quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

CUZINHO?... SIM!









                                               Cuzinho?... Sim!







   Trolinha, namorada de Brolha, havia combinado com ele, promover um encontro de casais em homenagem a seu amigo Três Pernas e sua namorada Rosilda Gostosa. Sorrateiramente porem, estava planejando chamar Armando Cacete, um vizinho Português, dono de sete botequins na região, para tentar envolve-lo com Betty Frigida,
antigo amor de Brolha, que ainda “rondava a area” tentando “chutar `a gol” sempre possível.
   Brolha estava na cozinha, meio desajeitado quando ao atender `a porta pode ver, para seu encanto, a presença de Betty, linda, maravilhosa, como sempre. Apos se certificar da hora da recepção, no dia seguinte, se ofereceu também para "ajuda-lo" hoje,  dia anterior.
   Ja’ estavam com a “mao na massa” quando Trolinha entrou em casa em busca de seu celular, amigo inseparável em qualquer ocasião, que havia esquecido em sua ida ao salão, para se empetecar toda.
   Assim que entrou em casa, sentiu o cheiro de “perfume ordinario” como se costumava a referir `a fragrâncias finas como “Imperial Majesty”, “Joy”, “Poivre de Caron”, coisas que seu nariz não aceitava devido `a sua total incapacidade de pagar, justamente o tipo de perfumes que Betty costumava usar.
   Ao ouvir vozes vindas da cozinha, se aprochegou `a porta na tentativa de ouvir a conversa sem ser vista...
-  Ta’ muito grande! Disse Betty com um sorriso que podia ser notado ate’ atrás da porta.
-  E’ so’ o que tenho! Disse Brolha.
 - Devagar! Bota com cuidado para não rasgar. Informou Betty.
 - Você ja’ fez isso? Perguntou Brolha.
 - Tu ta’ de brincadeira ne’? Respondeu ela.
 - Espera! Passa um pouco de manteiga antes... Instruiu Betty.
 - Dentro? Perguntou ele.
 - Dentro e nas beiradinhas também! Passa um pouco atrás... Nunca se sabe. Disse ela.
 - Você não quer tirar o vestido? Estou com medo de você se sujar ou nos atrapalhar. 
   Disse Brolha.
 - Não precisa! Se tiver atrapalhando eu levanto a saia um pouco mais. Alem do mais, se
   Trolinha chegar de repente, quero estar preparada... Não quero que ela nos surpreenda antes de
   terminarmos. Argumentou Betty.
   A esta altura, Trolinha atrás da porta estava morrendo de ódio, pronta para matar os dois ali mesmo mas, a curiosidade em saber ate’ que ponto a traição do homem a quem amava iria, a fazia ficar estática, ávida para presenciar o desenrolar dos acontecimentos.
   O barulho do liquidificador, certamente ligado para disfarçar e esconder o que realmente estava acontecendo naquela cozinha, fez com que Trolinha colasse o ouvido  na porta, não querendo parar de ouvir o que os dois conversavam enquanto faziam o que estavam fazendo.
 - Toma! Disse Betty.
 - Põe mais? Perguntou ele.
 - Bota tudo! Não tem problema! Disse Betty.
 - Hummm! Ja’ esta’ gostoso! Disse Brolha.
 - Pára de lamber o dedo! Ainda nem comecei... Disse Betty, confiante.  - Agora me da’ os ovos.
   Disse ela, soando muito satisfeita.
-  Aí não! Poe na minha mão! Instruiu.
-  Com cuidado. Não aperta! Disse Brolha. Toma segura com carinho... Vai querer farinha também?
-  Brolha! Farinha? Agora? Se botar farinha vai atrapalhar tudo...
-  Uau! Como você esta’ experiente. Disse Brolha, realmente impressionado com os 
   “progressos culinarios” de Betty.
-  Põe a mão aqui! Segura estes limões... Instruiu ela.
-  Puxa! Que limões grandes e lindos. Como você conseguiu?
-  Nasceram pequenos e cresceram... Como tudo mais. Sorriu ela, em resposta.
-  Me da’ tua mão! Deixa eu te ensinar! Põe um pouco de pressão sobre eles... Não faz 
   com muita forca pra não machucar... Faz assim! Movimentos circulares, um de cada 
   vez, Quando você sentir que estão macios, espreme eles. Se quiser apertar os dois
   ao mesmo tempo, um com cada mão, e’ ate’ melhor... Explicou Betty.
-  Porra! Você esta’ mesmo muito melhor nisso. Não sabia que você era tao boa assim.
   Disse Brolha, encantado com o desempenho da amiga.
-  Claro que sabe! Lembra daquele dia na casa da mamãe? Lembrou Betty.
   Ainda atrás da porta, com um ódio tao grande que seria capaz de encarar um caminhão cheio de
   PM’s
   "Que cachorros! Usando minha cozinha para ter um flash-back". Pensou Trolinha.
   Apesar de toda raiva, não queria perder uma única cena das que compunha em sua mente `a medida que ouvia o dialogo. Custava a creditar no que ouvia.
-  Quer que eu te ajude a lavar a mão para se livrar desta gosma branca? Disse Brolha.
-  O que adianta lavar a mão? Ainda não acabamos e sei que vou melar tudo de novo.
-  Puxa! Se soubesse que você era tao boa assim, tinha pedido ajuda ha’ mais tempo.
   Tantas vezes, desde que nos separamos, tentei fazer isso e não consegui... Lamentou Brolha.
-  Ue’? E a Trolinha não sabe fazer? Perguntou Betty.
-  Não assim como você...
   “Filho da puta!” Foi a única coisa que Trolinha pensou, ainda atrás da porta, se segurando para não cobrir os dois de porrada.
-  Vamos! Fala menos e mexe mais... Disse Betty.
-  Ta’ vendo esse pauzinho? perguntou Betty.
-  Claro que sim! Ta’ aqui mesmo, bem `a minha frente... E’! Mais isso, deste tamanho, não e’ um
   pauzinho... Ponderou Brolha.
-  Bem! Isso e’ uma questão de semântica...  Põe aqui na minha mão rápido. Estou 
   precisando dele. Agora! Disse Betty, agoniada.
-  Toma! Segura ele! Agora e’ tua vez... Coloca aqui dentro e começa a mexer. Depressa!  
-  Ta passando da hora... Disse ela, preocupada com que tudo desse certo, na hora certa.
-  Mexe mais um pouco. Vai! Pediu Betty.
-  Assim ta' bom? Indagou Brolha.
-  Mexe mais! Mais rápido! Com mais forca, se não vai demorar o dia inteiro. Disse ela.
-  Devagar! Não põe muito! So’ um pouquinho, se não vai arder depois... Parece sal...
   Concluiu ela.
-  Vê se você se decide! Você diz com mais forca, depois de vagar... Fico sem saber o
    que fazer. Disse Brolha, perdido, olhando para “tudo aquilo” `a sua frente.
-  Você parece que desaprendeu! Disse Betty sorrindo.
-  Não sei como te agradar... Ponderou Brolha.
-  Meu amor!  Põe de vagar! Mexe com forca! Entendeu? Disse ela.
-  Ta’ bom! Não precisa ficar nervosa...
-  Não estou nervosa meu querido. So’ estou estou ansiosa para terminarmos logo,
   antes de Trolinha chegar...
-  Eu também gostaria muito de terminar antes dela chegar mas, agora não adianta
   apressar. Ela vai ficar sabendo que qualquer maneira. E’ melhor que a gente faça  
   bem feito para não lamentarmos depois. Explicou Brolha.
   Ouvindo, ainda no mesmo lugar, o sangue de Trolinha ferveu. “Esse filho da puta!” Pensou.
   Olhava para os lados, pensando o que poderia usar como arma para matar aqueles dois  desgraçados, sem vergonha...
   Enquanto isso, a “ação” continuava, na cozinha...
-  Abre! Abre mais... Assim não vou conseguir. Disse Brolha.
-  Se abrir mais do que isso vai quebrar. Não acredito que você não consiga acertar um
   buraco desse tamanho. Sorriu Betty.
-  Cuidado para não encostar a bunda no forno e se queimar... Disse Brolha, carinhosamente.
-  Toma! Lambe meu dedo! Veja como esta’ gostoso... Disse Betty.
-  Puxa vida! Da’ vontade de comer tudo de uma vez... Comentou Brolha.
   Trolinha, atrás da porta, enojada, enraivecida, indignada, ouvia aquilo com lagrima nos olhos. Como era possível tamanha traição? Em sua casa... Na cozinha! Porque Brolha nunca havia mencionado suas preferências sexuais, suas taras? Certamente, ela tentaria experimentar...
-  Estou toda suada! Pegando fogo! Disse Betty com uma voz satisfeita e realizada.
-  Eu também estou todo melado... Que bom você ter vindo!
-  Agora bota um pouquinho d’água para ajudar. Disse Betty.
-  Água ajuda?
   Betty apenas sorriu em resposta. Estava feliz por poder passar algumas horas com seu antigo namorado que, tinha certeza, ainda exercia muita influencia sobre ela.
-  Abre! Deixa eu tirar... Disse Brolha.
-  Tira com cuidado para não machucar os lados. Ainda esta’ muito inchado. Quando
   esfriar, diminui um pouco. Disse Betty.
-  Não esta’ saindo... Acho que grudou! Disse Brolha.
-  Se não sai e’ porque você não sabe tirar. Tinha manteiga ate’ nos lados, deixa eu
   abrir mais um pouquinho...
-  Agora saiu! Que cheirinho gostoso! Exclamou Brolha emocionado. Da’ ate’ pena
   tirar... Finalizou.
-  Ainda bem que não esta’ muito quente. Pega o chocolate e passa bastante, por cima
   e nos lados... Eu sei que você adora chocolate... Deixa eu deitar aqui na mesa para
   ficar mais fácil. Disse Betty. Poe também um pouco de chantilly. Pediu Betty.
-  Ta’ bom ou poe mais? Indagou ele.
-  Mais um pouquinho!
-  O que você achou? perguntou Brolha.
-  Gostei! Gostei muito! Disse Betty, agora olhando para a mesa.
-  Deixa eu me limpar meu querido! Estou toda melecada.
-  Eu também estou todo melado. E’ melhor trocar a calca antes de Trolinha chegar e
   nos surpreender... Disse Brolha.
   Naquele momento, devastada pelo que “ouviu” acontecer, Trolinha, olhando vagamente, percebeu uma espingarda pendurada na parede, que servia não so’ como decoração mas, também, para mandar chumbo na bunda do primeiro que ousasse invadir sua moradia.
   Sem pensar nem mais um segundo, chorando convulsivamente, voou ate’ a espingarda e tirando-a do local onde estava.
   Meteu o pe’ na porta da cozinha que se escancarou, batendo na parede com tanta forca que estremeceu tudo...
   Betty e Brolha, assustados com a fisionomia transtornada de Trolinha, se afastaram vagarosamente ate’ encostarem na parede, deixando entre eles e a “traida” a mesa da cozinha com um enorme bolo, caprichosamente decorado ao seu cento.
   Ao ver aquele bolo maravilhoso, tao cuidadosamente confeccionado, envergonhada, sem saber o que fazer, como explicar sua desconfiança, abaixou a espingarda que apontava em direção aos dois e com um sorriso muito sem graça perguntou `a Betty com seu Português de analfabeto:
-  Você cuzinha?
-  “Cuzinho?”... Sim! Respondeu Betty, sarcasticamente.









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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A RAINHA DA SACANAGEM...








                                                   A Rainha da Sacanagem







   Brolha era órfão. Sua única família eram os pais de seu amigo Três Pernas, na casa de quem passava boa parte de seus dias especialmente nos finais de semana e, onde desde muito novo foi introduzido `a sacanagem.
   Dona SentaDah, mãe de seu amigo sempre fez muita sacanagem, principalmente nas festas que organizava onde dava para todo o mundo. Seu marido Alli, nunca se importou com este fato, pelo contrario, ate’ ajudava. Uma vez indagado por um conhecido se não gostava de sacanagem, ja’ que ficava so’ olhando, informou que gostava de sacanagem depois da festa, `a sós com sua esposa, quando comia tudo que ela não havia dado aos outros.
   Foi ela também que ensinou a Brolha como fazer uma boa sacanagem...
   Em um final de semana, chegando em casa das compras, surpreendeu o amigo de seu filho tentando fazer sacanagem na pia da cozinha com toda sua inexperiência de menino.
   Brolha gelou quando a viu se aproximar...
   Com paciência e carinho, chegou perto dele, afagou sua cabeca, tirou de sua mão a salsicha ja’ dura e grande que ele segurava e falou:
-  Meu filho! sacanagem e’ uma coisa muito seria. Não deve ser feita casualmente, com
   desmazelo, de qualquer maneira... Você mesmo e’ testemunha de como gosto de
   sacanagem. Não e’ um prazer egoísta que me domina, pelo contrario. Em toda festa
   que organizo, faco questão de dar para todos os presentes... Enquanto não dei pra
   todo mundo, não sossego.
   Posso te afirmar, por experiência própria que uma boa sacanagem e’ o melhor
   aperitivo que vai nos levar a uma boa comida.
   Muita gente esquece que não se deve entrar e ir comendo apressadamente, como se
   fosse tirar o pau da forca. A sacanagem e’ o inicio de tudo. Nunca conheci uma
   mulher que não gostasse de apreciar uma boa sacanagem  antes. O problema e’ que
   muitas vezes não tem a opção da sacanagem. Homens também gostam de sacanagem
   mas, a maioria deles não sabem como fazer. E olha que uma coisa tao simples. E’ só
   usar de um pouco de criatividade e improvisação e uma boa sacagem acontece. `As
   vezes a sacanagem satisfaz tanto que ficamos nela a noite inteira. Ate’ perdemos a
   vontade de comer.
   Por isso, gostaria que você prestasse bastante atencao e não seja como a maioria
   dos homens. Aprenda a fazer uma boa sacagem e nunca se esqueça de usar esta
   prática. Você vai sempre dar prazer a quem estiver a seu lado e vai, e’ claro, poder
   você mesmo sentir os prazeres da sacanagem.
   Apesar do que todos dizem, uma boa sacanagem tem que ser feita com a salsicha
   pequena e mole. Quando ela fica dura desse jeito, não serve mais e, se você ficar
   segurando por muito tempo, vai ver um liquido branco saindo de dentro dela.
   Quando ela esta’ assim, se você não usar logo ela murcha toda e não vai servir pra
   mais nada.
   Alem do mais, uma das melhores coisas, com relação `a sacanagem e’ poder botar  
   tudo na boca de uma so’ vez, se bem que, muitas mulheres preferem morder
   devagarinho tentando não machucar o que ainda esta’ fora da boca... Ja’ os
   homens, estes são mais brutos e apressados. Quando estão com muita vontade,
   enfiam tudo na boca e mordem mesmo, com vontade!
   Vem aqui! Fica de pe’ ao meu lado e presta bastante atencao...
   Primeiro você deita na mesa ou na pia. Porem, se o dia estiver muito frio, e’ bem
   melhor usar a mesa.
   Você pode ate’ sentar se quiser mas eu, particularmente, gosto de fazer em pe’.
   Agora, com cuidado pega o seu pauzinho e começa a enfiar nesse buraquinho
   aqui. O segredo e’ aproveitar o buraco que ja’ existe, assim sendo fica mais fácil
   enfiar e voce não quebra o pauzinho como se tentar enfiar em qualquer lugar. 
   Como voce pode ver, ele não tem uma ponta fina e afiada... Ta’ vendo? Passa a mão!
   E’ meio arredondado.
   Alem do que mais vai machucar o pobrezinho se tentar ficar fazendo buracos com ele...
   Ta’ vendo este que esta’ na minha mão? Este e’ de plastico e depois que a gente usa,
   tem que lavar bem e guardar para a próxima vez... No final dele tem essas saliências,
   duas bolinhas, e voce so’ enfia ate’ aqui.
   Muitas vezes eu prefiro usar este de plastico do que um pauzinho de verdade. Me da’
   mais liberdade e controle sobre o que estou fazendo.
   Como voce pode ver não e’ so’ sair enfiando por ai, sem controle... O local apropriado
   deve estar limpo, forrado com capricho... Tudo tem que ser bem planejado, feito com
   carinho, com amor... Assim voce pode comer muito mais e com mais prazer...
   Primeiro voce enfia a cenoura que e’ mais dura e pode segurar o resto, depois um
   pedacinho de salsicha tipo Viena, ja’ cortada, depois enfia o plastico ou o pauzinho no
   buraco da azeitona... Não pode usar palito, e’ muito pequeno. Use o seu pauzinho ou
   um de plastico como o que mostrei. Mais um pedacinho de salsicha... Olha! Para
   cada duas coisas que voce botar, tem que botar um pedacinho de salsicha. Não pode
   também esquecer do queijo cortado em cubinhos. Queijo da’ um sabor especial...
   Ta’ vendo, depois de tudo pronto voce arruma nesta bandeja forrada ou também pode
   usar um repolho para enfiar a sacanagem. Também fica muito decorativo, parecendo
   uma flor...
   Deslumbrado com a lição que nunca mais esqueceu, comentou:
-  Puxa! Dona SentaDah, muito obrigado! A senhora e’ mesmo a rainha da sacanagem...

 






Copyright 2013 Eugenio Colin

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ISSO ACONTECE!...









                                                              Isso Acontece!...





   Crisântemo Flores estava completando hoje sessenta e cinco anos de idade... 
   Aposentado, com os filhos criados, decidira que agora era o seu tempo de aproveitar os anos de vida que lhe restavam. Esta ano, no dia de seu aniversário queria dar a si mesmo um presente especial, algo que pudesse marcar este dia para sempre, indelevelmente.
   Primeiro pensou em comprar uma moto mas, não tinha namorada e, para ele, andar de moto sozinho, sem uma linda mulher, preferivelmente muito gostosa, na garupa era o mesmo que tomar sopa com a mão.
   Depois lobrigou em comprar um computador novo mas, pensando bem ja’ vinha fazendo isso ha’ três anos... Ele tinha mais computadores do que tempo para usa-los.
   Que tal um jantar especial? Pensou consigo mesmo... Mas para se deliciar com o prato de sua preferência, ensopado de jilo’, quiabo, nabo seta, maxixe, abobrinha e agrião, acompanho por purê de mandioquinha, teria que preparar ele mesmo, nenhum restaurante, em sã consciência colocaria algo deste tipo em seu cardápio e Cris, no dia de hoje, não estava afim de esquentar o pinto no calor do fogão...
   Pensando em pinto... Boa ideia! Que tal uma trepadinha? Não fazia isto ha’ ja’ algum tempo, ja’ havia quase esquecido como era e, nada melhor do que o dia de hoje para realizar um sonho antigo...
   A primeira ideia que lhe veio `a cabeça foi de comer a Cremilda, com quem encontrava varias vezes no supermercado mas, pensando bem, toda vez que Cris sentia cheiro de linguiça, lembrava da Cremilda... Talvez porque so’ encontrava com ela na sessão de frios, talvez porque ela realmente cheirava como linguiça e este fato não era nada lisonjeiro ou  motivador de uma ereção.
   Olhava para sua cadernetinha de endereços e, parecia que a cada pagina passada a idade ia aumentando... So’ conhecia coroa com mais de sessenta anos e, na sua mente, mulher de sessenta anos não pensa mais em trepar, muito menos sem compromisso... O que não e’, necessariamente, correto...
   Ja’ eram quase dez horas da manha e ainda não havia planejado nada para seu aniversário. A esta altura ja’ sabia que queria passar o dia, possivelmente a noite também, com uma mulher, lembrar os velhos tempos de paquera e comilanças, referencialmente sem arrumar tanta complicação para sua vida, como era de seu estilo... Num ato de “desespero” lembrou-se daqueles comerciais que via muitas vezes quando usava seu computador; mulheres balançando bundas enormes e reluzentes bem ao seu nariz, ou deslocando seios prateados por glitter, parcamente protegidos por suotians mínimos que serviam apenas para apertar os pobrezinhos e mostra-los de uma maneira disformemente avantajadas.
   “- E’ mesmo!” Pensou... talvez consiga alguem pelo computador...
   Ligou o dito e, imediatamente, um festival de bundas e seios, cada qual melhor do que o outro.
   Lia os anúncios com cuidado e atenção, tentando desvendar o mistério escondido pelas imagens maravilhosas que `a sua frente desfilavam...
   “Maria Tereza, a única que vai te dar prazer em cima da mesa...”
   “Raimunda, linda de cara! Melhor de bunda...”
   “A melhor pra você! Sua querida Tete...”
   “Se você quer muito prazer no seu dia, não exite! Ligue logo para Bia...”
   E assim por diante...
   Mas por incrível que pareca, Cris ficou “tarado” por um anuncio muito simples que dizia: “Sou nova e inexperiente mas sei que vou te deixar contente...”
   Aquele rosto que a foto exibia eram encantadores... Simples, sem muita maquiagem, mas com feições que deixaram nosso amigo mais exitado do que jovem que toma viagra.
   Sem pestanejar ligou para o telefone do anuncio...
   Ao ouvir a voz da mulher, ficou mais doido ainda... Aquela voz era algo angelical, digna de proteção incondicional... Nem parceria uma mulher atrás de sexo para pagar as dividas...
   Depois de algumas palavras tocadas quando Cris ouvira exatamente o que queria e precisava, e’ claro, marcaram o encontro para três horas depois...
   Agora sim! Poderia começar a comemorar seu aniversário em alto estilo. Alias, membros de seu corpo ja’ haviam começado a “celebracao”...
   Na hora marcada la estava Cris, todo arrumado, paleto’ e tudo. Um verdadeiro cavalheiro. Estava levando este encontro a serio. Não queria apenas dar uma trepadinha e sair fora... Queria também um pouco de romance, algo de certa maneira escasso em sua vida...
   Olhando para frente, pode ver uma linda mulher, saia vermelha rodada, mostrando metade das coxas e uma blusa branca com enfeites prateados que sugeriam uma gravata, saltos altos, muito altos que faziam com que Gigi parecesse ainda mais alta e esguia.
   Ao se certificar, depois que a moca viu o cravo branco que haviam combinado ele traria na lapela para identificação da pessoa certa, Gigi abriu o maior sorriso do mundo. Cris, por sua vez, abriu os bracos andando em direção ao seu “presente de aniversario”.
   Trocando um beijo carinhoso, saíram de mãos dadas em direcao `a “festa”.
   Cris havia reservado a suite nupcial de um Motel de primeira categoria, o que podia ser comprovado pelo cartaz postado bem a porta do “estabelecimento”, o qual dizia: “So' gostamos clientes duros... Entrem e relaxem!”
   E assim fizeram os “pombinhos”... Ao chegarem `a suite, Gigi usava de toda sua experiência para excitar seu parceiro... A medida que ia tirando as pecas de roupa, como se estivesse fazendo um strip tease ao som da musica que tocava, o aniversariante começava a suar frio. Quando sua parceira se livrou da saia que usava, o cara quase teve um ataque. Reparando melhor, pode perceber que a mulher, alem de linda, portava um par de coxas de fazer inveja a qualquer modelo.
   Seguindo o ritual, livrou-se do soutian, revelando os seios mais lindo que Cris havia visto, como ele confessou, assim que recuperou o folego.
   Como uma amante apaixonada, andou em direcao ao parceiro, o empurrou com certa   violência contra a cama, fazendo com que ele caísse deitado, suando mais do que operador de britadeira ao sol de quarenta graus.
   Com um gesto sutil, livrou-se de sua calcinha e caiu sobre o aniversariante.
   Ao mesmo tempo que cobria o cara de beijos, enfiou a mão dentro de suas calcas `a procura do “homenageado”...
   A esta altura, Cris estava morto de vergonha. Seu pinto estava mais murcho do que boca de velho sem dentadura.
   O homem não sabia onde enfiar a cara... Quanto mais Gigi acariciava seu companheiro, mais o pinto do cara encolhia...
   O objeto em questão estava tao encolhido que ele nem conseguia se masturbar. Ato que, normalmente faria nosso amigo “acordar”.
   Depois de quase uma hora de tentativas frustrantes e embaraçosas, Gigi confessou estar sem alternativas, perguntando se ele tinha alguma sugestão que pudesse ocasionar uma erecao. Ai mesmo e’ que o cara brochou de vez... Que humilhação! Ele ate’ ja’ estava gostando um pouquinho da companheira...
   Cris estava indignado! Isso nunca havia acontecido! E’ bem verdade que nunca esteve com uma mulher tao gostosa como Gigi mas, de qualquer maneira, isso não era desculpa para tamanha inaptidão.
   O remédio era se despedir da moca, envergonhado...
   Ela ainda tentou consola-lo dizendo: Isso acontece ...
   Foi a pior coisa que Cris poderia ouvir `aquela hora. Estava realmente desapontado, com raiva daquele pinto inútil e sem vergonha... “Negar fogo” justamente em frente da mulher mais gostosa que jamais vira em sua vida...
   O jeito era se desculpar e voltar para casa carregando a maior decepção de sua vida.
   Gigi, num ato de solidariedade ainda disse:
 Não esquenta não! Você não queira saber quantas vezes isso aconteceu em minha
   vida profissional... Amanha “ele” volta...
  Ao invés de consolar, Cris ficou muito mais injuriado. Sua raiva de si mesmo era tanta que chegava a babar na camisa.
  O caminho de volta `a casa foi um dos mais longos em toda sua vida... Não podia acreditar no acontecido... Entrou em casa, foi direto a cozinha, abriu a porta do armário da pia, pegou o martelo de amaciar carne, pousando-o sobre a mesa, abriu a calca, deixando-a cair ao chão, pegou o pinto sem vergonha, causador daquele tremendo embaraço, colocou-o sobre a mesa e começou a bater nele com o martelo, com toda a força. Sua raiva era tanta que simplesmente ignorava a dor que sentia.
   Em dado momento, talvez como protesto contra tamanha violência, talvez por solidariedade ao vizinho, sem querer, Cris soltou um peido, daqueles altos e sonoros... Sem mesmo pensar, numa reação intuitiva, ele olhou um pouco para trás e falou, quase gritando, ainda possesso de raiva:
-  Cala tua boca que teu passado também e’ bem triste...




Copyright 2014 Eugenio Colin

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

OUTROS PENSAMENTOS









                                                         Outros Pensamentos








- Seios são como prédios. Quando começam a crescer, ninguém imagina que um dia aquilo tudo vai despencar.

- Nunca ofendi alguém. Apenas disse verdades que incomodavam aos outros.

- O ser humano é estranho: preza a liberdade, mas se prende às pessoas.

- Felicidade é igual a uma borboleta: quanto mais você corre atrás, mais ela foge... Mas quando menos espera ela pousa em seu ombro!

- Nunca confie num homem que diz que em casa manda ele. Provavelmente ele também mente sobre outras coisas.

- Você nasce sem pedir e morre sem querer. Aproveite o intervalo!

- Existem apenas duas palavras ofensivas para um homem: NÃO e PÁRA. Exceto quando usadas em conjunto.

- Mulher de mini-saia é como cerca de arame farpado. Cerca a propriedade, mas não tapa a visão.

- Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta.

- Somos crianças a vida toda. O que muda são os preços dos brinquedos.

- Arqueólogo e’ alguém cuja carreira está em ruínas.

- Por maior que seja o buraco em que você se encontra, sorria... Por enquanto, ainda não há terra por cima.

- Aquele que, ao longo de todo o dia: é ativo como uma abelha, forte como um touro, trabalha que nem um cavalo, e que ao fim da tarde se sente cansado que nem um cão... deveria consultar um veterinário. É bem provável que seja um burro.

- Sempre que possível, converse com um saco de cimento. Nessa vida só devemos acreditar naquilo que um dia pode ser concreto.

- Errar é humano. Colocar a culpa em alguém é estratégico.

- Sexo demais prejudica a memória e outra coisa que não lembro agora.

- Se mulher gostasse de "selinho", casava com um carteiro.

- Se homossexualismo fosse normal, Deus teria criado Adão e Ivo.

- Há várias maneiras de se fazer entendido: ser claro é uma delas.

- Amor à primeira vista é possível; mas é sempre bom dar uma segunda olhadinha...

- O engenheiro que se sente só é porque, ao longo da vida, construiu muros em vez de pontes.

- O único modo de evitar os erros é adquirindo experiência; mas a única maneira de adquirir experiência é cometendo erros.

- A felicidade é um hóspede discreto, do qual só se constata a existência quando está de partida.

- As vezes é preciso parar e olhar para longe, para podermos enxergar o que está perto de nós.

- Hipótese é uma coisa que não é, mas a gente faz de conta que é, pra ver como seria se fosse.

- Quando a gente pensa que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.

- Quem da um saco de pipoca a uma mulher esta’, na realidade, querendo popica...

- Não sei se caso ou compro uma escada... Meu negocio e’ trepar...

- Bobo e’ aquele que acredita que bobagem e’ uma coisa boba...

- Quando um homem disser que tem um presente comprido que espeta, com a ponta rosada e cheio de pelo embaixo, verifique que se trata de uma rosa plantada em um xaxim antes de aceitar...

- Quando homem diz que mulher e’ o melhor da natureza e’ porque esta’ querendo dar uma
   olhadinha na paisagem...

- Eu bebo pra ficar ruim... Se fosse pra ficar bom, tomaria remédio...

- O pior cego e’ aquele que não enxerga com ambos os olhos...

- Amor de pica, onde bate fica...

- Idade e’ como roupa atrás da porta. Se você não liga, não importa....

- Bunda que mamãe beijou vagabundo nenhum poe e mão...

- Experiência e’ como lanterna na bunda. So’ ilumina o que esta’ atrás...

- Em boca fechada não entra mosca... Nem comida!

- Bunda muito grande e’ prejudicial `a taras...

- Peido e’ uma palavra que tentou sair pelo lado errado...

- Hoje e’ o ontem do amanha...






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