sábado, 31 de dezembro de 2016

A SPECIAL YEAR










               A Special Yeary






This one just has been a well special year,
the main reason of all is having you near…
One day, we went out for the very first time
One a January month, when the weather was rime…

The months past on fast, one by one, day by day
All of them were special, with a beautiful array…
One night, I remember, standing at your door,
“I love you”, I said, like never before.
The sentence came out unplanned or though,
like heart telling mind for felling it sought…

You phone call, your voice, very special to me,
your eyes and your beauty are all that I see…
Tonight is now Christmas, the first one for us,
the day when our Jesus was born with no flaws…
I just want to thank you for having you near,
for bringing me joy on this well special year....




Copyright 9/2015 Eugene Colin.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O PLANO NATALINO









                                                             O Plano Natalino








   `Aquela noite, um homem, andando pelas ruas de Boston, viu a sua frente uma mulher loira, alta, muito elegante, de salto alto, que despertou sua curiosidade...
   Apressou o passo e olhando para ela, andando a seu lado falou: 
-  Can I ask you something?"
   A mulher olhou pare ele, de relance, não deu importância, e seguiu seu caminho. Ele deixou, propositadamente, que ela andasse um pouco `a frente.
   Depois de olhar para seu rosto, sentia uma compulsão em falar com ela.  
   Decididamente, era a mulher mais linda que jamais havia visto.
    Apressou um pouco o passo para que `a ela pudesse chegar novamente mas, o olhar serio que viu estampado em seu rosto o fez deixa-la seguir, mais uma vez. Quando ela ja' quase havia sumido de sua vista apressou-se, agora com determinação, tentando resgata-la. Não podia deixa-la passar. Tinha que falar com ela. Tentou finalmente.
-  I just want to ask you something! May I?
   Ela apressou o passo, andando rápida e impecavelmente naqueles saltos altos que a faziam tao elegante.
   "- Puxa vida! Acho que não tem jeito..."  Pensou o homem consigo mesmo quando, pode perceber
    um sorriso no rosto da mulher.
   De repente, lembrando-se que muitos Brasileiros vivem em Boston, arriscou:
-  Você e' Brasileira?
-  Sim! Foi a única resposta que ouviu.
   Tentou puxar conversa, andando ao seu lado mas, ela mudava de direção, propositadamente colocando outra pessoa, que pela rua também andava, ente os dois. Depois de varias tentativas infrutíferas, a mulher pegou um ônibus e se foi. Não sem deixar na mente daquele homem uma imagem que ele, tinha certeza, guardaria para sempre.

    Elfinho voltou para o céu e, antes da reunião daquela noite, disse a Papai Noel...
 -  O senhor lembra daquela carta maluca que recebemos do Bundinha Doente pedindo uma mulher
    como presente de natal? Hoje eu vi a mulher que ele quer...
 -  O nome do homem e’ Horinando Bundin Dodói... Guardei a carta... Falou papai Noel.  
 -  Mas como você sabe ser a que ele quer? Finalizou.
 -  E’ uma Brasileira, loira e de bunda grande... Bonita pra cacete... Ta’ na cara! Ademais, ela tem
    cara de quem gosta de chup...
-  Para! Modere seu palavreado. Isto aqui e’ o céu. Não o botequim que você frequentava quando
   estava vivo e era bicheiro...E o que você fez? Indagou o “velinho”.
-  Nada! Eu não sabia se o senhor queria dar a mulher ao cara...
-  Por falar nisso, o que você estava fazendo em Boston ao invés de trabalhar aqui? Estamos
   enrolados ate' o pescoço e você passeando? Indagou Papai Noel.
-  Estava com vontade de fumar um cigarrinho e tomar uma cerveja e senhor proíbe tudo aqui...
   Respondeu Elfinho.   
   Depois de ouvir a historia, Papai Noel levou o assunto `a reunião daquela noite e ficou resolvido que, se fosse possível, ele deveria dar a mulher de presente. Além de fazer o cara feliz, ganharia mais um aliado para comprovar a veracidade deste mito que envolve o Natal.
   Ali mesmo, ordenou `a Elfinho, aquele duende rebelde, que voltasse ao mesmo lugar no dia seguinte e falasse com a mulher, de qualquer maneira...
   Todas as noites, Elfinho voltava para o céu, com um bafo de cerveja e cheiro de cigarro difícil de aguentar dizendo a Papai Noel; “- Nada!”
   Os dias se passavam e todos no céu ja’ estavam preocupados. Agora era uma questão de honra... A mulher tinha que ser encontrada. O dia de Natal estava chegando...
   Finalmente, na manha do dia 23, Elfinho, de volta `a Boston, estava quase jogando seu cigarro fora quando uma estranha pediu que acendesse o cigarro para ela. Ele tirou o isqueiro do bolso, o acendeu, e sentiu uma das mãos da mulher tocando a sua, tentando proteger a chama do vento gelado. Ao levantar o rosto, em sua direção, levou um susto... Era a mulher por quem procurava...
   Desta vez não podia deixa-la escapar. Usando de toda sua sutileza, passou a mão na bolsa da mulher e saiu correndo.
   Como era um duende, podendo ate’ voar se quisesse, ninguém o alcançou... 
   Logo após bisbilhotar seus documentos e escrever o que interessava, voltou ao mesmo lugar e devolveu a bolsa `aquela mulher... Assim que ela viu o baixinho gritou: “- Foi esse ai quem roubou minha bolsa!”
   Pra que! Começaram a meter porrada no pobre duende que, se não conseguisse voar, morreria pela segunda vez.
   Quando Papai Noel o viu chegar ao céu todo arrebentado, perguntou:
-  O que aconteceu?
-  Deixa pra la’ “patrão”. Tenho aqui todas as informações daquela mulher...
   Papai Noel conferiu tudo que Elfinho escreveu em um papel e começou a traçar seus planos para satisfazer o pedido que o homem havia feito naquela carta maluca.
   Na mesma noite “fez” com que Horinando pensasse em entrar num dos sites de namoro pela Internet. Tratou que a “coincidencia” o fizesse escolher mesmo que a mulher também frequentava... 
   A tristeza da noite solitária daquele homem, foi completamente transformada quando viu o primeiro perfil. Alem da foto que “tinha certeza” ja’ havia visto antes, O cabeçalho de sua descrição dizia: “Procuro por um homem que goste de mim, não so’ da minha bunda...”
   Horinando mandou uma mensagem e, imediatamente foi respondido.
   Mais duas mensagens e a mulher lhe deu o numero do telefone. Mais alguns minutos e ja’ estavam conversando `a viva voz, começando a se entender e, em poucas horas, descobriram um no outro o que sempre procuraram... Agora! Diz que Papai Noel não sabe o que faz...
   No dia seguinte, véspera de Natal, quando haviam combinado se encontrar, conversando casualmente, Nilde, nome daquela mulher, disse que tinha a sensação que ja' houvessem convivido antes. Que apenas estavam se reencontrando... 
   Na primeira vez que Horinando ouviu esta sentença não deu muita importância.
   Quando ouviu a mesma observação pela segunda vez, como que por instinto, sorriu. Nilde olhou para ele, sorrindo também e me perguntou: 
-  O que foi?
   Sorriu novamente! "O que foi?" Insistiu curiosa...
   Ele a olhou e disse:
-  Ja' sei! E' verdade, ja' havíamos nos visto antes...
-  Quando? Perguntou Nilde.
-  Em Boston, andando na rua. Tentei conversar mas não recebi tua atenção. Depois de varias
   tentativas, você pegou o ônibus e foi embora. Hoje, depois que te conheci pessoalmente, sabendo
   que teu irmão vive em Boston, me lembrei que foi la' que te vi pela primeira vez.
   Ela olhou para seu companheiro, como se estivesse tentando reconhece-lo e, depois de algum tempo, apenas sorriu. Não sabia se convencida, se conscientizada de que esse fato era real ou apenas reflexo das muita imagens que, na esperança de se encontrarem, fizeram um do outro e agora, depois de algum tempo, começavam a tomar forma.
    Depois de passarem o dia juntos, repleto de conversas, passeios, reflexões, troca de carinhos, decidiram começar a explorar mais a magia daquele encontro. Se deram a mão e saíram felizes com o presente de Natal que haviam se dado um ao outro...

   Do céu, Papai Noel olhava, feliz ao constatar que o plano havia dado certo...
   Elfinho, a seu lado, percebendo a felicidade do velhinho, perguntou...
-  E se este encontro não tivesse dado certo?
   Papai Noel, olhando para ele com um olhar de quem sempre soube o que fazia, apenas sorriu ironicamente, em resposta...
-  Não era mais fácil pegar logo a mulher e dar para ele amanha, ao invés de ter corrido o
   risco de não se entenderem? Perguntou Elfinho.
   Papai Noel, olhando para ele mais uma vez, com toda sabedoria, respondeu:
-  Você sabe me dizer como fazer uma bunda daquele tamanho passar pela chamine', e assim me ajudar em
   meu plano natalino'?...







Copyright 2013 Eugenio Colin 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

NÃO TEM NO QUE PENSAR? TE AJUDO...











                           Não tem no que pensar? Te ajudo...









  • Malandragem e’ ser honesto...
  • Para quem esta' afundando, jacare' e' tronco de arvore...
  • Jacare' que beija sapo, espanta a cobra...
  • Nas praias cariocas, abunda descoberta de cobertas encantadoras...
  • A diferença entre a realidade e a ficção e' que esta tem de fazer sentido...
  •  As nuvens mudam de posição mas, estão sempre no céu...
  • So' e' importante acreditar na luz quando e' noite...
  • O segundo lugar e' o primeiro dos perdedores...
  • Você vera' seu copo meio cheio toda vez que sua atitude não for meio vazia...
  •  Nunca teremos a segunda chance para causar uma boa primeira impressão...
  • Sentir saudade e' ter o passado presente...
  • Não existe aluno que não entende! Exite professor que não sabe explicar...
  • Depois de passar o tempo, desligue o ferro para não queima-lo...
  • Se cada "macaco" ficar em seu galho, a "arvore" não quebra...

  •  Se o sistema favorece os errados, então provavelmente estou certo...
  • Sonhe com a vida mas, não perca a vida sonhando...
  • A diferença entre um vinho Português e todos os outros e' que no fundo da garrafa do vinho Português esta' escrito: "Abrir pelo outo lado..."
  • A diferença entre um tatu e uma baiana e' que o tatu faz o buraco; a baiana, vatapa'...
  • As rosas são lindas mas, as trepadeiras são mais apreciadas...
  •  
  • Ladrão em casa de pobre so' leva susto... 

  • Don Perignon de pobre e' Sonrisal.
      -  A diferença entre papel higiênico e a toalha e' a mancha na ultima...

     -   Mulher e' como cachaça, no inicio e' bom... Depois, so' da dor de cabeça...

     -   No Havaí, todas as sandálias são havaianas...

     -   Dante fez versos divinos... Chiante, vinhos diversos...

     -   Que maravilha se a juventude soubesse e se a velhice pudesse...

     -   Não ha’ rosa sem espinho...

     -   Nada seca mais rápido do que a lagrima...

     -   Notícia e' tudo aquilo que ainda nos não sabemos ja' ter acontecido...

     -   Cada povo tem o governo que merece... Ou que o congresso escolheu...






Copyright 11/2016 Eugene Colin












sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

ULTIMO DESEJO











                                                       ULTIMO DESEJO










-  Meu amor, que tal se a gente desse uma trepadinha no banheiro do avião? 
-  Você acha que dá? Indagou Betty.
-  Em pé eu acho que dá. Informou Brolha, seu marido,agora já se preparando psicologicamente para
   o acontecimento prestes a acontecer no voo no qual ambos aconteciam.
   Àquela altura, completamente esquecida de que estava em um avião, até achando que a turbulência pela qual voavam eventualmente eram ondas no mar, cortada pelo navio no qual viajavam, Betty começava a planejar sua “lua de mel” no banheiro do avião.
-  Eu vou primeiro! Um minuto mais tarde você vem e mexe no trinco da porta. Aí eu abro e você
   entra. Disse Betty, toda sorridente…
   Levantou vagarosamente, olhando aos que dormiam ao por eles passar e se dirigiu à sua “alcova nupcial”…
   Não demorou vinte segundos e ouvia o barulho no trinco, como havia combinado com seu noivo…
Puxa! Ele deve estar realmente ansioso, quase não tive tempo de me sentar… Falou baixinho, consigo mesma, antes de abrir a porta.
   Ao abrir a porta, para sua surpresa, viu um menino, aparentemente com nove anos de idade, do lado de fora olhando para ela com os olhos mais esbugalhados do que os do Marty Feldman.
   Quando a viu sentada no vaso, com as pernas abertas como quem estivesse realmente fazendo suas necessidades, abriu a boca e voltou correndo, apavorado, para o lado de sua mãe que indagou:
-  O que houve meu filho? Você está pálido…-
-  Vi uma mulher sem calcinha, de perna aberta no banheiro, cagando e rindo para mim…
-  Não tem problema meu filho. Isso acontece. Talvez ela tenha esquecido de trancar a porta. Por que você não usa o banheiro na frente do avião?
-  Ah! E, se por acaso você ver um homem sentado, cagando, com o piru para fora 
   do vaso, não se assuste. Os vasos de avião são tão pequenos que, dependendo 
   do tamanho, ele tem que ficar p’ra fora. Disse a mãe do menino, carinhosamente.
   Exatamente um minuto depois de Betty ter entrado no banheiro, ouviu novamente alguém mexer no trinco da porta.
   Desta vez, já adquirindo alguma experiência em como trepar em um banheiro de avião sem despeitar suspeita, com cuidado, olhou pela fresta da porta, antes de abri-la completamente.
   Agora era realmente seu esposo, visivelmente preparado para a ação.
   Betty teve que se levantar do vaso para que seu marido pudesse entrar…
-  Vai ser difícil! Exclamou.
-  A gente dá um jeito...
-  Deixa eu entrar antes de você levantar a saia… Assim não dá!
-  Espera! É melhor você ficar de joelhos, de costas para mim. Instruiu Brolha, com
   a experiência de um trepador aéreo profissional
-  Minha cara vai bater na parede… Ponderou Betty, falando baixinho…
-  É verdade! Vê se dá para você se debruçar na pia… Perguntou.
-  Não dá nem pra eu debruçar minha mão na pia, olha o tamanho dessa pia. Não  
   dá nem para lavar os dedos, quanto mais as mãos… Se eu fosse homem mijava 
   na pia. É mais fácil do que acertar no vaso com esse balanço todo…Ela 
   respondeu.
-  Meu amor, vamos nos concentrar na nossa “lua de mel” depois a gente conversa sobre a melhor
   maneira de mijar… Disse ele.
-  Já sei! Você ajoelha, abre as pernas um pouquinho e eu me ajeito entre alas.
-  Será que eu tiro os sapatos? Perguntou Betty.
-  Acho que não precisa. Só toma cuidado para não furar meu saco com os
   saltos se o avião balançar… Pediu, tentando se precaver.
   Ela virou-se cuidadosamente e se ajoelhou no tampo do vaso que, não aguentando seu peso, partiu no meio, fazendo com que seu joelho ficasse preso na borda do mesmo.
-  Cacete! E agora? Desesperou-se o ainda noivo, testemunhando, através do espelho, a única   
   maneira que no momento podia ver dor e sofrimento estampado no rosto de sua esposa.
-  Já sei! Disse ele, como se a lâmpada do Professor Pardal tivesse se acendido em sua cabeça…
   Imediatamente tirou o cinto, amarrou na perna da recém casada, com toda força, fazendo com que a perna se dobrasse ainda mais e, assim sendo abraçando-a pela cintura, ajudou a liberá-la do vaso.
   Ele estava pronto para voltar ao seu assento quando ela falou:
-  Onde você vai? Não vamos trepar?…
-  Pensei que você tivesse desistido… Pensei que estava com dor… Disse.
-  Estou com dor na perna. Não na “xereca”… informou Betty.
   Animado pela ponderação de sua esposa, voltou-se e, quando ela colocou um pé sobre o vaso, agora sem tampo, começou a revelar sua “masculinidade”.
-  Meu amor! Você já está “preparado”? Disse Betty, ao ver o que lhe estava sendo revelado.
-  Minha querida, desde que te conheci, tenho estado preparado constantemente… 
-  Que bom, meu amor… Disse Betty, beijando seu esposo amorosamente ao
   mesmo tempo em que se apoiava, com as duas mãos coladas nas paredes do  
   banheiro, não só tentando evitar maiores complicações como, também para 
   tentar consumar seu casamento…
   Ele levantou a saia da esposa e perguntou:
-  Dá p’ra você segurar tua saia?
-  Só se for com a boca… 
    Mesmo sem ter certeza se a resposta havia sido retórica ou não, pegou a ponta da saia de sua esposa e enfiou em sua boca, aberta, ainda rindo da resposta que havia dado à seu esposo que
com esforço e cometimento tentava “alcançar” sua esposa. Toda vez que 
tentava, via seu corpo ser empurrado em outra direção pelos movimentos bruscos do avião que parecia estar atravessando uma área de turbulência.
   Mas ele era decidido. Gostava sempre de terminar a tarefa que havia começado, por isso mesmo não iria desistir tão facilmente.
   Novamente, com o auxílio de ambas as mãos, tentando apontar seu “projétil” em direção ao “alvo”, foi jogado, desta vez contra a porta, batendo com sua cabeça no gancho de pendurar roupa, afixado na mesma.
   Não havia como evitar um grito de dor… “Fôda-se que todo mundo vai ouvir.” Pensou…
   Betty porém, antevendo o acontecimento, mesmo arriscando sua segurança e equilíbrio, colocou uma das mãos tampando a boca de seu esposo com toda a força, ao mesmo tempo em que este se preparava para dar um grito tão grande que, por si só, seria capaz de fazer o piloto frear o avião como se fosse um carro, evitando atropelar um cachorro que, ao atravessar a rua olha para os dois lados, vê uma porrada de carro passando mas que, assim mesmo, caga pra todo mundo e continua seu caminho.
   Alguns minutos depois, mais aliviado, tentava concluir a tarefa tão bem planejada mas, até então, tão mal executada.
   Agora parecia que o avião estava mais estável, já por alguns segundos.
   Aproveitando a oportunidade rara, tentou mais uma vez…
-  Meu amor, tenta usar os buracos que eu tenho, invés de querer furar outros… 
   Mais tarde, quando estivermos sozinhos na cama eu deixo você me furar em 
   outros lugares. Disse ela, amorosamente.
   O cara estava em um dilema… Era muito difícil “acertar” a mulher, que se mexia
mais do que gelatina em prato de criança mas, por outro lado, não queria desistir…
   Apesar de ter o ventinho do ar condicionado soprando bem em seu cangote, estava todo suado, desgastado física e emocionalmente, com a cabeça machucada, tonto de tanta porrada que deu nas paredes, ainda devendo “uma” à sua esposa, que não estava muito preocupada com isso, embora pronta para a “ação”.
   Finalmente, conscientes de que o destino e a turbulência haviam adiado sua lua-de-mel, resolveram voltar aos seus assentos.
   Betty saiu primeiro, cuidadosamente, mesmo sabendo que todos ainda estavam dormindo…
   Alguns segundos depois, Brolha abriu a porta e, certificando-se de que ninguém prestava atenção ao banheiro, voltava ao seu lugar.
   Havia dado apenas dois passos quando sentiu uma mão macia segurar seu pulso com determinação.
   Voltou-se para trás e viu uma senhora de mais ou menos noventa anos, muito bem apessoada, ainda segurando seu punho com firmeza chamá-lo, fazendo sinal com seu dedo indicador.
   Gentilmente ele se agachou, ao lado da senhora e olhando para ela com um sorriso amigo e respeitoso a ouviu dizer, bem baixinho:
-  Meu filho, já fui casada três vezes, tenho cinco filhos, quinze  netos e trinta e 
   três bisnetos, já viajei pelo mundo inteiro, já morei na Europa, Estados Unidos e 
   Guatemala… Bem! Ninguém é perfeito! Já passei por uma guerra mundial e me 
   sinto realizada…
   A esta altura, ainda agachado no chão, conformado, já estava se preparando
para ouvir a história da vida desta estranha, sem na realidade entender onde ela queria chegar… -  -   - Mas, o grande sonho da minha vida, continuou a senhora, sempre foi, dar uma 
   trepadinha em um banheiro de avião… Você me ajuda? Tenho medo de morrer 
   sem realizar meu sonho...
O homem não sabia se ria ou se chorava…

A senhora, olhando para ele com aquele olhar de cachorro triste que apanhou a vida inteira, ainda segurava seu braço com determinação, como se não fosse desistir de sua chance de satisfazer seu, quem sabe, ultimo desejo.






Copyright 8/2016 Eugene Colin

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

BANGU! CAMPEÃO MUNDIAL...









                                               Bangu! Campeão Mundial...










   Em 1960, William Cox, um empresário americano e proprietário do Philadelphia Philies uma equipe de Basebol dos EUA, viu um mercado em potencial no país para o futebol de alto rendimento. Reconhecendo que os clubes da Liga americana não apresentavam um futebol suficientemente vistoso para atrair novos fãs, começou a considerar a possibilidade de convidar equipes européias e sul-americanas para o seu campeonato.
   O futebol nos EUA era gerido pela United States Soccer Football Association (USSFA). Como membro da FIFA, o USSFA tinha em suas mãos o domínio do futebol no país, obrigando o empresário filiar-se a American Soccer League, uma liga reconhecida pela USSFA. 
   Resolvido esse impasse, ficava a missão de convidar os clubes que configuravam o cenário do futebol mundial no período. Foram convidados: Kilmarnock (Escócia), Burnley (Inglaterra), Red Star Belgrade (Iugoslávia), Sampdoria (Itália), Nice (França), Rapid Wien (Áustria), Sporting (Portugal), Bayern de Munique (Alemanha), Norrkoping (Suécia), Glenavon (Irlanda do Norte),  New York Americans, criado para representar o país sede.
   A única equipe sul-americana na competição seria proveniente do Brasil, o atual campeão mundial de futebol, com o título conquistado na Suécia em 1958. Como ainda não existia um Campeonato Brasileiro que pudesse apontar um representante para o Torneio Internacional, Bill Cox resolveu escolher um grande time, que em 1959 tivesse conquistado um título nos grandes centros (Rio de Janeiro ou São Paulo).
   O Fluminense, campeão em 1959 no Rio de Janeiro, não poderia participar do evento por estar envolvido nos jogos do Torneio Rio-São Paulo, assim como o Palmeiras, campeão paulista, estaria na mesma competição. O convite, então, acabou chegando às mãos do Bangu, que era o atual vice-campeão carioca. O clube de Moça Bonita cancelou uma viagem marcada para a Europa, para poder disputar o primeiro Campeonato Mundial Interclubes, em Nova York, no período de 4 de julho a 6 de agosto.
  O então presidente do Bangu, Maurício César Buscácio, ao contrário dos dirigentes de Fluminense e Palmeiras, preferiu arriscar... Além dos 17 atletas, embarcaram no dia 30 de junho, o chefe da delegação Sérgio Vasconcelos, o médico Ivon Côrtes, o jornalista da Rádio Nacional Antônio Cordeiro, o presidente Buscácio e o técnico Tim.
   Pelo regulamento do Torneio apenas o campeão de cada grupo passaria para próxima fase. Ou seja, o campeão do grupo A e o campeão do grupo B decidiriam o título em uma partida única. Com três vitórias e um empate, o clube conquistou o primeiro lugar no grupo A, garantindo seu lugar na final.






   A equipe composta por Ubirajara, Joel, Darci Faria, Zózimo, Ananias, Nilton dos Santos, Luis Carlos, Zé Maria, Correia, Ademir da Guia e Beto sagrava-se campeão invicto após vencer o Kilmarnorck por 2×0, tendo como craque do torneio Ademir da Guia, com apenas 18 anos.
   O bairro de Bangu, no Rio de Janeiro entraria em delírio para receber os campeões, e com certeza teve… Comércio fechado, como diz o hino do clube.
   Por isso, `a próxima vez em que você pensar em um grande clube, que ajudou a colocar o nome do Brasil no cenário mundial como uma potência do futebol, que ate' `aquela época so' tinha um título mundial, e ainda carregava na bagagem a derrota humilhante para o Uruguai em 1950, com muito orgulho, pense no Bangu Atlético Clube, O primeiro campeão mundial...


                                    
  Em pé: Joel, Ubirajara, Darci Faria, Ananias, Zózimo, Nilton dos Santos. 
Agachados: Correia, Zé Maria, Luís Carlos, Ademir da Guia e Beto.

                                            Campanha do Bangu no Torneio Internacional
                 Jogo 1 – Bangu 4×0 Sampdoria no dia 4 de julho de 1960
                 Jogo 2 – Bangu 3×2 Rapid Wien no dia 10 de julho de 1960
                 Jogo 3 – Bangu 5×1 Sporting no dia 16 de julho de 1960
                 Jogo 4 – Bangu 5×2 Red Star no dia 18 de julho de 1960
                 Jogo 5 – Bangu 0x0 Norrkoping no dia 20 de julho de 1960
         Semi – Final – Bangu 2×0 Red Star no dia 31 de julho de 1960
                    Final – Bangu 2×0 Kilmarnorck no dia 6 de agosto de 1960.





  Este e' o link para assistir ao jogo final: https://youtu.be/7r7DNFJtbpI







copyright 12/2016 Eugene Colin