quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

A LUA









                                         A Lua








               Você me pediu a lua,
               quisera poder te dar,
               a mesma que `a noite `a rua
               nos cobre com o luar…

               Olhei para o céu pensando,
               tentando a ela chegar,
               pulando, e mais pulando,
               sem ter como a alcançar…

               Então, o que faço? pensei,
               tentando não contrariar
               o teu desejo sagrado
               que sempre tento almejar…

               Não digo que estou triste
               por teu pedido negar,
               pois sei que em mim existe
               de muito pra compensar…

               So’ posso admitir;
               a lua, não posso dar.
               E, sem querer te ferir
               começo então a falar:

               E se eu te der um amor
               com todo meu coração,
               cobrindo a tua dor
               n’um manto de proteção?

               E se, eu te prometer
               tua vida trazer feliz,
               fazendo-te esquecer
               dor, magoa, cicatriz?

               E se, eu me dedicar
               a ti, dia após dia, 
               tentando compartilhar
               a paz que em mim trazia?

               Ao invés da lua pegar,
               a qual nunca pude alcançar,
               pensei te presentear,
               e sei, isso eu posso dar, 
               e faço sem nem pensar:

               Minha vida! Que agora e’ tua!






Copyright 2/2015 Eugenio Colin

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

LÁGRIMAS DO CÉU








                                                       Lágrimas do Céu










   Acordei esta manhã com o barulho da chuva conduzida pelo vento forte conta a janela do meu quarto.
  Acabado de acordar, ainda sonolento, pensei nas muitas vezes em que ouvi dizer como e’ bom ficar deitado na cama, em dia chuvoso, colocando em dia todos os pensamentos que trazemos guardado dentro de n
ós por tanto tempo e que finalmente, depois de tantos anos, decepções e sofrimentos, poderemos presentear a alguém em momentos felizes, eternos, inesquecíveis.
  Olhando para a chuva distraidamente, pensei: realmente, a única coisa que falta aqui, agora, neste momento e’ uma companheira que, com sua magnitude, faria deste dia chuvoso um dos melhores de minha vida...
  A chuva não parava de cair, insistente, persistente, como se tentasse me dizer algo notável. Olhei novamente para a janela e não dei muita importância a este acontecimento corriqueiro que já presenciei inúmeras vezes.
  Alguns minutos após acordado, ainda na cama, como se estivesse esperando a volta dessa companheira imaginaria, pensava: ela foi s
ó ate’ a cozinha pegar um pouco de cafe' ou um suco... “Ouvindo” uma voz melodiosa, me oferecendo algo, sorri, ao constatar, como se estivesse
voltando do sonho, que sonhava acordado, ainda sentindo o prazer de mais uma noite, como tantas outras em que tenho esta imagem junto a mim, fazendo com que todas a horas do dia sejam especiais só por saber que "daqui há pouco" estarei te vendo, na felicidade maior que pode haver quando, em um acontecimento raro e inusitado, duas almas gemêas se encontram, dando sentido a sonhos quase arquivados em suas memórias; acontecimentos quase esquecidos em corações ocasionais... Me levantei e fui `a cozinha preparar o cafe'...
  Enquanto andava, percorrendo o corredor curto e solitário que separa o quarto da cozinha, olhava para fora e, por uma fração de segundo, pensei que a chuva estava me seguindo pelo lado de fora... Os mesmos pingos que momentos atrás bateram em minha janela, tentando "falar" comigo...
  Com passos curtos e ainda sonolentos, não dei importância `a minha imaginação e andava, ainda pensando em "minha companheira”...
  Fui ao armário, coloquei o pó de cafe' no coador, 
 água na cafeteira e assim que a liguei comecei a ver seu som da percolando o pó, transformado em cafe', acontecimento que bem poderia ser considerado
magia, se não tivéssemos plena consciência do que estava acontecendo `aquele momento.
  Ainda distraído, ouvi a chuva, novamente, insistentemente batendo, agora na janela da cozinha. Parecia que ate' o vento que a trazia produzia sons, definidos e indecifr
áveis como um idioma que não entendemos.
  Não consegui evitar o movimento espontâneo de meu corpo, virando-se, automaticamente, em direção a janela, como que atendendo `aquele chamado insistente.
  Apenas chuva! Pensei, agora atraído pelo pensamento que, negando um fato incoerente já estava dando a atenção a tantos minutos solicitada por aquela chuva constante, triste, persistente.
  Balancei a cabeça, como se estivesse auto reprovando meus pensamentos absurdos...
  O cafe' estava pronto. Coloquei um pouco em uma xícara e me dirigi `a mesa. A mesma `a qual me sento tantas vezes para alimentar o corpo, so' para fazer companhia `a mente que se alimenta dos mesmos pensamentos que compartilho soliloquiamente... A mesma `a qual quando sentado vejo, pela janela a seu lado, uma arvore, que também se alimenta do mesmo pó de cafe' que ontem me saciou e que hoje se tornou seu nutriente diário...
  Pensando nisso, tentando olhar para a 
árvore não pude deixar de notar pingos de chuva, tristemente escorrendo em minha janela, com lágrimas do céu...
  Não e' possível! Pensei, ainda olhando para a chuva...
  Quanto mais olhava mais sentia que este era um acontecimento que merecia minha atenção. Nunca havia notado nada semelhante, insistente, incoerente.
  Ainda tentado me certificar ou, talvez justificar minha decisão olhei mais uma vez para fora, como se estivesse convidando esta chuva triste ao um encontro na varanda, no mesmo banco onde,
dias atrás fumei um cigarro, cumprindo a tradição do primeiro neto.
  Ao abrir a porta, com cuidado para evitar que a chuva entrasse dentro de casa, notei que tinha diminuído. Estava mais calma, aliviada por receber a atenção que pedia há tanto tempo, temerosa de ser
negligênciada, passar desapercebida, continuar lacrimejando.
  Sentei calmamente do lado de fora e uma chuva suave, acompanhada de uma brisa leve e quase agradável, "conversava" comigo... Ponderava sobre sua tristeza, invejava as chuvas de outras cidades, locais talvez distantes, de onde ouviu sobre uma mulheres maravilhosas, lindas, importantes, companheiras, dedicadas ... Mulheres que enfeitam  cidades, que trazem felicidade só por estar presente, que alegram corações, que fazem sonhar...
  Me contou como gostaria de poder cair sobre esta mulher e, ao invés de humidec
ê-la, atuar como um manto protetor, impedindo assim que tristezas e dissabores a perturbassem...
  Expliquei que não seria possível encontra-la ser embelezada por sua presença, já que ela esta' muito distante, que e’ apenas um sonho, uma figuração imaginaria,longe de seu alcance...
  Me perguntou se teria a chance de vê-la, toca-la com seus pingos sorrir ao presenciar seu sorriso...
  O vento, "cantando" suavemente parecia um guardião da chuva, um protetor coerente, talvez seu amante em horas tranquilas nas nuvens onde residem...
  Ao ver aquelas "l
ágrimas", embora mais calmas, ainda "preocupadas", expliquei que, no momento, não era possível a introduzir a esta mulher já que eu mesmo ainda não a conhecia e, assim sendo não caberia a ela enfeitar uma cidade, acalmar chuvas, ventos, dar sentido a vidas e elementos do universo...
  Prometi porém, `a chuva e ao vento, como prometi a mim mesmo que farei tudo ao meu alcance para que esta mulher seja colocada, finalmente, no lugar onde sempre mereceu estar, ser tratada como a rainha que e', soberana do coração em que, ainda desconhecida mesmo assim habita.
  Disse `a chuva e ao vento que um dia, talvez muito breve, nos encontraremos novamente, desta vez, de mãos dadas, corações alegres e que, nesse dia sentaremos juntos, no mesmo banco, e esperaremos pela chuva e o vento, para compartilhar com eles a alegria que e’ poder ter esta mulher maravilhosa ao meu lado.
  Absorto em meus pensamentos vi as "
lágrimas" secando pouco a pouco, o vento "sorrindo" calmamente ao se afastar e, juntamente com as nuvens, voltarem para a imensidão, satisfeitos com a esperança e a certeza de que não serão furtados do prazer de conhecer uma mulher invejável, que sera' o centro da vida de todos que a rodearem.
  Ainda sentado pude ver os primeiros raios de sol chegando, aquecendo `a manhã até então triste e "chorosa".  Fiquei feliz ao ver um sorriso nas nuvens e o vento "abraçando" a chuva, satisfeitos por terem um ao outro, felizes, assim como eu, por saberem que a possibilidade e' real, não apenas fruto da imaginação de um sonhador inveterado que entende e conversa com as "lágrimas do céu".

  










Copyright 2 /2019 Eugenio Colin
     
      Acordei esta manhã com o barulho da chuva conduzida pelo vento forte conta a janela do meu quarto.   Acabado de acordar, ainda sonolento, pensei nas muitas vezes em que ouvi dizer como e’ bom ficar deitado na cama, em dia chuvoso, colocando em dia todos os pensamentos que trazemos guardado dentro de nós por tanto tempo e que finalmente, depois de tantos anos, decepções e sofrimentos, poderemos presentear a alguém em momentos felizes, eternos, inesquecíveis.
  Olhando para a chuva distraidamente, pensei: realmente, a única coisa que falta aqui, agora, neste momento e’ uma companheira que, com sua magnitude, faria deste dia chuvoso um dos melhores de minha vida...   A chuva não parava de cair, insistente, persistente, como se tentasse me dizer algo notável. Olhei novamente para a janela e não dei muita importância a este acontecimento corriqueiro que já presenciei inúmeras vezes.   Alguns minutos após acordado, ainda na cama, como se estivesse esperando a volta dessa companheira imaginaria, pensava: ela foi só ate’ a cozinha pegar um pouco de cafe' ou um suco... “Ouvindo” uma voz melodiosa, me oferecendo algo, sorri, ao constatar, como se estivesse
voltando do sonho, que sonhava acordado, ainda sentindo o prazer de mais uma noite, como tantas outras em que tenho esta imagem junto a mim, fazendo com que todas a horas do dia sejam especiais só por saber que "daqui há pouco" estarei te vendo, na felicidade maior que pode haver quando, em um acontecimento raro e inusitado, duas almas gemêas se encontram, dando sentido a sonhos quase arquivados em suas memórias; acontecimentos quase esquecidos em corações ocasionais... Me levantei e fui `a cozinha preparar o cafe'...
  Enquanto andava, percorrendo o corredor curto e solitário que separa o quarto da cozinha, olhava para fora e, por uma fração de segundo, pensei que a chuva estava me seguindo pelo lado de fora... Os mesmos pingos que momentos atrás bateram em minha janela, tentando "falar" comigo...   Com passos curtos e ainda sonolentos, não dei importância `a minha imaginação e andava, ainda pensando em "minha companheira”...   Fui ao armário, coloquei o pó de cafe' no coador,  água na cafeteira e assim que a liguei comecei a ver seu som da percolando o pó, transformado em cafe', acontecimento que bem poderia ser considerado
magia, se não tivéssemos plena consciência do que estava acontecendo `aquele momento.   Ainda distraído, ouvi a chuva, novamente, insistentemente batendo, agora na janela da cozinha. Parecia que ate' o vento que a trazia produzia sons, definidos e indecifráveis como um idioma que não entendemos.
  Não consegui evitar o movimento espontâneo de meu corpo, virando-se, automaticamente, em direção a janela, como que atendendo `aquele chamado insistente.   Apenas chuva! Pensei, agora atraído pelo pensamento que, negando um fato incoerente já estava dando a atenção a tantos minutos solicitada por aquela chuva constante, triste, persistente.   Balancei a cabeça, como se estivesse auto reprovando meus pensamentos absurdos...   O cafe' estava pronto. Coloquei um pouco em uma xícara e me dirigi `a mesa. A mesma `a qual me sento tantas vezes para alimentar o corpo, so' para fazer companhia `a mente que se alimenta dos mesmos pensamentos que compartilho soliloquemente... A mesma `a qual quando sentado vejo, pela janela a seu lado, uma arvore, que também se alimenta do mesmo pó de cafe' que ontem me saciou e que hoje se tornou seu nutriente diário...   Pensando nisso, tentando olhar para a árvore não pude deixar de notar pingos de chuva, tristemente escorrendo em minha janela, com lágrimas do céu...
  Não e' possível! Pensei, ainda olhando para a chuva...   Quanto mais olhava mais sentia que este era um acontecimento que merecia minha atenção. Nunca havia notado nada semelhante, insistente, incoerente.   Ainda tentado me certificar ou, talvez justificar minha decisão olhei mais uma vez para fora, como se estivesse convidando esta chuva triste ao um encontro na varanda, no mesmo banco onde, dias atrás fumei um cigarro, cumprindo a tradição do primeiro neto.   Ao abrir a porta, com cuidado para evitar que a chuva entrasse dentro de casa, notei que tinha diminuído. Estava mais calma, aliviada por receber a atenção que pedia há tanto tempo, temerosa de ser negligênciada, passar desapercebida, continuar lacrimejando.   Sentei calmamente do lado de fora e uma chuva suave, acompanhada de uma brisa leve e quase agradável, "conversava" comigo... Ponderava sobre sua tristeza, invejava as chuvas de outras cidades, locais talvez distantes, de onde ouviu sobre uma mulheres maravilhosas, lindas, importantes, companheiras, dedicadas ... Mulheres que enfeitam  cidades, que trazem felicidade só por estar presente, que alegram corações, que fazem sonhar...   Me contou como gostaria de poder cair sobre esta mulher e, ao invés de humidecê-la, atuar como um manto protetor, impedindo assim que tristezas e dissabores a perturbassem...
  Expliquei que não seria possível encontra-la ser embelezada por sua presença, já que ela esta' muito distante, que e’ apenas um sonho, uma figuração imaginaria,longe de seu alcance...   Me perguntou se teria a chance de vê-la, toca-la com seus pingos sorrir ao presenciar seu sorriso...   O vento, "cantando" suavemente parecia um guardião da chuva, um protetor coerente, talvez seu amante em horas tranquilas nas nuvens onde residem...   Ao ver aquelas "lagrimas", embora mais calmas, ainda "preocupadas", expliquei que, no momento, não era possível a introduzir a esta mulher já que eu mesmo ainda não a conhecia e, assim sendo não caberia a ela enfeitar uma cidade, acalmar chuvas, ventos, dar sentido a vidas e elementos do universo...   Prometi porém, `a chuva e ao vento, como prometi a Deus e mim mesmo que farei tudo ao meu alcance para que esta mulher seja colocada, finalmente, no lugar onde sempre mereceu estar, ser tratada como a rainha que e', soberana do coração em que, ainda desconhecida mesmo assim habita.
  Disse `a chuva e ao vento que um dia, talvez muito breve, nos encontraremos novamente, desta vez, de mãos dadas, corações alegres e que, nesse dia sentaremos juntos, no mesmo banco, e esperaremos pela chuva e o vento, para compartilhar com eles a alegria que e’ poder ter esta mulher maravilhosa ao meu lado.   Absorto em meus pensamentos vi as "lagrimas" secando pouco a pouco, o vento "sorrindo" calmamente ao se afastar e, juntamente com as nuvens, voltarem para a imensidão, satisfeitos com a esperança e a certeza de que não serão furtados do prazer de conhecer uma mulher invejável, que sera' o centro da vida de todos que a rodearem.   Ainda sentado pude ver os primeiros raios de sol chegando, aquecendo a manhã até então triste e "chorosa".  Fiquei feliz ao ver um sorriso nas nuvens e o vento "abraçando" a chuva, satisfeitos por terem um ao outro, felizes, assim como eu, por saberem que a possibilidade e' real, não apenas fruto da imaginação de um sonhador inveterado...
  Hoje de manhã as "lagrimas do céu" secaram felizes após ouvirem sobre “você” da mesma maneira que meu coração começou a sorrir desde que, agora remido, se permite apostar novamente.
                                                       Lágrimas do Céu
      Acordei esta manhã com o barulho da chuva conduzida pelo vento forte conta a janela do meu quarto.   Acabado de acordar, ainda sonolento, pensei nas muitas vezes em que ouvi dizer como e’ bom ficar deitado na cama, em dia chuvoso, colocando em dia todos os pensamentos que trazemos guardado dentro de nós por tanto tempo e que finalmente, depois de tantos anos, decepções e sofrimentos, poderemos presentear a alguém em momentos felizes, eternos, inesquecíveis.
  Olhando para a chuva distraidamente, pensei: realmente, a única coisa que falta aqui, agora, neste momento e’ uma companheira que, com sua magnitude, faria deste dia chuvoso um dos melhores de minha vida...   A chuva não parava de cair, insistente, persistente, como se tentasse me dizer algo notável. Olhei novamente para a janela e não dei muita importância a este acontecimento corriqueiro que já presenciei inúmeras vezes.   Alguns minutos após acordado, ainda na cama, como se estivesse esperando a volta dessa companheira imaginaria, pensava: ela foi só ate’ a cozinha pegar um pouco de cafe' ou um suco... “Ouvindo” uma voz melodiosa, me oferecendo algo, sorri, ao constatar, como se estivesse
voltando do sonho, que sonhava acordado, ainda sentindo o prazer de mais uma noite, como tantas outras em que tenho esta imagem junto a mim, fazendo com que todas a horas do dia sejam especiais só por saber que "daqui há pouco" estarei te vendo, na felicidade maior que pode haver quando, em um acontecimento raro e inusitado, duas almas gemêas se encontram, dando sentido a sonhos quase arquivados em suas memórias; acontecimentos quase esquecidos em corações ocasionais... Me levantei e fui `a cozinha preparar o cafe'...
  Enquanto andava, percorrendo o corredor curto e solitário que separa o quarto da cozinha, olhava para fora e, por uma fração de segundo, pensei que a chuva estava me seguindo pelo lado de fora... Os mesmos pingos que momentos atrás bateram em minha janela, tentando "falar" comigo...   Com passos curtos e ainda sonolentos, não dei importância `a minha imaginação e andava, ainda pensando em "minha companheira”...   Fui ao armário, coloquei o pó de cafe' no coador,  água na cafeteira e assim que a liguei comecei a ver seu som da percolando o pó, transformado em cafe', acontecimento que bem poderia ser considerado
magia, se não tivéssemos plena consciência do que estava acontecendo `aquele momento.   Ainda distraído, ouvi a chuva, novamente, insistentemente batendo, agora na janela da cozinha. Parecia que ate' o vento que a trazia produzia sons, definidos e indecifráveis como um idioma que não entendemos.
  Não consegui evitar o movimento espontâneo de meu corpo, virando-se, automaticamente, em direção a janela, como que atendendo `aquele chamado insistente.   Apenas chuva! Pensei, agora atraído pelo pensamento que, negando um fato incoerente já estava dando a atenção a tantos minutos solicitada por aquela chuva constante, triste, persistente.   Balancei a cabeça, como se estivesse auto reprovando meus pensamentos absurdos...   O cafe' estava pronto. Coloquei um pouco em uma xícara e me dirigi `a mesa. A mesma `a qual me sento tantas vezes para alimentar o corpo, so' para fazer companhia `a mente que se alimenta dos mesmos pensamentos que compartilho soliloquemente... A mesma `a qual quando sentado vejo, pela janela a seu lado, uma arvore, que também se alimenta do mesmo pó de cafe' que ontem me saciou e que hoje se tornou seu nutriente diário...   Pensando nisso, tentando olhar para a árvore não pude deixar de notar pingos de chuva, tristemente escorrendo em minha janela, com lágrimas do céu...
  Não e' possível! Pensei, ainda olhando para a chuva...   Quanto mais olhava mais sentia que este era um acontecimento que merecia minha atenção. Nunca havia notado nada semelhante, insistente, incoerente.   Ainda tentado me certificar ou, talvez justificar minha decisão olhei mais uma vez para fora, como se estivesse convidando esta chuva triste ao um encontro na varanda, no mesmo banco onde, dias atrás fumei um cigarro, cumprindo a tradição do primeiro neto.   Ao abrir a porta, com cuidado para evitar que a chuva entrasse dentro de casa, notei que tinha diminuído. Estava mais calma, aliviada por receber a atenção que pedia há tanto tempo, temerosa de ser negligênciada, passar desapercebida, continuar lacrimejando.   Sentei calmamente do lado de fora e uma chuva suave, acompanhada de uma brisa leve e quase agradável, "conversava" comigo... Ponderava sobre sua tristeza, invejava as chuvas de outras cidades, locais talvez distantes, de onde ouviu sobre uma mulheres maravilhosas, lindas, importantes, companheiras, dedicadas ... Mulheres que enfeitam  cidades, que trazem felicidade só por estar presente, que alegram corações, que fazem sonhar...   Me contou como gostaria de poder cair sobre esta mulher e, ao invés de humidecê-la, atuar como um manto protetor, impedindo assim que tristezas e dissabores a perturbassem...
  Expliquei que não seria possível encontra-la ser embelezada por sua presença, já que ela esta' muito distante, que e’ apenas um sonho, uma figuração imaginaria,longe de seu alcance...   Me perguntou se teria a chance de vê-la, toca-la com seus pingos sorrir ao presenciar seu sorriso...   O vento, "cantando" suavemente parecia um guardião da chuva, um protetor coerente, talvez seu amante em horas tranquilas nas nuvens onde residem...   Ao ver aquelas "lagrimas", embora mais calmas, ainda "preocupadas", expliquei que, no momento, não era possível a introduzir a esta mulher já que eu mesmo ainda não a conhecia e, assim sendo não caberia a ela enfeitar uma cidade, acalmar chuvas, ventos, dar sentido a vidas e elementos do universo...   Prometi porém, `a chuva e ao vento, como prometi a Deus e mim mesmo que farei tudo ao meu alcance para que esta mulher seja colocada, finalmente, no lugar onde sempre mereceu estar, ser tratada como a rainha que e', soberana do coração em que, ainda desconhecida mesmo assim habita.
  Disse `a chuva e ao vento que um dia, talvez muito breve, nos encontraremos novamente, desta vez, de mãos dadas, corações alegres e que, nesse dia sentaremos juntos, no mesmo banco, e esperaremos pela chuva e o vento, para compartilhar com eles a alegria que e’ poder ter esta mulher maravilhosa ao meu lado.   Absorto em meus pensamentos vi as "lagrimas" secando pouco a pouco, o vento "sorrindo" calmamente ao se afastar e, juntamente com as nuvens, voltarem para a imensidão, satisfeitos com a esperança e a certeza de que não serão furtados do prazer de conhecer uma mulher invejável, que sera' o centro da vida de todos que a rodearem.   Ainda sentado pude ver os primeiros raios de sol chegando, aquecendo a manhã até então triste e "chorosa".  Fiquei feliz ao ver um sorriso nas nuvens e o vento "abraçando" a chuva, satisfeitos por terem um ao outro, felizes, assim como eu, por saberem que a possibilidade e' real, não apenas fruto da imaginação de um sonhador inveterado...
  Hoje de manhã as "lagrimas do céu" secaram felizes após ouvirem sobre “você” da mesma maneira que meu coração começou a sorrir desde que, agora remido, se permite apostar novamente.
  

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

BE MY VALENTINE








                                           Be my Valentine




   February 14 is Valentine's Day in the United States and several other countries. Many couples have dates, exchange gifts of many kinds. The important thing is to make your significant one understand how important he, or she, is in your life.
   Somewhere here, in our country, John Bacon was dating Belinda Apple for a few weeks. Knowing that "bacon" is something rejected by vegetarians, which he assumed she was, because of her name, trying to impress her, he wrote this poem to present her on their Valentine's Day date...


             Cabbage always has a heart;
             Green beans string along.             
             You're such a hot Tomato,             
             Will you Peas to me belong?             
             You've been the Apple of my eye,             
             You know how much I care;             
             So Lettuce get together,            
             We'd make a perfect Pear.             
             Now, something's sure to Turnip,             
             To prove you can't be Beet;             
             So, if you Carrot all for me             
             Let's let our tulips meet.             
             Don't Squash my hopes and dreams now,             
             Bee my Honey, dear;             
             Or tears will fill Potato's eyes,             
             While Sweet Corn lends an ear.             
             I'll Cauliflower shop and say             
             Your dreams are Parsley mine.             
             I'll work and share my Celery,             
             So be my Valentine.






Copyright 2/2009 Eugene Colin

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

PERGUNTAS QUE TODOS QUEREM FAZER MAS NÃO TÊM CORAGEM ...









                      Perguntas que todos querem fazer mas não têm coragem...











   Dr. Secaga Eukuro, famoso cientista Japonês que dedicou toda sua vida `a pesquisa da flatulência e suas causas, de quem, neste blog temos publicado sua renomada “Psicologia Peidorreira”, ensaio que quase lhe rendeu o prêmio Nobel de Literatura e Ciência, vem hoje responder `a perguntas que todos querem fazer mas não tem coragem, por vergonha, preconceito, e dentre tantas outras razoes talvez ininteligíveis ou a nos mesmos explicáveis, também a timidez...
   Vamos `a elas...

-    Do que e’ feito o peido?
R: O ar que respiramos, ao atingir os intestinos reage quimicamente com ácidos,  produzindo dióxido      de carbono e, junto com bactérias hidrogênio e metano, formam o peido.
-    Porque os peidos fedem?
R:  Pequenas quantidades de gás sulfídico e skatole, produzem enxofre. Quanto mais rica em  enxofre
      e' sua dieta, mais vão feder seus peidos.
-    Porque os peidos fazem barulho?
R:  Pela vibração da abertura anal. Com músculos contraídos os gazes fazem barulho. Com músculos 
      relaxados, silencio. Habilidade de controle faz toda diferença.
-    Que quantidade de gás uma pessoa normal produz ao dia?
R:  Aproximadamente um litro, distribuído em cerca de 14 peidos por dia.
-    Quanto tempo demora ate' que o peido atinja o nariz de alguém?
R:  Depende de condições atmosféricas, umidade do ar, velocidade do vento e a distancia entre 
      perpetrador e recipiente. Após alguns segundos porem, o peido e' diluído no ar.
-    E’ verdade que algumas pessoas nunca peidam?
R:  Falso! Se você esta' vivo, você peida. Quem afirma não peidar, mente!
-    E' possível acender um fósforo com um peido?
R:  Não! Além disso, peidos têm a mesma temperatura do corpo quando saem, e essa
      temperatura não é suficiente para iniciar uma combustão. Além do mais, bunda não e' lixa.
-    Porque feijão faz as pessoas peidarem tanto?
R:  Feijão contém açúcares que seres humanos não conseguem digerir. Quando esses
      açúcares chegam em nossos intestinos, as bactérias fazem a festa e produzem um
      monte de gás! Outros produtores notórios de peidos são: milho, pimenta, repolho, 
      leite, batata doce e beterraba, que produz peidos cor de rosa.
-    Animais também peidam?
R:  Sim! Animais, pássaros, peixes... Ate' insetos peidam... Quem tem tubo digestivo, peida!
-    Os homens peidam mais do que as mulheres?
R:  Não! Todos peidam o mesmo... Homens apenas têm mais orgulho do ato. 
-    Se eu segurar o peido ele some?
R:  Absolutamente não! Ele sera' eliminado mais tarde com maior quantidade de gás.
-    Em que parte do dia um homem está mais sujeito a peidar?
R:  De manha! E' o famoso trovão matinal... Se você  conseguir uma boa ressonância, seu    
      peido poderá ser ouvido na casa inteira. 
-    E' o peido um arroto que saiu pelo lado errado?       
R:  Não! O arroto vem do estomago. Peidos tem menos ar e mais gases.
-    E' mesmo possível “acender” os peidos?
R:  Sim! Saiba porem que ignizar um peido e' perigoso. A chama pode queimar seu fiofo'.
-    Porque e' possível queimar peidos?
R:  Porque normalmente esses gases incluem metano e hidrogênio, ambos são gases 
      inflamáveis. Peidos tendem a se traduzir em chamas azuis ou amarelas.
-    Se eu cheirar peidos de outras pessoa os meus vão ficar mais fedidos?
R:  Não, peidos inalados vão para seus pulmões, não para seu sistema digestivo. Talvez alguns    
      componentes do peido passem para sua corrente sangüínea mas não todos. Se você quer se 
      beneficiar de peidos de outras pessoas, você vai ter que engoli-los de alguma forma. 
-    Um peido pode matar alguém?  
R:  Na opinião medica, não! Mas, dizem que um homem ligou o nariz ao seu ânus com um sistema de       mascara de gás, tubos de borracha e um cano oco de madeira e, morreu sufocado.
-    E' possível enlatar um peido?
R:  Teoricamente sim mas, seria mais fácil usar um saco plástico e envasa-lo, ao invés
-    Porque a maioria das mulheres não assumem seus peidos?
R:  Somente algumas meninas não assumem seus peidos. A razão é que elas devem ter sido ensinadas       a pensar que peidar não é coisa que uma dama faça. É um grande erro pensar que peidos não são 
      coisas de dama. Todas as pessoas peidam, incluindo damas... Se qualquer coisa que damas façam 
      é coisa de damas, então, isso inclui peidar.
-    Cheirar peido nos deixa chapado?
R:  Não se conhecem agentes intoxicantes na flatulência. Entretanto, a maior parte dos peidos contém       muito pouco oxigênio e você pode ficar tonto se inalar uma quantidade superconcentrada de 
      essência de peido, simplesmente por falta de oxigênio. E se você está respirando rápido perto do 
      peido para cheirar o mais possível, pode ficar tonto por causa de hiperventilação, não do peido.
-    E' estranho gostar de peidar?
R:  Não e' incomum! Se sua quantidade de peidos não satisfazem, procure por um analista para lhe 
      ajudar a resolver a frustração.
-    Para onde vão os peidos quando você os segura?
R:  Quantas vezes você segurou um "peido", pretendendo soltá- lo na primeira oportunidade 
      apropriada, e depois descobriu que ele tinha desaparecido quando você estava pronto? Os 
      médicos concordam que o peido não é nem liberado nem absorvido. Ele simplesmente volta para 
      os intestinos e sai depois. Isso reafirma o fato de que os peidos não são realmente perdidos, e sim
      adiados.
-    Peido tem cor?
R:  Não! Peido e' incolor... A exceção e' o peido de quem come muita beterraba que tem uma
      coloração rosada.
-    Outras pessoas cheiram mais o peido do que quem peidou?
R:  O peido deveria cheirar tanto para quem o fez quanto para as outras pessoas. Mas quem fez está 
      protegido pelo fato de que propeliu o ar para longe do seu corpo numa direção oposta à do seu 
      nariz. Peidar contra vento anula essa vantagem.


   Dr. Eukuro lembra ainda que peidar e’ um fenômeno natural, inerente `a  todos os seres humanos. Os alimentos ingeridos, e não absorvidos pelo nosso organismo, tem que sair de nosso corpo de alguma maneira; pela urina ou pelas fezes e, os gases por estes alimentos produzidos, pelo arroto ou pelo peido. Portanto, não tenha preconceito, aceitem o peido como uma característica de seu corpo, sem que isto lhe cause vergonha, preconceito, e dentre tantas outras razoes talvez ininteligíveis ou a nos mesmos explicáveis, também a timidez.
   Nunca tenha medo de fazer perguntas que todos querem fazer mas não têm coragem...







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