sexta-feira, 11 de setembro de 2020

PEGADAS








                                                                   Pegadas





   E’ interessante perceber, apesar do muito que sabemos, como nossa compreensão e’ limitada em diversos aspectos.
   Existem em muitos países, cientistas que dedicam e dedicaram toda uma vida na tentativa de entender como nosso cérebro funciona. Os estudos ainda estão, praticamente, em fazes preliminares. Muitos ainda tentando desvendar cérebros menos complexos como o de uma mosca, por exemplo.
   Mas, assim mesmo, conscientes de nossa limitação, muitas vezes tentamos entender  os mistérios de Deus.
   Em 1943, Reinhold Niebuhr escreveu uma oração que diz: "Concede-me Senhor a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso mudar; Coragem para modificar as que posso e, sabedoria para distinguir a diferença."
   Uma vez presente ao enterro de uma pessoa muito querida ouvi algo muito interessante... Uma senhora, ao ouvir; “Ha’ tanta gente ruim solta por ai... Porque so’ as pessoas boas morrem?” Sem mesmo pensar respondeu; “Porque Deus quer a seu lado pessoas boas...” Temos também o habito de reclamar a respeito dos acontecimentos que por vezes nos afligem sem nunca pensar que a alternativa poderia ser bem pior...
   Normalmente procuramos preencher o vácuo de nossa compreensão com algo fácil de entender ou assimilar, concluindo assim a busca por algo que, de antemão, sabemos imcompreensivel.

   Existe na América um conto muito conhecido pela maioria das pessoas religiosas; “Footprints”. Ele relata a historia de um homem que, ao morrer, questionava Deus sobre sua vida.
   Este conto e’ um exemplo tipico de como vemos as coisas mais claras de uma maneira destorcida e não conseguimos entender eventos simples. Como se fosse um desenho de ilusão ótica que, depois que conseguirmos visualiza-lo pela primeira vez, nunca mais nos esquecemos.
   Apesar de gostar da historia, o fato de estar escrito em prosa não me agradava.   
   Resolvi então, traduzi-lo para Português e, desta vez, em forma de poema..



                       Pegadas

   Um homem no céu por Deus esperando
   o juízo final, com calma aguardava,
   olhando pra Terra apenas pensando
   em locais e pessoas que ainda amava...
   Ao ver Deus chegar `a ele sorrindo,
   humilde dizia ao seu criador,
   tristeza na alma ainda sentindo,
   apesar de ama-Lo com todo fervor...
   Por toda uma vida andaste comigo.
   Os passos lado a lado a praia la’ mostra
   mas, nas horas mais duras a mim destinadas,
   não vi tuas pegadas na areia marcadas...
   Filho! O’ meu filho! Como todo mortal
   ainda la’ em baixo, tu pensas igual, 
   sem ver com clareza o que acontece,
   aceitando apenas o que lhe parece...
   Pegadas de um so’ que vez no caminho,
   quando pensas que triste andavas sozinho,
   são marcas que eu deixava no solo
   quando a ti, em meus bracos, trazia no colo...




Copyright 2013 Eugenio Colin 

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

L'INSTANT D'UNE PAUSE








L’instant d'une pause.






L’instant d'une pause
Le bonheur est fait de rien
Et de mille petites choses
De se lever le matin
Sans plus en chercher la cause
De savoir que le chemin
Parfois peut-être morose
Et dans un sourire malin
Être prêt pour une pause
Il y a des jours où tous est gris
Et où l'on ne voudrait rien voir
Et puis, il y a notre coeur aussi
Qui nous conduit jusqu'au soir
Il y a cette solitude intense
Qui existe et qui est là
C'est dans ces moments je pense
Que je peux rêver de toi
À chercher, à tout comprendre
Je me demande si je verrais
Un jour les fleurs en décembre
Et la neige en été
Sur le site de mon coeur
Il y a tant de va-et-vient
Et j'en ressent la douleur
De la nuit jusqu'au matin
Le bonheur est fait de rien
Et de mille petites choses
D'avoir ta main dans ma main
 
Seulement, l'instant d'une pause...




Droits d'auteur 3/2020 Eugene Colin