quinta-feira, 27 de setembro de 2018

MRS. BANKS











                                                                     Mrs. Banks







   John Banks estava devastado...
   Ali, num magnifico motel, acompanhado pela mais linda mulher do mundo, em sua opinião, gostosa pra cacete, um sorriso encantador, mais cheirosa do que bunda de neném depois do banho, e o cara com um pinto de apenas cinco centímetros, assim mesmo porque estava duro...
   Ca’ entre nós, nenhuma mulher merece tanto!
   E agora? Vergonha a parte, na realidade, como ela mesma havia mencionado, aquilo nem dava pra fazer cosquinha na moça.
   Os “castelos” que John começara a construir estavam desmoronando...  Seu país ja' havia se despedido prematuramente da copa do mundo e, agora, Dagmar estava prestes a desaparecer de sua vida permanentemente, atitude que ele, como homem, não tinha condição de recriminar... 
   Ela ate’ tentou usar de sua imaginação para ver se, de alguma maneira aquele bonitão conseguiria chegar `as vias de fato mas, `a esta altura, o homem estava mais envergonhado do que recém casado em noite de núpcias. Sabia que de sua mata não sairia coelho, cobra ou qualquer outra coisa picante.
   Com resignação, deitou em silencio e chamou John para, a seu lado compartilhar aquela frustração mutua.
-  Meu querido! Eu gostei de você... Acho você educado, gentil, carinhoso, muito
   diferente daqueles caras la' da comunidade que vivem me paquerando mas, como e'
   que eu vou fazer? To aqui toda lubrificada, e... Não da' ne'!
-  Nao sabe o que ser cuminidadi... Disse John.
-  Favela! Favela agora e' chamada de comunidade... So’ uma questão de semântica. O local e' o 
   mesmo. De certa forma ate' pior... Esclareceu Dagmar.
-  Também gostou muito di voxe mas nao sabe o que vai fazer... Confessou John.
-  Não da' pra aumentar esse negócio so' um pouquinho, pra gente poder “brincar de casinha”?
   Tentando pensar no que fazer, o gringo resolveu estender sua estadia por mais alguns dias, para talvez salvar pelo menos parte de seu sonho...
   Com a ajuda de Dagmar, ja' que seu vernáculo não dava para entender quase nada, começou a pesquisar novas maneiras de aumentar sua “personalidade”. Pesquisando em uma Lan House, ao lado do pretendente, por métodos de aumentacão penílica, não conseguia conter seu lindo sorriso ao ver demonstrações , teorías, esperanças por parte dos menos afortunados.
   Dentre as sugestões apresentadas, John escolheu o método de colocar pesos de meio quilo amarrados na cabeça de sua masculinidade. O “exercicio” deveria ser executado três vezes ao dia, diariamente por três semanas, em uma primeira fase.
   Enquanto isso, John e Dagmar passeavam, se conheciam melhor, dividiam momentos alegres, embora em abstinência total. Sem saber, começavam a se apaixonar.
   Após quase um mês de exercícios diários, os “pombinhos” arriscaram “tentar” mais uma vez. Dagmar estava apreensiva enquanto John estava nervoso mas, mesmo assim resolveram arriscar.
   Desta vez, embora parcialmente, o gringo alcançou seu objetivo... Sua “confianca” havia, literalmente, aumentado e Dagmar se dava por satisfeita. E’ claro que ela deve ter diminuído um pouco suas expectativas, tentando assim se situar no contexto da realidade que a encontrara.
   John estava exultante. Acabara de ver sua companheira literalmente gemer de prazer. Dagmar, por sua vez começava a se acostumar com a personalidade de seu companheiro e, aprendendo a valorizar emoções  mais sutís e permanentes em troca das  volúpias imediatas, inconsequentes e sem futuro.
   Poucos dias depois, `a saída de um motel, depois de haver conseguido mais um gol,  enquanto passeavam de mãos dadas, John para instantaneamente, coloca-se bem a frente de sua namorada e diz, de sopetão:
-  Quero me casar com voxe... Quero levar voxe para o England para ser meu esposa.
   Dagmar tremeu nas bases. Para ela, aquilo não passava de umas trepadinhas inconsequentes, acompanhadas de jantares em restaurantes finos, regados de vinhos de qualidade, e noitadas que ela nunca havia experimentado anteriormente. Antes de conhecer John, estava acostumada a dar uma “rapidinha”, se vestir as pressas, porque a hora do hotel estava quase terminando e, no máximo um beijinho na testa antes de ver seu companheiro eventual sumir na escuridão da noite.
   Desta vez era diferente. O cara queria conhecer os pais de sua namorada, pedir sua mão em casamento e leva-la para seu país, com a promessa de, pelo menos uma vez por ano, traze-la de volta, so' para matar as saudades da família.
   E’ claro que Dagmar ja' havia aceitado, mesmo antes de falar alguma coisa. O fato do gringo morar em um castelo, nos arredores de Londres, ser milionário, bonito pra cacete, ter um iate e um avião particular, certamente não teve nada a ver com a empolgação da moça. Para quem nasceu, foi criada e ainda morava em uma “comunidade” aquilo era muito mais do ela jamais sonhou.
   No próximo domingo, como haviam combinado foi `a casa da namorada para oficializar a comelança.
   Em la' chegando, todas as atenções  se voltavam para o gringo que, por sua vez não tirava os olhos da Dagmar. Ela estava linda. Usava um vestido tão curto que se ela desse uma risada, a calcinha apareceria. Sua mãe, ao vê-la chegar assim vestida, não perdeu tempo em critica-la... 
-  Dada’, vestida assim você vai espantar o otário do gringo.
   Mas, o cara estava realmente apaixonado. Assim que ouviu as ponderações maternais respondeu:
-  Nao sabeu o qui ser otário mas, nao xe pirocupe dona Xena o qui e' bonita se bota para se veir.
-  Dada’, não sabia que o gringo entendia Português... E ainda chamei ele de otário...Que vergonha! 
   Disse a mãe da noiva.
-  Nao faix mal... Vergonha e' roubar e nao sabeir crregar... Rebateu John.
   E’! Na realidade o homem estava começando e entender e praticar o “lingo”...
   Pouco a pouco começaram a chegar as amigas de Dagmar, so' pra dar uma bisbilhotada no futuro da amiga. Cada uma com as calças mais curtas e apertadas. Mas isso não fazia a menor diferença para John, que estava certo do que queria para sua vida.
   O almoço decorreu sem maiores incidentes, alem do fato de Conceição, melhor amiga de Dagmar, praticamente se sentar no colo de John e colocar um dos bracos agarrando seu pescoço. Ninguém entendeu nada. John olhou para a “noiva”, desculpativamente, dizendo: 
-  Tem cupa eu?
-  Se você quiser eu acho ate' que ela te da'... Respondeu Dagmar.
   John não entendeu a resposta mas também não tentou elaborar. Ele sabia que mal conseguia dar conta da noiva, assim sendo, nem pensava em mais confusão.
   De repente, se levantou, quase jogando Conceição ao chão, pegou sua namorada pela mão, sentou-a em uma cadeira, ao lado da mãe e, ajoelhando-se em frente `a ela, tirou do bolso de sua calca uma caixinha roxa e, abriu, exibindo um maravilhoso anel cheio de diamantes. O brilho do tal anel era tanto, refletido pelo sol escaldante que cobria o terraço da casa que quase cegou aos que para a jóia olhavam... Segurou a mão de Dagmar, dirigiu-se `a Dona Xena, ainda estpefata com aqueles acontecimentos inusitados, todos chegados `a ela de sopetão, sem o menor aviso, e falou:
-  Dagmar, se voxe queiser e, com o abenção de sou mae, gostario que voxe foxe minho mulier.
   Prometo que vou continuar a usar o peso pra aumenta meu confianço. Prometo tambem te fazeir
   feilix e sempre, com muita orgulia aprexentar  voxe `a todos como minho querida Mrs. Banks.






Copiright 7/2018 Eugenio Colin.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

TIERS








                                                                   Tiers








   Dans la première classe de mathématiques cette année, l'enseignant a présenté ce problème à toute la classe:
   Une ferme allait à travers une grave crise financière.
   Après plusieurs tentatives pour équilibrer les finances, l'agriculteur a décidé que le seule solution
   serait de vendre une partie de son 900 têtes de bétail.
   310 vendus à votre voisin, 170 à son cousin, lui aussi agriculteur, et 120 à une autre ferme dans un
   autre Etat.
   Il reste maintenant ce qui garder sa ferme fonctionnement sans dettes.
   Quel était le nom de l'agriculteur?

   Certains camarades de classe se moquaient, les autres pensaient; "Le vieil est devenu fou" ...
J'ai commencé à résoudre le problème ...
   310+170+120 = 600
   900-600 = 300
   Ils ont été laissés de 300 vaches pour l'agriculteur ... Et alors?
   Rien ne la sens ... bercé mon crayon entre ses doigts en essayant d'apporter un peu de clarté à cette folie.
   L'enseignant, à réduit le journal qu'il lisait, ou faisant semblant de lire, se délectant dans le désespoir de certains, la frustration pour les autres, la négligence de tant ...
   Je l'ai regardé... Il ya quelque chose entre les lignes, je me suis dit ...
   J'ai commencé en se concentrant ... Il regardé les comptes que ceux qui cherchent un moyen de sortir du labyrinthe ... Regardé les chiffres, fait de nouveau calculs, jusqu'à ce que la recherche d'une  autre façon ...
   Fractions! L'agriculteur avait été avec un tiers des bovins.
   Très bien! Mais n'a toujours pas de sens ... Disons alors que la réponse au problème était un tiers. Et alors?
   Tout à coup, je me suis souvenu ... il avait un ami, le fils du français, très peu qui a été appelé “Tiers”... Un farceur éternelle. Fait une blague à propos de tout, en particulier à propos de vous-même. Peut-être pensait-il si il s'humilie, il ne serait pas drôle ridiculisé par les autres ...
Un jour, j'ai demandé à ce que son nom signifie. Il m'a répondu; Un trois part de quelque chose...Mom pères pensaient que j'étais trop petit pour être un homme tout entier ... il m'a dit.
   Calmement je me levais, regardé l'enseignant, qui à cette époque déjà «avait réduit le journal qu'il lisait tranquillement, et dit:   - Je connais le nom de l'agriculteur!
   L'enseignant n'a pas étouffer parce qu'il ne mangeait rien, mais je pouvais encore voir son regard de discrédit
- Bien sûr que non! Dit le professeur. En quarante ans d'enseignement quelqu'un at-il résoudre ce
  problème ...
- Très bien! Et quel est le nom de l'homme?
- Tiers! Répondu.
Professeur Moraes ne tombe pas, car il était déjà assis.
-  Comment savez-vous?
   Je n'ai pas dit...
   Après avoir reçu d'innombrables récompenses pour avoir résolu un probleme qu'aucun de ses élèves, à travers les années, avait réussi, je suis devenu son élève préféré.
   Sur le premier test de mathématiques de l'année, pour lequel il ne m'avait pas préparé, comme toujours, l'enseignant se tourne vers moi et me dit: «Vous êtes assis à mon bureau! Je ne veux pas que quiconque copie son test "...
   Le vieil homme a ruiné ma journée ... Je n'ai pas étudé, comme d'habitude, mais, en même temps, ne voulait pas perdre son respect.
    Le fait est que il sali avec ma fierté... J'ai continué avec mon plaisanterie sans conséquence mais mes notes j'ai grandement amélioré. Mes parents ne comprenaient pas ce qui s'était passé ... Je n'ai pas étudié encore à la maison mais, à l'école, la seule chose qu'il fit fut de se concentrer au maximum sans avoir à quitter une salle de classe sans comprendre ce qui a été enseigné.
   Maintenant que j'y pense, je n'ai jamais remercié mon ami Tiers.







Copyright 1/2015 Eugenio Colin

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O MUNDO










                                                    O Mundo








                              O mundo de ontem que vejo agora

                              com olhos mais sábios que os de outrora
                              me faz reviver nos dia presentes
                              os fatos que outrora me eram contentes...
                              A infância por dias felizes marcada
                              na alma menina, sem pensar em nada,
                              a não ser brincadeiras de noite, de dia
                              que a maldade atual ainda nem conhecia...
                              No colégio, estudos diziam do mundo
                              assim meio por alto, não muito profundo
                              começavam a mostrar outra realidade
                              que um futuro, mais tarde, tornaria verdade...
                              Passeios `a tarde, trabalho buscando
                              de porta em porta, me apresentando
                              como mestre encantado dos sons que vendia,
                              fazendo valer toda minha ousadia...
                              Vivendo em família, meus pais a meu lado
                              então dividindo o que tinha guardado
                              na mente tão jovem de um sonhador
                              ao qual muita gente não dava valor...
                              A ideia bem simples que um dia faria,
                              da empresa pequena, grande companhia
                              para então contemplar os dias de calma
                              trazendo descanço `a pálida alma...
                              Quando então uma vez a procura do amor
                              que chegou encantado mas, cheio de dor,
                              me mostrou que o mundo, o que e' real,
                              compartilha com todos o bem e o mal...
                              Depois, muitos anos em terras distantes
                              ao lado de estranhos alegres, falantes
                              desvendei outro lado, uma outra moeda
                              tomada emprestada, impedindo uma queda...
                              Constatei que o humano sabe ser cruel
                              roubando o doce, espalhando o fel
                              matando por nada e sem consequência
                              sem mesmo fazer sequer coerência...
                              Agora que tenho tanto em minha mente,
                              de luta, tristeza, de gloria, de gente
                              aprendo a guardar no filme das vidas
                              as cenas que ao longo me foram queridas...
                              Aprendi a lutar, a vencer e sonhar
                              com os pés la' no chão para, quando acordar,
                              e lembrar onde estou, eu poder, na verdade,
                              separar fantasias da realidade...
                              Com o tempo, o sorriso quase aposentado
                              em um canto da mente ainda guardado
                              começou a sorrir com os descendentes
                              crescendo aos poucos, alegres, contentes.
                              Nada mais me assusta, não temo o mundo,
                              não hesito agora, nem por um segundo
                              ao saber separar o que e' bom do que e' mal
                              em uma mente de adulto, chegada afinal...
                              E, aquela aventura, antes tão criticada
                              por ideias simplórias sempre acomodadas,
                              devolveu `a criança, que na infância sonhou,
                              a vida de paz pela qual tanto lutou...







Copyright 2/ 2018 Eugenio Colin.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL









                                               A Independência do Brasil









   Nos idos de 1822 um acontecimento muito importante, nunca antes entao acontecido, aconteceu; a independência do Brasil foi proclamada.
   Ate' ai tudo bem! Mas, a historia factual, como foi ocorrida, nunca e' contada...
   A realidade e' que D.Pedro I, so' pensava na bunda na Chica da Silva.
   Sua esposa, Maria Leopoldina da Áustria, que abobou virando estacão de trem desativada, ate' sabia da paixão que seu esposo nutria pela linda escrava emancipada. Quando tomou ciência das preferencias sexuais de seu marido, não deu muita importância, ja' que também estava de olho no Conde de Luxemburgo. Mas, quando ele se casou com D. Branca da Suíça, uma plebeia, a D. Leopoldina ficou injuriada e, como naquela época não existia computador, nem "match.com", e ela percebeu que não tinha como tentar arrumar um outro amante, decidiu dirigir suas frustrações pro lado do marido e mandou matar a tal da Chica da Silva.
   Quando D. Pedro I, por sorte da mulata, descobriu que seu amor estava jurada de morte, falou com o Zeca Bigodinho", um feitor bem sucedido, merecedor de muito prestigio pelas cortes Brasileira e Portuguesa, e pediu que ele, imediatamente, tirasse a Chica de Salvador e sumisse com ela.
   Na viajem, Chica da Silva acabou se apaixonando pelo Zeca. Mas isto e' uma outra historia...
   O fato e' que o rei de Portugal, D.João VI, sabendo da historia, ordenou que seu filho saísse da Bahia, onde as mulatas estavam deixando o príncipe quase louco, e se mudasse para Santos onde so' tinha mulher  branquela e sem graça.
   E' claro que Pedro obedeceu. Mole e desengonçado do jeito que era, não ousaria se arriscar a perder o emprego de imperador... Jamais conseguiria algo nem parecido.
   Depois de algum tempo, Pedro ja' estava ate' se acostumando com aquela mesmice. Frequentemente lembrava da bunda da Chica, principalmente quando, sem querer, via sua esposa Leopoldina, que mais parecia uma tabua de passar roupa, saindo de barril de banho enrolada numa toalha...
   A vida corria tranquila ate' que um dia recebe uma mensagem de seu pai, informando que Portugal estava indo pro buraco e que ele, D.Pedro tinha que ir para São Paulo, proclamar a independência do Brasil.
   Ninguém entendeu nada. Portugal estava na pior e o Rei querendo se livrar do Brasil.
   Dom Pedro entrou em contato com o pai, e este falou:
-  Filho, para com essa tara de olhar para as bundas das escravas, e vai tratar de tua vida. Vai para São    Paulo, imediatamente e poe a porra da coroa do Brasil em tua cabeça antes de que algum
   aventureiro lance mão dela.
   Dia seguinte, la' ia D. Pedro de volta para São Paulo.
   A certa altura, durante a viagem, olhou para um lado, olhou para o outro, nada! Ninguém prestava atenção `a ele. Aproveitou a oportunidade e se escondeu atras de uma moita para se aliviar da tremenda diarreia que o perseguia desde a noite anterior quando havia comido cinco frangos assados, achando que um deles estava estragado. O que ele não sabia e' que, na realidade tinha sido envenenado pela esposa, que tentava se vingar da historia da Chica da Silva.
   Dona Leopoldina, por sua vez, errou tando na preparação do tal veneno que colocou na água de Pedro que, o máximo que havia conseguido, ate' aquele momento, era provocar caganeira no intestino real.
   D. Pedro, por sua vez suava mais do que porco comendo lavagem, no sol, em dia de verão. E' claro que o cavalo do imperador não era equipado com GPS. Assim sendo, ele rodava, rodava, rodava, e não encontrava o tal do rio Tiete, que havia sido ordenado por D. João VI, como local ideal para o "grito do Tiete" que acabou virando "grito do Ipiranga".
   Ja' havia decido do cavalo varias vezes, para se aliviar, e ja' não aguentava mais...
   Cavalgou mais alguns metros e viu um riacho minusculo. Olhou para uma placa, onde estava escrito: "Propriedade particular. Quem invadir, leva chumbo na bunda."
   O cacete! Ele era imperador e tinha o direito de invadir o que quisesse. Ordenou `a sua caravana para parar e ajuda-lo a proclamar a tal da independência ali mesmo.
   Na hora em que num ato de "bravura" puxou a espada da bainha para dar o grito da independência, sentiu uma cólica fortíssima. Pulou do cavalo e saiu correndo pro mato para se aliviar. No caminho, a única coisa que encontrou `a mão para se limpar, depois do alivio, foi a bandeira do novo pais, que ainda nem tinha sido proclamado...
   Meia hora depois, quando voltou de trás dos arbustos, a bandeira tinha as cores verde, amarela, azul, branca e marrom, exalando um odor horrível que não era das tintas que a coloriam.
   D. Pedro montou no cavalo novamente, sem nem poder sentar na sela, ja' que estava todo assado, colocou a bandeira da nova republica em volta do pescoço, com cuidado para não se sujar mais ainda, puxou da espada e gritou:
- Independência ou morte!
 Assim que cumpriu com seu dever, obedecendo `a seu pai, ordenou aos cinco componentes que faziam parte de sua caravana que ninguém abrisse o bico e relatasse a respeito daquela cagada.
   Ate' hoje se sabe se ele estava se referindo `a sua condição estomacal ou ao ato que acabara de praticar.
   Dona Leopoldina, prometeu  a si mesma que não falharia na próxima tentativa, quando soube que seu marido não so' não havia morrido, mas ainda, de lambuja, havia proclamado a independência do Brasil.





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