters and me...
                I thank for America, a love that I have,
                who opened its arms and allowed me to be
                a part of this family and live here my dream
                in the home of the brave, in the land of the free...
                There are also other things to be thankful for,
                I might not remember everything I had to,
                but there's one in special that I must say, therefore,
                I'll always be thankful for having met you...







Copyright 11/2019 Eugenio Colin.

sábado, 21 de novembro de 2015

BEAUTY










                           Beauty






Thinking of beauty in all of its forms,
I asked myself if it could be defined. . .
Is it like perfection abiding certain norms,
Or pleasure for our eyes that cannot be denied?
A flower is beautiful, the sunset can be,
specially if I have your presence with me. . .
The stars in the sky, the beach, the sand,
pieces of a painting that inside our minds blend. . .

The leaves in the fall that flies when wind blows,
a small, silent teardrop when happiness overflows,
the presence of God guiding us by the hand
when we feel that life isn't always as we planned. . .

Among all the things that are beautiful indeed,
the songs, the moonlight, a sunrise at the sea,
the colors, the flowers, a bird or a tree,
you are the only, real beauty, to me. . . 




Copyright 9/2015 Eugene Colin.

sábado, 14 de novembro de 2015

FRAQUEZAS










                                   

                                                           Fraquezas










   Naquela manhã do dia de seu decimo nono aniversário, Carlos Augusto dos Santos Fogoso, pediu para que sua mãe se sentasse a seu lado, na cama e, soltou a bomba...
-  Mãe! Decidi que quero ser padre...
-  Meu filho! Isso não vai dar certo... Ponderou a senhora. Você não da' uma folga `a pobre da
   Maria... Você chega das noitadas `as cinco da manha e quando a menina esta' acordando, se
   preparando para o dia de trabalho, você entra no quarto dela e obriga a menina a te satisfazer...
   Concluiu ela.
-  Come e’ que a senhora sabe disso? Perguntou seu filho Fogoso.
-  Um dia ela me chamou no canto da cozinha e disse:
-  Dona Clarinha, a senhora me faz um favor? Pede pro seu filho pelo menos me deixar fazer xixi de
   manha antes dele me empurrar de volta pra cama e me "abusar"... Eu não ligo não, sabe? Ate' gosto.    Mas, antes de fazer xixi dói muito...
-  Aquela filha da puta! Isso era um segredo... Disse seu filho.
-  Mesmo assim você acha que esta' preparado para ser padre? Perguntou a mãe.
-  Mas por isso mesmo mamãe. Tenho que parar com essa vida antes de morrer de AIDS ou por um
   tiro de um marido, ou um namorado que eu nem conheço.
-  Por favor meu filho, pensa bem...
   Depois daquela conversa, aparentemente seu filho tinha abraçado a ideia de corpo e alma...
   Meses depois, um dia, meia sem jeito, Maria, a empregada "abusada", chamou a patroa de lado e 
   lhe tascou a pergunta, meio receosa, sem saber se devia...
-  Dona Clarinha, ta' tudo bem com seu Fogoso? Nunca mais vi ele... Quero dizer, de manha, no meu
   quarto... Da' pra senhora da' uma palavrinha com ele... Ja' faz muito tempo... To morrendo de
   vontade...
-  Maria, vai procurar o que fazer... Respondeu Clarinha.
   
   Anos se passaram, o menino agora ja' era um seminarista e, certamente estava realmente cometido ao que se propusera, para a surpresa de todas as que, ainda então, não paravam de procura-lo por telefone e, algumas ate' pessoalmente, batendo na porta e se apresentando como uma colega de faculdade.
   Aparentemente Fogoso não havia nem informado `as suas "exes" que estava estudando para ser padre... Em uma dessas visitas, Dona Clarinha olhou bem para a menina que parecia ter uns quinze anos e pensou com seus botões: “imagina se ela soubesse que meu filho vai ser padre...”
   No dia de sua ordenação, Clarinha ate' sentiu orgulhosa... Aquele “garanhão” havia abdicado dos “prazeres da carne”... Nunca achei que isso fosse possível, ao lembrar o seu passado de orgias. Pensou ela.
   Com o tempo ele começou a desenvolver projetos sociais em sua paroquia e, não conseguia evitar os olhares das mocas, com os dizeres “puxa, se ele não fosse padre...” “estampado” em suas testas.
   Fogoso tinha ate' um carro, que a própria paroquia lhe havia cedido para que pudesse facilitar suas viagens para as pequenas cidades do interior do estado onde cumpria sua missão.
   Um dia, em uma dessas viagens, ao passar por uma para de ônibus no meio do nada, viu uma freira, la' parada, de pe' sob um sol causticante...
   Acometido por um ato de solidariedade, parou o carro e perguntou a freira se ela aceitava uma carona, para onde fosse.
   A freira, e' claro, aceitou, antes que se derretesse.
   Imediatamente uma conversa super animada começou entre os dois. Falavam de seus trabalhos, missões, aspirações...
   A certo momento a freira, envolvida pela conversa, ou talvez para aliviar o calor causado por tanto sol, se distrai e cruza as pernas, revelando um par de coxas capaz de fazer qualquer um babar no prato da sopa.
   Ao ver aquilo, Fogoso se descontrola e quase joga o carro fora da estrada.
   Após conseguir controlar o veiculo, evitando um acidente, não consegue resistir e tasca a mão nas coxas da freira, que olha para para ele, com muita calma e diz:
-  Padre, lembre-se de Corintios 2, capitulo 12, versículo 5.
   Fogoso, tirando a mão das pernas da freira se desculpa dizendo:
-  Me desculpe irmã . Estou muito envergonhado.
-  Não se preocupe padre... Lembre-se de Corintios 2, capitulo 12, versículo 5.
   O resto da viajem foi em silencio... Os sorrisos e olhares da freira, agora intrigavam Fogoso... Aparentemente, se e' que ainda entendia um pouco  de mulher, ela não estava nem um pouco aborrecida, pelo contrario, continuava sorrindo, mudando de posição ao assento do carro, cada vez mais, revelando suas lindas pernas.
   Chegando ao destino, a freira agradece e, com um sorriso enigmático e profundamente frustrado, desce do carro e entra no convento, não antes de olhar para Fogoso com um ultimo sorriso tristonho.
   Curioso, embora embaraçado consigo mesmo, assim que chega `a igreja, Fogoso pega uma bíblia procurando por Corintios 2, capitulo 12, versículo 5.
   Sua surpresa foi completa quando leu: “Nesse homem, finalmente, me gloriarei, mas não sozinha, e sim com sua ajuda penetrando em minhas fraquezas.”.






Copyright 1/2001 Eugene Colin









sábado, 7 de novembro de 2015

MEMORIES










                            Memories






Two years has passed since I last touched your hand.
Where did it go? I don't really understand...
Maybe you loved me the way I did too,
what happened to us, to me, to you?

Through all this time, since we've been apart,
I kept always with me, deep inside, in my heart
things that we had, that we felt and we did,
memories of a past that I never got rid...

All the walks that we walked after work, I remember
hand in hand, like teenagers, year round, till december
stollen kisses at the park, like if greeting "our" tree
memories yet so fond that I still keep with me...

And now, here you are, like if "running" again
almost breaking my heart, bringing back that pain
that one day was so sweet, like never before,
foreseeing embraces, and kisses, a lot more...

I hope, in our future, even being away
we'll find each other, like we did it one day,
so, then, I could write many words and, again
talk about many feelings that, in me, still remain...
 






Copyright 9/2015 Eugene Colin

sábado, 31 de outubro de 2015

AINDA BEM!











                   Ainda Bem!




   Ainda bem que antes fui infeliz,
   ainda bem não amei a quem quis,
   ainda bem que sai do país,
   deixando pra traz tudo aquilo que fiz…

   Ainda bem que em terra distante,
   com tentativas e luta constante,
   de dar para as filhas o que esperavam,
   vivendo os sonhos que sempre sonhavam,
   nunca encontrei o amor que traria
   momentos de paz, sensações de alegria…

   Ainda bem que surpreso, voltando
   de onde sai, um dia chorando,
   comecei a pensar no que ha' muito deixei,
   pessoas e terras que antes amei…

   Ainda bem que de longe, muito longe, sozinho,
   eu pude encontrar amor e carinho
   em uma mulher com rosto tão belo,
   com olhos de mel, cabelo amarelo,
   de labios macios, de mente bonita,
   rainha dos quais suas mentes habita…

   Ainda bem que achei, quando não esperava,
   o sonho que dia após dia sonhava,
   o  prêmio que, sei, todo homem queria,
   o amor que sentia e feliz me faria…




Copyright 9/2015 Eugene Colin
    


sábado, 24 de outubro de 2015

EYES












                                 Eyes





We see, in our lives, many things every day.
Food for our soul, peace of mind, I would say.
The moon, the stars, that shine in the sky,
the smell of a flower that by walking we try,
the smile of a child, sometimes talking to us
purifying our hearts, washing out all our flaws,
a walk by the beach with our love, hand in hand,
bringing emotions that we don't understand,
a sunrise, every morning, that like greeting the night
will promise new hope, a new future, always bright...
A sunset with the sun "melting" down in the sea
a joyful experience that I carry with me...
The prairie, the forest, the rivers and the trees
protecting the birds, showing out their hollies
the sources are endless, I could go on and on
expressing my thoughts from the dusk until dawn...
these things are like gifts that beauty supplies
but nothing, compared to the glare of your eyes.






Copyright 9/2015 Eugene Colin

sábado, 17 de outubro de 2015

PERGUNTAS QUE TODOS QUEREM FAZER MAS NÃO TEM CORAGEM, POR VERGONHA, PRECONCEITO, TIMIDEZ...










             Perguntas que todos querem fazer mas não tem coragem, por vergonha, 
                                                       preconceito, timidez...











   Dr. Secaga Eukuro, famoso cientista Japonês que dedicou toda sua vida `a pesquisa da flatulência e suas causas, de quem, neste blog temos publicado sua renomada “Psicologia Peidorreira”, ensaio que quase lhe rendeu o prêmio Nobel de Literatura e Ciência, vem hoje responder `a perguntas que todos querem fazer mas não tem coragem, por vergonha, preconceito, timidez...
   Vamos `a elas...

-    Do que e’ feito o peido?
R: O ar que respiramos, ao atingir os intestinos reage quimicamente com ácidos,  produzindo dióxido      de carbono e, junto com bactérias hidrogênio e metano, formam o peido.
-    Porque os peidos fedem?
R:  Pequenas quantidades de gás sulfídico e skatole, produzem enxofre. Quanto mais rica em enxofre
      e' sua dieta, mais vão feder seus peidos.
-    Porque os peidos fazem barulho?
R:  Pela vibração da abertura anal. Com músculos contraídos os gazes fazem barulho. Com músculos 
      relaxados, silencio. Habilidade de controle faz toda diferença.
-    Que quantidade de gás uma pessoa normal produz ao dia?
R:  Aproximadamente um litro, distribuído em cerca de 14 peidos por dia.
-    Quanto tempo demora ate' que o peido atinja o nariz de alguém?
R:  Depende de condições atmosféricas, umidade do ar, velocidade do vento e a distancia entre 
      perpetrador e recipiente. Após alguns segundos porem, o peido e' diluído no ar.
-    E’ verdade que algumas pessoas nunca peidam?
R:  Falso! Se você esta' vivo, você peida. Quem afirma não peidar, mente!
-    E' possível acender um fósforo com um peido?
R:  Não! Além disso, peidos têm a mesma temperatura do corpo quando saem, e essa
      temperatura não é suficiente para iniciar uma combustão. Além do mais, bunda não e' lixa.
-    Porque feijão faz as pessoas peidarem tanto?
R:  Feijão contém açúcares que seres humanos não conseguem digerir. Quando esses
      açúcares chegam em nossos intestinos, as bactérias fazem a festa e produzem um
      monte de gás! Outros produtores notórios de peidos são: milho, pimenta, repolho, 
      leite, batata doce e beterraba, que produz peidos cor de rosa.
-    Animais também peidam?
R:  Sim! Animais, pássaros, peixes... Ate' insetos peidam... Quem tem tubo digestivo, peida!
-    Os homens peidam mais do que as mulheres?
R:  Não! Todos peidam o mesmo... Homens apenas têm mais orgulho do ato. 
-    Se eu segurar o peido ele some?
R:  Absolutamente não! Ele sera' eliminado mais tarde com maior quantidade de gás.
-    Em que parte do dia um homem está mais sujeito a peidar?
R:  De manha! E' o famoso trovão matinal... Se você  conseguir uma boa ressonância, seu    
      peido poderá ser ouvido na casa inteira. 
-    E' o peido um arroto que saiu pelo lado errado?       
R:  Não! O arroto vem do estomago. Peidos tem menos ar e mais gases.
-    E' mesmo possível “acender” os peidos?
R:  Sim! Saiba porem que ignizar um peido e' perigoso. A chama pode queimar seu fiofo'.
-    Porque e' possível queimar peidos?
R:  Porque normalmente esses gases incluem metano e hidrogênio, ambos são gases 
      inflamáveis. Peidos tendem a se traduzir em chamas azuis ou amarelas.
-    Se eu cheirar peidos de outras pessoa os meus vão ficar mais fedidos?
R:  Não, peidos inalados vão para seus pulmões, não para seu sistema digestivo. Talvez alguns    
      componentes do peido passem para sua corrente sangüínea mas não todos. Se você quer se 
      beneficiar de peidos de outras pessoas, você vai ter que engoli-los de alguma forma. 
-    Um peido pode matar alguém?  
R:  Na opinião medica, não! Mas, dizem que um homem ligou o nariz ao seu ânus com um sistema de       mascara de gás, tubos de borracha e um cano oco de madeira e, morreu sufocado.
-    E' possível enlatar um peido?
R:  Teoricamente sim mas, seria mais fácil usar um saco plástico e envasa-lo, ao invés
-    Porque a maioria das mulheres não assumem seus peidos?
R:  Somente algumas meninas não assumem seus peidos. A razão é que elas devem ter sido ensinadas       a pensar que peidar não é coisa que uma dama faça. É um grande erro pensar que peidos não são 
      coisas de dama. Todas as pessoas peidam, incluindo damas... Se qualquer coisa que damas façam 
      é coisa de damas, então, isso inclui peidar.
-    Cheirar peido nos deixa chapado?
R:  Não se conhecem agentes intoxicantes na flatulência. Entretanto, a maior parte dos peidos contém       muito pouco oxigênio e você pode ficar tonto se inalar uma quantidade superconcentrada de 
      essência de peido, simplesmente por falta de oxigênio. E se você está respirando rápido perto do 
      peido para cheirar o mais possível, pode ficar tonto por causa de hiperventilação, não do peido.
-    E' estranho gostar de peidar?
R:  Não e' incomum! Se sua quantidade de peidos não satisfazem, procure por um analista para lhe 
      ajudar a resolver a frustração.
-    Para onde vão os peidos quando você os segura?
R:  Quantas vezes você segurou um "peido", pretendendo soltá- lo na primeira oportunidade 
      apropriada, e depois descobriu que ele tinha desaparecido quando você estava pronto? Os 
      médicos concordam que o peido não é nem liberado nem absorvido. Ele simplesmente volta para 
      os intestinos e sai depois. Isso reafirma o fato de que os peidos não são realmente perdidos, e sim
      adiados.
-    Peido tem cor?
R:  Não! Peido e' incolor... A exceção e' o peido de quem come muita beterraba que tem uma
      coloração rosada.
-    Outras pessoas cheiram mais o peido do que quem peidou?
R:  O peido deveria cheirar tanto para quem o fez quanto para as outras pessoas. Mas quem fez está 
      protegido pelo fato de que propeliu o ar para longe do seu corpo numa direção oposta à do seu 
      nariz. Peidar contra vento anula essa vantagem.


   Dr. Eukuro lembra ainda que peidar e’ um fenômeno natural, inerente `a  todos os seres humanos. Os alimentos ingeridos, e não absorvidos pelo nosso organismo, tem que sair de nosso corpo de alguma maneira; pela urina ou pelas fezes e, os gases por estes alimentos produzidos, pelo arroto ou pelo peido. Portanto, não tenha preconceito, aceitem o peido como uma característica de seu corpo, sem que isto lhe cause vergonha, preconceito, timidez....







Copyright 8/2015 Eugene Colin






sábado, 3 de outubro de 2015

TE AMAR...










                                                       Te amar...









                  Pensei que tinhas crescido,
                  por fim tornando-te adulta,
                  deixando no tempo, esquecido,
                  os erros de tua conduta...
                  Achei que tinhas respeito 
                  por tantos que andam na rua
                  que trazem dentro do peito
                  a dor de uma alma nua...
                  Achei que então, finalmente,
                  tu fostes cumprir as promessas
                  tornando assim permanente
                  as “juras” de nossas "conversas"...
                  De nada adianta fingir
                  ainda tentar me enganar
                  queria ao menos sentir
                  vontade em ti de mudar...
                  Ha’ tempos, quando te deixei,
                  pelos mesmos motivos de agora
                  não volto pra ela, pensei,
                  melhor e’ eu ir embora...
                  O tempo passou, eu bem sei,
                  a magoa eu sentia aplacar,
                  a saudade de quem eu amei
                  começava a me maltratar...
                  Mas la', eu estava feliz
                  criei uma nova vida
                  com o tempo, meu amor refiz
                  ao lado da nova querida...
                  Então, vem você me chamar,
                  enchendo a minha cabeça
                  falando, sem descansar,
                  pedindo que não me esqueça
                  da infância feliz que eu vivi,
                  das brincadeiras de rua,
                  dos amigos que conheci,
                  dos passeios nas noites de lua...
                  Cedendo aos caprichos teus
                  então resolvi voltar
                  deixando aos que eram meus
                  e vê-los ao longe chorar...
                  E o que eu encontro aqui?
                  Mentiras, fracasso, traição
                  as mesmas das quais eu fugi
                  quando a mim negastes a mão...
                  Teus filhos so' andam tristes
                  da mesma maneira de outrora
                  pra eles também não cumpristes
                  as novas promessas de agora...
                  Se me conhecias tão bem,
                  sabendo o que sou e o que penso,
                  sabias que não me convém
                  viver neste contra senso...
                  Políticos ainda mentem
                  e muito pior agora
                  fingindo que não entendem
                  o que o povo a eles implora...
                  O roubo, as impunidades,
                  o crime, a insensatez,
                  que rondam pelas cidades
                  me assustam mais uma vez...
                  Assim não da’ pra viver!
                  Aquele amor de outrora
                  sentido desde nascer
                  mais uma vez foi embora...
                  So’ espero, pátria querida,
                  ainda poder um dia
                  na longa estrada da vida
                  resgatar o que então eu sentia
                  e assim, orgulhoso falar,
                  então sem medo de errar
                  que: “eu sei! Voltei pra ficar!”
                  e, mais uma vez, te amar....






Copyright 4/2015 Eugene Colin








sábado, 26 de setembro de 2015

SIAMO LA DONNE









                                                       Siamo la Donne







-  Se qualcuna è depressa ricordi che siamo il sesso "bello".
-  Non abbiamo bisogno di portare cravatte.
-  Non ci fa male incrociare le gambe.
-  Se decidiamo d'esercitare professioni prettamente maschili siamo pioniere.
-  Se loro decidono di esercitare professioni prettamente femminili sono gay, noi non.
-  La nostra intelligenza è paragonabile a quella di qualsiasi uomo. Ma il nostro aspetto  
   è migliore.
-  Se uccidiamo qualcuno e dimostriamo che sia successo durante la sindrome
   premestruale, è un attenuante.
-  Il nostro cervello ha la stessa capacità di quello degli uomini, anche se abbiamo sei 
   miliardi di neuroni in meno, questo vuol dire che i nostri neuroni sono più efficienti.
-  Siamo in grado di occuparci di più cose contemporaneamente.
-  Sappiamo sempre dove sono le calze.
-  La moglie del presidente viene chiamata la "first lady".
-  Il marito della presidentessa è come uno zero messo a sinistra, anche se è di destra.
-  Se sposiamo l'erede al trono, siamo regine.
-  Se un uomo sposa l'ereditiera al trono, sarà il marito della regina.
-  Se siamo tradite siamo vittime, se noi tradiamo, loro sono cornuti.
-  In definitiva, siamo noi a decidere quanti figli avere.
-  Sentiamo il bimbo muoversi dentro di noi.
-  I bimbi sempre dicono "mamma" per primo.
-  Sappiamo sempre che il figlio è nostro.
-  Abbiamo mesi di congedo per maternità.
-  La visita ginecologica è più gradevole di quella della prostata.
-  Siamo monogame anche se fosse necessario provare diversi uomini fino a trovare 
   qualcuno che valga la pena.
-  Siamo sempre presenti alla nascita dei figli.
-  Allattiamo.
-  Siamo le "star" del matrimonio.
-  Qualcuno ha sentito parlare di un "muso ispiratore"?
-  Viviamo di più.
-  Siamo più resistenti al dolore e alle infezioni.
-  Abbiamo meno problemi cardiaci.
-  Sudiamo di meno.
-  Abbiamo la precedenza sui battelli di salvataggio.
-  Siamo più sensibili.
-  Le donne che vivono sole mangiano meglio.
-  Abbiamo una nostra giornata internazionale.

-  Siamo veramente meravigliose!.








Copyright 7/2015 Eugene Colin

domingo, 20 de setembro de 2015

CHEMISTRY










                         Chemistry







When different elements like a woman, a man
enter, by chance or by choice, in the lab of life;
when unfamiliar beings often strangers by then
think of their own future, maybe husband and wife;
when deepest of feelings, like love, for an instance
are put on a table like food, at stake;
when bodies try contact with a touch, or a glance,
we must be somewhat careful with a judgement mistake
that might lead us to fail and discard a good chance...

If we open our minds, if we don’t fear the fire,
that might warm up our lives, also burn out our skin,
that can make us believe, like a bird on a wire,
making fools of ourselves, being anxious, sometimes mean ,
we may give one the chance to begin the reaction
that on those “elements” it was bounded to start,
not by making conventional chemical interaction,
but my mixing fingers, bodies, lips, even hearts...

Chemistry is complex, only works certain ways.
Reactions are strong, cause explosions and fire.
Some others take hours and sometimes even days,
the strong ones are brief, won’t last, they get “tired”,
the small ones have more time and, once mixed, they stay...

Often we think have experienced before
something strong, in our guts, taking even our soul,
it should grow, it should flourish every day even more...
Infatuation? What happened? It’s not there, where it go?

At least, in some cases, by not being experts,
not knowing, beforehand, in what “elements” we'll be,
we should put those together, being patient, also alert,
and just wait to begin feeling our own chemistry...




Copyright 9/2015 Eugene Colin.

sábado, 12 de setembro de 2015

ANJOS










                         Anjos






Anjos são entes por Deus escolhidos
para nos amparar na hora da dor; 
também tomar conta dos nossos sentidos
para nos proteger, dar carinho, amor... 
Eles têm varias formas, de muitas maneiras,
uns têm asas, outros loiros, morenos ou pardos
todos vêm proteger-nos de nossas asneiras,
dividindo conosco dos fardos o peso
que afligem `a muitos, culpa nossa ou não
ajudando a cumprir o divino desejo
de, na hora mais dura, encontrarmos Sua mão...
Esses Anjos, os vemos quando não esperamos;
são pessoas comuns, conhecidas de então,
por acaso andam juntas, onde mesmo estamos
transbordando o desejo de dar compaixão.
Vemos vários relatos por outros narrados
de pessoas ajudadas por desconhecidos
largando afazeres por minutos parados
e sumirem depois, ja' desapercebidos.
Como tudo funciona e' mistério divino
não nos cabe entender o que aconteceu
como estava ali, em nosso destino
quem por livre vontade a nós acolheu.
Não cabe a ninguém seu anjo escolher
mas sim aceitar, de muito e bom grado,
o que muitas vezes, mesmo sem perceber,
de presente recebemos do Ente sagrado.
Mas, e se, além disso, com todo carinho
ouvimos a voz mais linda do mundo
falando baixinho, quando triste estamos,
nos fazendo lembrar mesmo por um segundo
que na via da vida onde nos encontramos
por nós ainda existe sentimento profundo?
E se quando ao ver nosso anjo chegando
com um sorriso tão doce que a todos encanta,
para ela olhamos, ainda chorando,
quase a confundindo com mais uma santa?
E se além do amor, compaixão, caridade,
ao olhar em seus olhos, ainda com dor,
constatarmos um verde mais lindo que o mar,
não e' pra se achar mais que um vencedor?
Nossos anjos existem, sem saber onde estão,
nem nos cabe escolher como somos guardados,
os mistérios profundos colocar em questão
contestar os desígnios que são sempre sagrados.
Quando o lindo sorriso de meu anjo eu vi, 
uma voz tão sonora, de enternecer,
pude ali perceber que então recebi
um presente de Deus, mesmo sem merecer...




Copyright 9/2015 Eugene Colin









sábado, 5 de setembro de 2015

A MULHER DE SEUS SONHOS










                                               A Mulher de seus Sonhos









   Haroldo Arnaldo era visto por muitos como o homem mais chato do mundo...
   Na realidade, ele deveria ser classificado como perfeccionista. O cara fazia tudo certo, gostava de tudo perfeito, tomava no mínimo dois banhos por dia, barbeava frequentemente, era mais cheiroso do que bunda de neném quando troca a fralda, bonito pra cacete, mais de um metro e noventa de altura, sempre impecavelmente vestido, ate' para dormir. Pelas manhas, quando corria pela praia de Copacabana, antes de assumir sua posição de diretor executivo de uma multinacional renomada, não podia deixar de perceber os suspiros que o mulheril deixava escapar quando por ele cruzavam, algumas ate' deixando verbalizando “galanteios” de baixo calão como “te comia a carne toda e ainda chupava teu osso a noite inteira...” 
   Muitas vezes Hardo, como era conhecido pelos mais íntimos, ate' achava engraçado alguns dos comentários que ouvia cruzar sua audição...
   O que as “meninas” não sabiam e' que nosso amigo era exigente pra cacete, principalmente quando se tratava de mulher... Para ele, por exemplo, todas as artistas de cinema americano eram anoréxicas, horrorosas, e em sua opinião, mais pareciam um graveto que, se o vento soprasse forte, as fariam levantar voo. Ca' entre nós, neste ponto ele não estava muito longe da verdade... As Brasileiras, um pouco mais presentes em sua realidade, também não estavam muito longe. Em sua percepção. encontrava uma mulher bonita em cada duzentas que “piadavam” seus ouvidos.
   Por isso mesmo, estava sozinho ate' hoje. Se fosse mulher, todas suas amigas diriam que ja' estava no carito'. Isto as mais bondosas, a grande maioria diria que era bicha. Quarenta anos de idade, sem namorada... Bicha!
   Mas, a realidade e' que Hardo procurava em uma mulher era uma mistura do rosto da Mônica Vitti no corpo da Sophia Loren com os olhos da Jacqueline Bisset e a voz da Demi Moore... Algo completamente fora da realidade de qualquer mortal. Agora diz se o cara não era exigente...
   E', mas Hardo não tava nem ai. Ou encontrava a mulher de seus sonhos ou continuaria “virgem” pro resto da vida.
   De qualquer maneira, ele não dava muita importância ao fato de estar sempre sozinho. Primeiro porque nunca esqueceu dos conselhos de sua avo', “antes so' do que mal acompanhado”, segundo porque era um homem de convicçoes fortes...
   Ele estava sempre nas colunas sociais. Sempre nas reuniões mais badaladas... Ate' para o exterior viajava constantemente a trabalho mas nunca, nem “la' fora”, havia jamais encontrado a mulher de seus sonhos...
   Um dia, foi informado pela secretária que, diga-se de passagem, so' não se trancava dentro de seu escritório e ficava pelada em sua frente, babando de desejo, porque ja' havia feito isso, sem conseguir atingir seus objetivos, que deveria comparecer a um cocktail da Sutiãns DuLoren no Copacabana Palace.
-  Não da' pra me safar dessa? Peguntou ele `a secretária.
-  Infelizmente, não!
   Assim sendo, resignado, la' se foi Dr. Haroldo Arnaldo Aniz cumprir com seus deveres. Ate' que estava se sentindo a vontade... Ali estavam alguns amigos de faculdade os quais não encontrava havia  ja' algum tempo...
   La' pelas onze da noite, todos foram convidados a sentar ao redor de duas enormes passarelas em semi-círculo, que mais pareciam dois enormes seios, para acompanhar o lançamento da “Coleção Perfumada”. Sutiãns coloridos, com nome e aroma de flores que, quanto mais lavados, mais perfumados se tornavam. 
   Hardo ja' estava quase dormindo, amoado pela monotonia, quando ouviu um rufo de tambores e o anuncio do apresentador: Flor de Lys!, acompanhado por uma estrondante salva de palmas que o fez despertar e, como todos os convidados, olhar para a modelo que acabava de entrar na passarela. 
   Assim que ele viu a jóvem, seu mento descendeu ao pavimento. Não podia acreditar no que estava vendo... Uma modelo maravilhosa, com o rosto da Mônica Vitti, corpo da Sophia Loren, olhos da Jacqueline Bisset... E' claro que não havia escutado sua voz mas, o sorriso era o mais lindo que jamais havia visto.
   De repente, Hardo começou a ficar agitado... Sentia vontade de pular por cima dos convidados `a sua frente, subir na passarela, agarrar a mulher, cobri-la de beijos, de promessas de amor e de tudo mais que ela quisesse mas, e' claro, sabia que tinha que se controlar. Assim mesmo, saiu de sua cadeira e se plantou na porta do camarim onde as modelos se trocavam e começou a suar frio, agonizante, esfregando as mãos suadas, uma na outra.
   Não tardou e sua musa apareceu com um sutiãn tão pequeno que mais parecia um tapa-olho, revelando ainda mais seu corpo maravilhoso. Assim que o viu “plantado” em seu caminho, lhe presenteou com um sorriso maravilhoso que realçava ainda mais aqueles olhos verde-azulados, os quais em sua mente, só existiam em sua imaginação.
   Assim que terminou o desfile, la' estava Hardo, por sua musa esperando, bem `a porta do camarim. Ela, por sua vez, aparentemente, também gostou do admirador, ja' que o acompanhou sem a menor exitação ate' a mesa onde canapés e drinks  eram servidos.
-  Como e' seu nome? Perguntou Hardo, ja' cheio de “intimidades” com a mão no ombro de sua nova      conhecida.
-  Meu nome e' Aldegunda, e o seu?
   Hardo ficou de certa maneira chocado com o nome mas, a voz... A voz era algo quase indescritível, inacreditável, principalmente vindo daqueles lábios maravilhosos... Algo parecido com uma taquara rachada, algo estridentemente irritante, insuportável, o que pôs nosso amigo, pela segunda vez na mesma noite, em estado de choque. Agora se via em um dilema; havia encontrado a mulher de seus sonhos com a voz de seus pesadelos... O que fazer?
   Hardo estava macambuzio, cabisbundo, enquanto sua nova conhecida nele se esfregava como se ja' fosse dona do “pedaço”.
   Tudo bem! Pensou ele resoluto: “com o tempo me acostumo com esta voz”, aparentemente resolvendo o problema.
   No dia seguinte, ao encontrar com “a mulher de seus sonhos”, após alguns segundos de confissões mutuas, quase ja' conseguindo superar, ou pelo menos se acostumar, com o som tão horrível que ouvia sair de uma mulher tão maravilhosa, percebeu que sua “amada” fechou a boca, espremendo os lábios, começou a ficar vermelha a ponto de explodir.
   Ele não entendeu nada! Apenas a viu sair correndo, fazendo um sinal para que ele a esperasse. Fato que `aquela noite aconteceria outras duas vezes.
   No dia seguinte, com o incidente ja' superado, ao encontra-la, percebeu que ela trazia um cachorrinho pela coleira... Agora mesmo e' que entendia menos ainda: “que diabos esta' essa mulher fazendo com um cachorro, `a noite, em um encontro amoroso.
   Mesmo sem entender, não falou nada. Talvez estivesse tentando evitar ouvir o menos possível `aquela voz brochante.
   Andavam de mãos dadas quando, de repente, ouviram: “puuuuum”, acompanhado por um cheiro insuportável.
   Imediatamente Aldegunda se vira para o cachorrinho e diz:
-  Toto'! Que coisa feia! Peidando no meio da rua...
   Hardo olhou para a companheira com um olhar desconfiado mas, continuaram passeando pela calcada da praia de Copacabana... Mais alguns minutos e novamente: “puuuuum”, acompanhado do mesmo cheiro, agora reconhecido...
-  Toto’! Para de peidar! Disse ele novamente, se dirigindo para o cachorro com o dedo em riste.
   Agora não tinha duvidas... A “mulher de seus sonhos” peidava mais do que anão depois de comer feijoada...
   Na verdade, o homem não sabia o que fazer... Primeiro a voz, depois aqueles peidos...
   Mais alguns passos e Hardo apontou para um banco, indicando que se sentassem para conversar. Pretendia abrir seu coração, expor os fatos, decidir seus futuros, tentar algo. Assim que os dois se sentaram, o cachorrinho sentou-se também ao chão, bem abaixo das pernas de Aldegunda que o trazia pela coleira.
-  Olha! Assim que eu te vi, fiquei encantado por... Dizia Hardo, quando ouviu: “puuuuum”,
   acompanhado pelo cheiro de enxofre podre e, mais uma vez:
-  Totó! Pára com isso!
   Desta vez o cara não se conteve e exclamou:
-  Toto'! Sai de perto antes que essa mulher te cague em cima...






Copyright 7/2015 Eugene Colin.
   
   
   


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

BOB









                                                                  BOB









   Basílio e Belmiro estavam felizes da vida... Não podiam se conter de tanta alegria... Finalmente, apos três anos de convivência intima, amorosa e cometida, haviam acabado de se casar.
   Depois de tanta luta, tantas frustrações, tantas batalhas para conseguir o que almejavam, finalmente, selaram seu amor perante a sociedade e... Perante Deus? Agora, depois da aprovação da resolução nº 175, de 14 de maio de 2013, do Conselho Nacional de Justiça, finalmente puderam realizar o sonho de suas vidas...
   Eles haviam se conhecido em uma daqueles paradas cheias de arco-iris, no momento em que
Basílio havia se abaixado no meio da rua para amarrar o cadarço de seu tênis multicolorido. Quando Belmiro percebeu que parte do rego daquele estranho estava sendo exposto `a olhares fortuitos. Correu em seu resgate, puxando as calças do novo conhecido para cima dizendo:
-  Cuidado! O “jantar” esta’ esfriando...
   Basílio não resistiu, começou a rir, motivado pela criatividade daquele que seria, daquele dia em diante, o grande amor de sua vida.
   Basílio era “uma menina” desde criancinha... Brincava com bonecas, fazia xixi sentado, gostava brincar com batom e estojo de maquiagem de sua mãe, enquanto Belmiro, por sua vez; cabra macho, havia ate' sido casado por alguns anos ate' que, um dia, ao chegar em casa um pouco mais cedo do que de costume, flagrou sua esposa, deitada em baixo das cobertas, tendo seu chefe, por cima dela. Sendo homem como sempre foi, não podia perdoar aquela traição... Ordenou que sua esposa fosse embora de casa. O que so' não aconteceu porque foi lembrado que a casa era dela, presente do pai e, assim sendo, ele e’ quem teve que se mandar, depressa, antes que fosse coberto de porrada, como ja' havia feito anteriormente... Talvez tenha sido este fato que fez com que ele tivesse “virado a casaca”.
   Mas, isso eram aguas passadas, agora estava casado e feliz... Tinha certeza que Basílio era fiel.
   Aquele dia, estavam convencidos, seria inesquecível. Haviam ate' conseguido se casar na  esquina da rua onde moravam, em uma daquelas Igrejas Universais de reinos diversos que se espalham por todos os lados.
   O único momento embaraçoso da cerimonia foi quando o “ministro” não sabia se deveria dizer: “o noivo pode beijar o noivo...” e, por via dos duvidas, acabou optando por: “os noivos podem se cumprimentar.”
   Ate' o episodio acontecido na hora da recepção, quando uma das serventes, certamente homofóbica,  comentou que se homoxesualismo fosse normal, Deus teria criado Adão e Ivo, havia sido relevado pelos nubentes. Nada na vida importava mais do que aquele momento inesquecível.
   A recepção, realizada no “Bottom End Up”, um bar homoxessual do bairro onde moravam, corria como haviam planejado. Todos esbanjavam felicidade... Homem com homem, mulher com mulher e' claro, como deve ser politicamente correto em um estabelecimento daquela categoria. 
   Depois de horas de inicio de uma felicidade que estava fadada a ser eterna, finalmente exaustos, o casal se despediu dos últimos convidados e foram para casa, para “selar” seu amor para sempre. Seria uma noite inesquecível para ambos.
   Como não tinham bebida em casa, ja' que eram ambos abstêmios, resolveram comemorar, entrelaçando os braços, como se faz com taças de champanhe, so' que, ao invés de bebida, com os salgadinhos remanescestes da festa, um chupando o espetinho do outro. O que sobrasse dos petiscos trazidos para casa, seriam degustados no cafe' da manha do dia seguinte.
   A vida dos dois seguia muito melhor do que esperavam... Haviam ate' encomendado uma placa daquelas que se pendura na porta de entrada dos lares, com os dizeres: “Amor aqui abunda”. Tinham certeza absoluta e inequívoca que se amavam apaixonadamente...
   Basílio, permanecia em casa, tomando conta de tudo. Lavava, passava, arrumava a casa, cozinhava, fazia questão de manter o “ninho de amor” em ordem, para que seu concubino, cada vez mais, se sentisse amado e cuidado. Belmiro por sua vez trabalhava, e era responsável pelo sustento do casal, tomando cuidado para que seu interesse amoroso, se sentisse realizado e protegido, como deve acontecer com todos os casais que tem em si o desejo de que seu parceiro tenha uma vida tranquila e livre de qualquer turbulência.
   Isto porem incomodada Basílio. Ele achava que deveria fazer um pouco mais por seu amado mas, por outro lado, não queria pedir dinheiro ao seu esposo para lhe comprar um presente.
   Um dia, depois de quase queimar seus neurônios, tentando achar uma maneira para que pudesse dar uma lembrança `a Belmiro, teve uma ideia brilhante; resolveu ir `a um salão de tatuagem e mandar tatuar duas letras “B”, uma em cada uma de suas nádegas, gravando assim para sempre seu voto de cometimento `aquele grande amor.
   Dito e feito! 
   Basílio não conseguia se conter de tanta felicidade. O dia parecia não terminar nunca. Ele não podia esperar ate' a hora de mostrar `a Belmiro a prova de seu amor e cometimento, agora estampada em sua própria carne.
   Corria com seus afazeres domésticos para que antes das sete da noite, hora em que, religiosamente seu marido chegava em casa, estivesse preparado para surpreender seu grande amor.
   Eram dez para as sete da noite quando Basílio, com todos seus afazeres domésticos concluídos, tomou um banho rápido e, completamente pelado se ajoelhou em cima do sofa', ficando de cócoras com o fiofo' viradao em direção `a porta de entrada do apartamento para que, quando seu querido entrasse , tivesse a oportunidade de ter a certeza do amor de seu esposo estampado para sempre em suas nadegas.
   Não tardou para que, mesmo de costas para a porta de entrada pudesse ouvir:
-  Amoooooor! Cheguei!
   Emocionado, com o coração batendo forte, tentando antever a reação de seu marido, Basílio permaneceu imóvel por alguns segundos...
   Passado algum tempo porem, como não ouviu uma palavra de Belmiro, resolveu se voltar para trás e constatar porque seu amor não havia reagido como ele esperava.
   Foi com surpresa que, ao virar para a porta, pode ver Basílio, obumbrado, sem conseguir esconder sua decepção quando, com lagrimas nos olhos, coração `a mão, mal conseguiu, `a duras penas, perguntar:
-  Quem e’ BOB?







Copyright 7/2015 Eugene Colin