sexta-feira, 27 de março de 2020

WORDS





                         

                                                  Words






                          It is very intrestnig to raelize 
                       how do thnigs work whitin our mind...
                       Look at the wrods, for an exmaple.
                       Tehy can tell thgins of any kind.

                       How do we raed, wehre do we start?
                       From the beigninng or from the end?
                       If everthriyng was wirtten wonrg,
                       Wuold we be albe to undsretand?

                       I've learend a lot thgourhout my life,
                       I had surpsries at many times,
                       I've seen impisosbles tihngs happen,
                       Some very stnrage, some otehr fines...

                       But it was hrad to just beleive
                       what I have raed anhoter day...
                       No mettar how the wrods are wirtten,
                       we awlays raed tehm the same way.

                       And, piayng attnetion to waht I said,
                       in many wrods taht you jsut read,
                       only the fsirt and the last letter
                       are in the ordre taht it shulod matter.



   This poem was written in 2004... 
   At that time I've learn that we read a word in its entirety, not only the characters which form them.
   As a matter of fact, I've learned that  when looking at letters, the reader activates a specialized part of the visual system that would coordinate this action with the phonological system he has in his "brain database". As the reader seeks phonological information from print, it puts a kind of "pressure" on the visual system to recognize that information, sending back to the brain as a silent reading or speaking the word.
   I thought it was interesting and wrote the poem...
   In a test, a few days after, I realized that some people would find a few mistakes, not all of them.
   Later, this poem was used in training classes for new nurses of a local hospital, on the town I used to live at, to show them the importance of attention to details...
   In other words, check if the doctor did not leave a scalpel inside the belly he just finished the surgery on.
   Oh!... In that case, don't be afraid to tell him, preferably before the closing stitches are done. And, when you do that, use the right words.



Copyright 2/2020 Eugene Colin


quinta-feira, 19 de março de 2020

AMOR DE INTERNET









                                                    Amor de Internet









   Sabe quando dizem a você;  "não faz isso!" ou; "não acho uma boa ideia!" e algumas pessoas ignoram o "não" contido da frase?
   Pois e'! Foi exatamente o que aconteceu no sistema auditivo da Jeralda, a filha da minha vizinha.
   Ignorou o "não".
   Por enquanto, nenhuma consequência, outra alem de alguns fios de cabelo branco na pobre da mulher que, por incrível que pareca se chama "Amélia", tradução do nome Frances "Amelie" que significa "sofredora".
   E a pobre da vizinha tem sofrido com aquela menina...
   A sorte e' que as besteiras que faz são, de certa maneira, inocente e inconsequentes mas, assim mesmo, mãe e' mãe.
   Desta vez foi Amélia que me cumprimentou quando chegava em casa. Exibia com um semblante triste e preocupado quando me olhou...
-  Tudo bem? Perguntei.
-  Alem do fato da minha filha ter arrumado um namorado na Internet, tudo bem. Respondeu.
-  E o que fez você a respeito? Perguntei.
-  Quando, um dia, um tarado quis me pegar você não disse nada. Respondeu, quando eu disse que 
   deveria ter cuidado com alguém não conhece por algum tempo.
-  Ela esta' no computador? Perguntei.
-  Então vou enviar, por e-mail, um poema para ela. Quando você ouvir risos e críticas, e' 
   sinal que leu minha mensagem...

   Agora conheci Caio,
   de sua vida eu não saio.
   Eu acho, ele e' meu namorado...
   Melhor do que amar o tarado...

   Nei sei como aconteceu...
   Um dia no computador,
   falando com um amigo meu,
   vi um rapaz gemendo de dor...

   Fiquei com pena do cara,
   falei: Como e' o teu nome?
   - Eu sou o primo da Sara,
   uma magra, sempre com fome...

   Esse aí e' maluco, pensei.
   Porque me fala da prima,
   com quem nunca conversei
   e nem quero, ainda por cima?

   So' sei que conversa vai,
   bem como conversa vem,
   um dia o cara me sai
   com: - Eu sei que te amo, meu bem...

   Pera aí! Com susto falei.
   Teu nome nem tenho ate',
   se te amo ainda não sei.
   Me diz! Te chamas Andre'...

   - Meu amor, meu nome e' Caio.
   Eu moro aqui em São Paulo,
   de casa quase não saio,
   so' tenho um amigo: O Saulo...

   Porque tu não sais de casa,
   não penses que vais me trancar.
   Nem sonhe em cortar minha asa,
   a menos que queiras casar...

   Então, se pretendes casar,
   me deixa dizer o que quero,
   assim tu podes pensar
   se vais fazer o que espero...

   De dia, quando o sol nascer
   e' a hora em que quero dormir...
   `A noite, ao dia morrer,
   de casa eu quero sair...

   Não gosto de lavar o pe'.
   Pra que tanta água gastar?
   Eu sei que tenho chule',
   vê bem se vais aguentar...

   O sovaco todo o dia eu faço.
   E' assim que quero e pronto!
   Mas se eu levantar o braço,
   por certo tu vais ficar tonto...

   Meu sorriso esta' meio torto
   ate' eu tirar o aparelho...
   Aí , com todo conforto,
   vou gostar de me olhar no espelho...

   Ja' tive foi decepção...
   O filho da Santa que amava então,
   a quem dei todo meu coração,
   me traiu. Casou com um grandão...

   Também! Eu nunca te vi,
   não sei como você e'!
   E queres que eu fique aqui
   em ti botando minha fe'?

   E se você e' um anão,
   com so' um metro de altura?
   Me diz: que faço então?
   Sem desculpas, me diz criatura...

   Eu acho melhor esperar
   ate' que eu tenha certeza,
   pra contigo não estragar
   toda esta minha beleza...

  Primeiro te quero encontrar
  estar com você, tete-`a-tete
  antes de alimentar
  algum amor de Internet...




Copyright 3/2020 Eugene Colin

sexta-feira, 13 de março de 2020

ANÃOZINHO








                                                       Anãozinho








    Mona Liza estava com sorte. Acabara de sair da Escola Normal e, de cara, arrumou emprego como professora na melhor escola de sua cidade.
    Como se tudo não bastasse, `a ela foi destinada a melhor classe de todas.
    Os alunos eram educados, asseados, amigos... Eram aplicados e adoravam estudar. De cara, todos gostaram da nova professora. Mona Liza era muito bonita... Olhos grandes, dedos longos, lábios carnudos, coxas grossas e pés finos e, apesar de ter acabado de se formar, ou talvez por isso mesmo, gostava de crianças.
-  Tudo corria perfeitamente bem para a nova professora e, também para a escola. Professor Salvador, o diretor daquele estabelecimento, estava super feliz... Tao feliz que, um dia, depois das aulas, quando ela ja’ estava de saída, a chamou de lado para uma conversa particular.
-  Dona Liza. disse o Diretor, queria lhe pedir um favor espacial...
-  Claro Professor! Respondeu ela.
-  E’ o seguinte... Meu filho e’ um pouco complicado. E’ um bom menino mas e’ um 
   tanto rebelde, não gosta muito de estudar e, o pior...
-  Ainda tem pior Professor?
-  E’ que ele adora falar palavrão... Fala uma palavra e três palavrões... Não sei mais o
   que fazer. A senhora o aceitaria como aluno? Não tenho como matricula-lo em outra 
   escola. Ele tem que vir e voltar comigo... Sou pai solteiro. Sabe como e’!
-  Bem Professor, eu posso tentar. Não prometo nada mas, vou fazer o que puder...
   A assim foi feito.
   Dia seguinte, la’ estava Marquinho, o filho do Diretor.
   Mona Liza o tratava, de certa maneira, imperceptivelmente, tentava não fazer perguntas que pudessem gerar controversias, deixando-o mais ou menos `a vontade. Era como se tivessem feito um pacto secreto velado. De vez em quando at’e via o menino rebelde abrindo um livro ou, pelo menos, olhando na direcao do quadro-negro.
   Porem, uma coisa que incomodava Mona Liza era a mania do menino andar pela sala, de um lado pata o outro, aborrecendo aos colegas, testando sua paciência.
   O garoto era realmente muito indisciplinado mas, tinha algo muito importante a seu favor: era filho do diretor... Assim sendo, resolveu relevar os maus hábitos, e usar essa caracteristica do menino para faze-lo seu “secretario”. Fazia Marquinhos andar daqui pra la’, fazer isso ou aquilo, justificando assim, bem como usando a seu favor sua mania de desfilar pela sala de aula, por entre as carteiras dos outros alunos.
    O menino estava mais ou menos controlado e as aulas seguiam mais ou menos sob controle...
   
    Professora Liza tinha um método próprio no qual sempre tentava envolver os alunos no contexto de suas explicacoes. Não gostava de passar trabalhos para casa. Sabia que a maioria não seria executado e ela acabaria se aborrecendo. Achava que, se o aluno estudasse e fisese suas tarefas na escola, alem de aprenderem mais, e melhor, ela teria controle sobre seus desempenhos.
    Em uma Sexta-feira, quase ao final do dia letivo, quando não estava com muito saco para explicar mais nada, decidiu matar o tempo pedindo aos alunos para falarem a primeira palavra que viesse `a suas mentes depois de ouvirem uma letra que ela diria.
    Todos gostaram da ideia e começaram a sorrir, antecipando a diversão...
    Começou ela...
 -  Mariazinha, diga uma palavra começada com a letra P.
 -  Diz puta, diz puta! Sugeriu Marquinhos falando baixo ao ouvido de sua colega.
 -  Pastor, professora. Disse Mariazinha...
-   Muito bem! Agora, Gustavo, diga uma palavra com a letra M. 
-   Diz merda, diz merda! Disse Marquinhos, atras do colega, falando baixinho.
-   Marmelada! Disse o menino.
-   Muito bem! E você Jorginho, diga uma palavra com a letra F.
-   Diz filho da puta, diz filho da puta... Insistiu Marquinhos.
-   Fazenda, professora. 
-   Muito bem! Murici, me diga uma palavra com a letra C.
-   Diz caralho, diz caralho! Implorou Marquinhos.
-   Casa! Disse Murici.
-   Agora você Marquinhos, que esta’ andando pela sala inteira, sugerindo palavras aos
    coleguinhas, me dia uma palavra começada com a letra A.
    O pobre do menino pensou, pensou, e mesmo assim não conseguiu achar um único palavrão começado com a ela A. Depois de alguns segundos falou:
-   Anãozinho professora!
-   Muito bem Marquinhos! Muito bem!
-   E’! Mas com um cacete deste tamanho... Disse o menino abrindo os bra
ços, 
    sugerindo algo enorme...






Copyright 3/2020 Eugene Colin

sábado, 7 de março de 2020

PORTUGUES NAO E PARA AMADOR...









                     

                              Português não é para amador...









Um poeta escreveu: 
*"Entre doidos e doídos, prefiro não acentuar". *
Às vezes, não acentuar parece mesmo a solução.
Eu, por exemplo, prefiro a *carne* ao *carnê*. 
Assim como, obviamente, prefiro o *coco* ao *cocô*. 
No entanto, nem sempre a ausência do acento é favorável... 
Pense no *cágado*, por exemplo, o ser vivo mais afetado quando alguém pensa que o acento é mera decoração. 
E há outros casos, claro!
Eu não me *medico*, eu vou ao *médico*. 
Quem *baba* não é a *babá*. 
Você precisa ir à *secretaria* para falar com a *secretária*. 
Será que a *romã* é de *Roma*? 
Seus *pais* vêm do mesmo *país*? 
A diferença na palavra é um *acento*; *assento* não tem *acento*.
*Assento* é embaixo, *acento* é em cima.
*Embaixo* é junto e *em cima* separado.
Seria *maio* o mês mais apropriado para colocar um *maiô*? 
Quem sabe mais entre a *sábia* e o *sabiá*?
O que tem a *pele* do *Pelé*?
O que há em comum entre o *camelo* e o *camelô*? 
O que será que a *fábrica* *fabrica*? 
E tudo que se *musica* vira *música*?
Será melhor lidar com as adversidades da conjunção *”mas”* ou com as *más* pessoas?
Será que tudo que eu *valido* se torna *válido*?
E entre o *amem* e o *amém*, que tal os dois?
Na *sexta* comprei uma *cesta* logo após a *sesta*.
É a primeira *vez* que tu não o *vês*.
Vão *tachar* de ladrão se *taxar* muito alto a *taxa* da *tacha*.
*Asso* um *cervo* na panela de *aço* que será servido pelo *servo*.
Vão *cassar* o direito de *casar* de dois *pais* no meu *país*.
*Por tanto* nevoeiro, *portanto*, a *cerração* impediu a *serração*. 
Para começar o *concerto* tiveram que fazer um *conserto*.
Ao *empossar*, permitiu-se à esposa *empoçar* o palanque de lágrimas.
Uma mulher *vivida* é sempre mais *vívida*, *profetiza* a *profetisa*.
*Calça*, você *bota*; *bota*, você *calça*.
*Oxítona* é *proparoxítona*.
Na dúvida, com um pouquinho de contexto, garanto que o *público* entenda aquilo que *publico*. 
E paro por aqui, pois esta lista já está longa.


Realmente, *português* não é para amador!






Copiright 3/2020 Eugene Colin.