sexta-feira, 29 de abril de 2016

APRENDI...









                                                               Aprendi...










   Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto. 
   Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las. 
   Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos, que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando. 
   Aprendi que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho. 
   Aprendi que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei. 
   Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem. 
   Aprendi que perdoar exige muita prática, que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso... 
   Aprendi que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas. 
   Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso. 
   Aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso, que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro. 
   Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso. 
   Aprendi que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. 
   Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem. 
   Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida... 
   Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes... 
   Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio...
   Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos. 
   Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre...
   Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

   O tempo não para, a vida continua e o inevitável acontecerá. Isso, eu aprendi...





Copyright 9/ 2003 Eugene Colin


sábado, 23 de abril de 2016

O TREM...









                                                            O Trem...










   Um dia, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada. Interessante, porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques. 
   Quando nascemos ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos, farão conosco a viagem até o fim... Nossos pais. Não é verdade! Infelizmente em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinho, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais pra nós: nossos irmãos, amigos e amores. 
   Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas pra ajudar quem precisa . Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegar até eles. 
   O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar. Essa viagem é assim, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta. 
   Façamos dessa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto poderão fraquejar e, provavelmente, precisamos entender isso. Nós mesmo fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entendera. O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico pensando: Quando eu descer desse trem sentirei saudades ? Sim! 
   Deixar meus filhos viajando sozinhos será muito triste, separar-me dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será dolorido. Mas me agarro na esperança de que em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram. 
   E o que me deixará feliz é saber que de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa. Agora nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. Minha perspectiva aumenta, à medida que o trem vai diminuindo a velocidade.. Quem entrará? Quem sairá? 
   Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por motivo ínfimo deixaram desmoronar. Fico feliz em saber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir pra recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de "todos os passageiros" do trem.






Copyright 1/2005 Eugene Colin

sábado, 16 de abril de 2016

ESPELHO.








                                                                Espelho










   Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito: "Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".
   No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava...
- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !
   Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.
   A pergunta ecoava na mente de todos... 

-  "Quem está nesse caixão"?
   No visor do caixão havia apenas um espelho e cada um via a si mesmo... 

   Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento... Você mesmo! 
   Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo...
Sua vida não muda quando seu chefe muda, quando sua empresa muda, quando seus pais mudam, quando um ente querido, ou amado, muda...
   Sua vida muda quando voce muda!
   Você e' o unico responsável por sua vida, por seu destino... 
   O mundo é como um espelho que devolve, a cada pessoa, o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando você muda... 
   Pense nisso, `a próxima vez que se olhar no espelho...






Copyright 3/ 2007 Eugene Colin








sexta-feira, 8 de abril de 2016

INTROSPECÇÃO.









                                                           Introspeção.









   F
ácil é falar, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
   Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá...
   Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
   Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado...
   Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
   Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz...
   Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
   Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer...
   Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
   Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais...
   Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
   Difícil, ou melhor, impossível, é mentir para o nosso coração...
   Fácil é ver o que queremos enxergar.
   Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto, admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil...
   Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
   Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
   Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
   Difícil é sentir a energia que é transmitida, aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
   Fácil é querer ser amado.
   Difícil é amar completamente só, amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama...
   Fácil é ouvir a música que toca.
   Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas...
   Fácil é ditar regras.
   Difícil é segui-las, ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros...
   Fácil é perguntar o que deseja saber.
   Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entende-la.
   Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
   Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria...
   Fácil é dar um beijo.
   Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro...
   Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
   Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro...
   Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
   Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado...
   Fácil é sonhar todas as noites.
   Difícil é lutar por um sonho...
   
Fácil e' pensar no que ouviu a seu respeito.
   Difícil e' lembrar do que foi dito, fazendo uma seria introspecção.







Copyright 5/2009 Eugene Colin.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

IF IT IS NOT TOO LATE...








                   If it is not too late...







                  
                  I don't love you anymore.
                  I would be lying, saying that
                  I still want you as always did.
                  I'm sure that
                  Nothing was in vain...
                  I feel, deep inside of me, that
                  You don't mean anything.
                  I could never say that
                  I nourish a great love.
                  I feel more and more that
                  I already forgot you!
                  And will never use the sentence
                  I love you!
                  I'm sorry, but I have to tell the truth...
                  If it is not too late...

                  Now!... Please, read this poem from the bottom up, starting from the last line.


            





Copyright 1/2011 Eugene Colin