sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

THE ART OF NAMING








                                                      The Art of Naming










   Names are really important...
   A well thought name could be a real asset in almost anything... 
   Imagine a real nice man named Gavin Butz, or John Smelley or a Japanese girl named Letamee Takashita, or an ugly woman named Linda (beautifull, in Spanish).
   Parents should be very thoughtful when naming their kids as an artist should be careful when naming his work. Would it be a painting, or a book, a song and even a movie.
   A good name could help, and do it big...
   There are strong names and weak names... Coca-Cola is a weak name. It “dies” when you say it. On the other hand, “Coke” is a very powerful name... It almost sounds like a punch. “Kraft” is another strong name, as it is “Heinz”...
   A good name can “sell” anything... A book, or a movie, for instance. Researchers say that when we meet someone, we form our opinion about this person in the first five seconds, as soon as we hear the name. It is not different when we are seeing a film prospect for the first time. Some films have major stars in them but, depending on the tittle, we don’t have patience ( at least, I don’t ) or care to explore the film, the story or anything about it but, give me a catchy tittle and I’m on it, I’ll check it out and will be curious to see what that tittle “tells”.
   Alfred Hitchcock was a master in naming his movies. Till this date people still discuss the meaning of “North by Northwest”. There’s even forums about it.
   "Rear Window" is where it all happens but, he didn't say that ( or put in the tittle )... You realize that as you watch the movie
   The title “To Catch a Thief” comes from an old proverb “Set a thief to catch a thief” and this is what happens in the movie but, the title would be too long so, he shorten it.
   The name of a person, several times, defines that same person, just like the title of a work defines 
( or, at least should define ) that work.
   As movies are concerned, some directors, or producers, or whoever chose to name his work, really cheapens it. Would you watch “O Brother, Where Art Thou?” or  “The Assassination Of Jesse James By The Coward Robert Ford”? You did? I wouldn’t! I knew, just by reading the tittle, exactly what the movies would, if not look like, or feel like.
   Take “The 40 years old Virgin”  from Judd Apatow, for example. The movie itself is not all that terrible but, the title could not be worse... It “gives away” the movie before you even watch it. Now! Imagine if the title was “Virgin”, having a face of a man, and his love interest, in the poster. People would be, at least, puzzled, since “virgin", most of the times, make us think of a girl.
   “Forgetting Sarah Marshall” from Nicholas Stoller is another example of a bad title. It is a good movie but, because of the tittle, and despite of the “star” in it, sold a lot less than it could. “A taste for love”, the play that the main character is trying to write the entire time, would have been  much better and it would have make perfect sense in the context of the movie.
   Now! Someone could say: What about the “Man who shot Liberty Valance, from John Ford?” Well, in that particular case, The man whom is thought to have done it, didn’t, and the tittle is intended to create that confusion.
   “Gran Torino” is another example of a very well thought tittle... If you watch the movie, you’ll understand.
   Another one is “Two Much” from Fernando Trueba. In this particular case, Antonio Banderas is trying to pretend to be two different persons; besides being relevant the tittle is also a playing on words, as “Made of Honor”, a Paul Weiland film, also is.
   The late Saul Bass was an American graphic designer and Academy Award winning filmmaker, best known for his design of motion picture title sequences and film posters. Among some of his work are "Tootsie", “The Man with the golden Arm”, “Vertigo”, “Bonjour Tristesse”, “West Side Story”, the superb “La Nuit Americaine” from Francois Truffaut and the famous Alfred Hitchcock’s “North by Northwest” but, besides all his art and expertise, even him, could not “fix” a bad choice on a movie title.
   Speaking of which, “La Nuit Ammericaine” ( Day for Night, in English ) is a wonderful example of a very well thought tittle, as the film itself is considered to be one of the most insightful movies of all times.
   It seems that lot of film directors, especially the newcomers, forget that the title, as well as the credits, are part of the whole work. You don’t go to a ceremony dressed in shorts and “flip-floppers” do you? Well, if you do, you shouldn’t. Or maybe you are one of these newcomers I’m talking about... In that case, all bets are off.
   Parents, at least the conscious one’s, begin to think of theirs kids name as soon as they know the “news”, although, sometimes, they do a terrible job. Movie directors should do the same ( not the terrible job part ) or, at least consider the possibility of a good name as they begin their project. 
   Many times a title, when well chosen, will do all the work for the movie
   Experienced directors know, and have incorporated very well in their mind, the art of naming.






Copyright 2/2020 Eugene Colin.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

FANTASIA DE CARNAVAL








                                               Fantasia de Carnaval








   Marco Aurélio Aureliano da Silva Pinto era caminhoneiro desde que tirou sua carteira de motorista, aos vinte e três anos de idade, quando ainda era um menino franzino.
   Começou como ajudante e, muitos anos depois, quando ja' conhecia boa parte do Brasil, juntando todo o dinheiro que conseguiu economizar, pode comprar seu próprio caminhão.
   Agora sim ele podia dizer que era um caminhoneiro de verdade. Gostava da vida nas estradas... Seu caminhão era como sua casa, literalmente. Habilidoso como era, foi capaz de transformar aquela cabine em um mini-quitinete, quase igual `aqueles que são vendidos por uma fortuna exorbitante nas vielas estreitas de Copacabana, no Rio de Janeiro. Seu quitinete, quer dizer, a cabine de seu caminhão tinha uma cama, um banheiro, com chuveiro e tudo e ate' geladeira e microondas, se fosse necessário.
   Marcão, como era chamado pelos conhecidos, ja' que agora, muitos anos depois, comendo tanta porcaria pelas estradas afora, não era mais aquele menino de outrora... A idade estava chegando implacavelmente e, com ela, a barriga e os maus hábitos de quem vive so'.
   A única coisa que Marcão reclamava da vida que levava era a solidão. E’ claro que não podia ter uma família, nem mesmo uma namorada. Não tinha tempo nem para comer. Mal chegava em uma cidade e, enquanto o caminhao era descarregado, ja' estava procurando por outra carga, para qualquer lugar do pais. O que não podia era andar com o caminhão vazio.
   A maneira que havia encontrado, através dos anos, para amenizar a solidão era, de vez em quando, quando o fome apertava, “dar uma carona” para alguma mulher solitária perdida pela estrada.
   Para todas elas, assim que entravam no caminhão, com aquele sorriso sem graça que elas davam para alguem que acabaram de conhecer, sem a certeza de que deveriam ter conhecido, ouviam:
-  Meu nome e’ Marcão, sou do Maranhão, gostosão, entrou na boleia do meu caminhão, não tem 
   perdão...
   E’ claro que “as convidadas” não reclamavam, algumas porque estavam no meio do nada, sem outra opção de transporte e encaravam a “situação” como um pagamento pela carona, outras porque era aquilo mesmo que estavam procurando mas, para Marcão, não tinha importância. Em sua mente ela as ajudava e elas retribuíam...
   O único problema era que o cara era muito exigente. Se a mulher não parecesse, no mínimo, uma atriz da novela das nove, não entrava em seu veiculo. Por isso, `as vezes passava meses a fio tentando “resolver o problema” sozinho.
   Certa vez, logo após uma viagem de Porto Alegre para Manaus, agora voltando para o Rio de Janeiro, onde chegaria justamente no Sábado de carnaval, se não houvesse nenhum imprevisto. Ja' estava ha' dois meses na estrada em completo jejum, sem conseguir pegar mulher alguma, primeiro porque todas as que via nas estradas eram muito feias; segundo, porque também estava com pressa de chegar a tempo de ver se pegava alguma mulata, saindo do desfile, cansada, `a procura de “auxilio”...
   Assim que passou por Belo Horizonte, ja' saindo da cidade, viu uma freira.
   Com a desculpa de verificar a pressão dos pneus, parou um pouco mais `a frente, o suficiente para que desse tempo da freira chegar ate' ele enquanto batia nos pneus.
   Assim que ela estava a uma distancia suficiente para que suas feições pudessem ser reparadas pensou: “Puxa vida que freira bonita, tão novinha! Que os céus me perdoem!”
-  Bom dia freira! Falou assim que ela se aproximou.
-  Bom dia meu filho! Respondeu ela. Você esta indo para onde? Completou.
-  Estou indo para o Rio de Janeiro, a senhora quer uma carona? Disse o caminhoneiro.
-  Que coincidência! Também estou indo para la' para participar de um retiro. Respondeu a freira, ja'
   subindo no caminhão, auxiliada pelo homem.
   Assim que começou a dirigir voltando para a estrada, ele ainda deu uma boa olhada para a noviça e falou:
-  So'' tem um problema dona freira: Meu nome e' Marcão, sou do Maranhão, gostosão, entrou na 
   cabine do meu caminhão, não tem perdão...
   A feira deu uma boa olhada para o cara e, resignada, respondeu:
-  Meu filho, aqui na frente, você sabe... Sou virgem, não posso fazer nada mas, la' atrás, se você 
   quiser...
   O cara parou o caminhão no acostamento e, mesmo no escuro pode ver o jovem corpo da freira, enquanto ela tirava a roupa, aparentemente resignada com o seu destino.
   Mesmo se sentindo culpado, Marcão não perdoou, mandou ver e, o melhor e' que ele achava que a freira estava gostando muito, pelos gemidos que ela soltava enquanto ele “trabalhava”.
   A coisa foi tão boa que ainda pararam mais três vezes antes de chegar ao destino.
   Em toda viagem, Marcão estava martirizado, não conseguia se perdoar... Quatro vezes, em menos de 500 quilômetros, com uma freira...
   Assim que entraram na Avenida Brasil, quase chegando ao centro do Rio, a freira falou:
-  Meu filho, pode parar aqui na Penha que eu ja' vou descer...
   Gentilmente, Marcão parou o caminhão em um acostamento e, pegando a mão da freira com todo respeito falou:
-  Dona freira, me desculpe muito pelo que fiz com a senhora, que os céus me perdoem mas, por 
   favor, tente entender, a vida na estrada e’ muito solitária... `As vezes a gente passa três meses 
   sem...  A senhora sabe ne’?
-  Não tem problema meu filho. Os “céus” vão te perdoar... Disse a freira.
-  A senhora vai rezar por mim? Perguntou Marcão.
   Não precisa meu filho! Disse a freira.
-  Depois de um pecado desse que eu cometi, porque não? 
-  Porque meu nome e’ Amaral, sou de Natal, homosessual, e esta e' minha fantasia de
   carnaval...

   




Copyright 2/2020 Eugene Colin.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

BE MY VALENTINE








                   Be my Valentine




   February 14 is Valentine's Day in the United States and several other countries. Many couples have dates, exchange gifts of many kinds. The important thing is to make your significant one understand how important he, or she, is in your life.
   Somewhere here, in our country, John Bacon was dating Belinda Apple for a few weeks. Knowing that "bacon" is something rejected by vegetarians, which he assumed she was, because of her name, trying to impress her, he wrote this poem to present her on their Valentine's Day date...


             Cabbage always has a heart;
             Green beans string along.             
             You're such a hot Tomato,             
             Will you Peas to me belong?             
             You've been the Apple of my eye,             
             You know how much I care;             
             So Lettuce get together,            
             We'd make a perfect Pear.             
             Now, something's sure to Turnip,             
             To prove you can't be Beet;             
             So, if you Carrot all for me             
             Let's let our tulips meet.             
             Don't Squash my hopes and dreams now,             
             Bee my Honey, dear;             
             Or tears will fill Potato's eyes,             
             While Sweet Corn lends an ear.             
             I'll Cauliflower shop and say             
             Your dreams are Parsley mine.             
             I'll work and share my Celery,             
             So be my Valentine.






Copyright 2/2009 Eugene Colin.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

BRANCA DAS NEVES









                                                   Branca das Neves








 
   Branca Maria Dias Claros das Neves vivia uma infância de princesa... Sua casa era em uma das ultimas ainda existentes em um dos melhores pontos do Bairro. Tinha ate' um vizinho que morava em um prédio enorme, todo moderno, cheio de frescura para entrar, mas que todos os dias descia para brincar com Branca das Neves em uma casinha que existia em uma da inúmeras arvores que habitavam o enorme quintal do que mais parecia uma chácara, a apenas alguns minutos da praia do Leblon.
   Ela se vestia de princesa, ele de príncipe e la se iam para o castelo imaginário de uma infância invejável.
   De repente, quando a felicidade parecia eterna, a primeira tragedia; sua mãe faleceu. Embora todos,  sentiram como o mundo tivesse acabado, seu pai foi o que mais sofreu. Apos alguns meses porem se viu "enfeitiçado" por uma das secretarias da empresa de aviação da qual era dono. Uma mulher 30 anos mais nova do que ele, com uma cara de aproveitadora que todos viam, menos ele, a qual, com muito tato, esfregando ao extremo seus "atributos" físicos em sua cara e outras partes do corpo, acabou convencendo o otário que o amava "com todo seu coração". O velho caiu na conversa e casou com a megera que, em pouco tempo, começava a tornar a vida de Branca em um inferno permanente.
   A casa era cheia de espelhos pelos quais a "bruxa" passava constantemente, olhando por minutos seu perfil refletido, como se estivesse tentando se certificar que era a mulher mais linda do mundo.
   A medida que Branca ia crescendo e se tornando mulher, a madrasta se tornava mais cruel, intimamente reconhecendo que Branca das Neves, em pouco tempo se tornaria uma mulher maravilhosa.
   O pai, tardiamente reconhecendo a furada em que se meteu, adoecia cada dia mais, aos olhos de todos os serventes os quais Medeia (o nome da madrasta), agora tomando as rédeas da família, trazia no cabresto apertado.
   Branca das Neves, assim que seu pai caiu de cama, debilitado, sem reconhecer mais nimguem, manipulado pela esposa,  se mandou de casa, sem nenhum dinheiro, sem poder estudar e foi para em Bangu, propositadamente para ficar o mais longe possível da "miserável" que havia arruinado sua família.
   O único trabalho que conseguira era o de arrumadeira, para sete irmãos solteiros que viviam em uma casa enorme com cinco quartos que mais parecia um chiqueiro. Não era, nem de perto, o emprego de seus sonhos mas, era o melhor que conseguira `aqueles dias difíceis. Se os caras não fossem tão altos, poderíamos dizer que Branca das Neves trabalhava na casa dos sete anões.
   Depois de algumas semanas, nas quais transformou aquele bordel em uma casa super organizada, limpa, perfumada, obrigando os irmãos ate' a trocar de roupa diariamente para que ela as pudesse lavar, começou a procurar pelo pai. Quando descobriu que semanalmente frequentava um hospital em Jacarepaguá onde tentava fazer exercícios, tentando talvez, prolongar um pouco mais a vida que a madrasta fazia tudo para abreviar, passou a visita-lo.
   Em uma dessas visitas, quando pediu para conhecer o medico responsável pelo tratamento de seu pai, reconheceu nele Prince, o "príncipe" que com ela brincava diariamente quando era criança. Assim que viu Branca, dela se lembrou imediatamente, não conseguindo conter as lagrimas que escorreram por seu rosto.
   Quase sem deixa-la falar, a pegou pela mão e a levou `a sala dos médicos para que pudessem conversar. Explicou `a ela que seu pai sofria de uma condição chamada de Lewy Body Disease, causada literalmente por tristeza e depressão. Foi com muito pesar que enformou `a sua amiga de infância que seu pai não tinha muito tempo de vida.
   Visivelmente impressionado pela beleza daquela menina "engraçadinha" que com ele brincava quando criança, ficou mais triste ainda quando soube que ela trabalhava como domestica em uma casa de sete marmanjos. Mesmo sabendo, como ela explicou que se tratavam de ótimas pessoas, honestas e respeitadoras que tentavam a todo custo, uns com trabalho, outros com estudo, fazer algo de suas vidas que como a dela, não era das mais felizes nos dias atuais.
   Ainda solteiro, sem nenhuma aspiração romântica ate' `aquele momento, tentou marcar um encontro com Branca para que pudessem reatar os laços de outrora, ao que ela veementemente descartou, muito mais por vergonha de sua condição atual do que por interesse em seu antigo amigo, ao qual em sua infância havia aceitado como noivo oficial no castelo onde brincavam, naquela corte imaginaria.
   A única concessão foi a troca de numero de telefones para que se pudessem comunicar, numa emergência ou em um dia de saudade e lembranças infantis incontroláveis. Com o que ele concordou imediatamente, sabendo muito bem que, como dizia o Ze' Buchudo,  em caso de fome extrema e' melhor comer uma fatia de pão do que ficar esperando pelo file' mignon que pode não aparecer.
   Um dia, em uma das visitas `a seu pai, ao não encontra-lo, procurou por seu amigo que a informou que ele havia falecido alguns dias atras.
   Branca das Neves não conseguiu parar de chorar por horas, ate' descobrir que não tinha mais lagrimas para verter.
   A vida seguia sem muitas perspectivas de melhoras ate' que, um dia, quando menos esperava, ao abrir a porta da casa onde trabalhava, boquiabunda, viu `a sua frente a figura da madrasta, com uma conversa de "cerca-lourenço", trazendo `a enteada uma linda cesta de frutas cheia de maças, mais lindas ainda.
-  Me desculpe! Confesso que no inicio, quando vi você tão linda, em minha frente,  te
   encarava como uma ameaça e por muito tempo achei que se colocava entre eu e seu pai mas agora,    sabendo que ele não esta' mais conosco, me sinto muito so'. Gostaria que você pensasse na
   possibilidade de morarmos juntas novamente. Eu sei que não mereço tua confiança mas, você e' a        única coisa que me resta... Não aguento mais a solidão e a falta que sinto de teu pai. Disse a                madrasta com um semblante triste, denotando arrependimento... Me promete que vai pensar?              finalizou.
   Aquela visita, certamente foi uma surpresa para Branca. Ainda visivelmente impressionada, quase
que automaticamente, pegou uma das maças expostas na linda cesta e começou a come-la.
   Pensativa, enigmatizada, mordia a fruta nervosamente, ate' que se sentiu tonta, enjoada, vendo tudo rolar `a sua frente. Não tardou para que caísse ao chão onde permaneceu imóvel.
   Eram quase sete horas da noite quando o primeiro dor irmãos chegava. Mesmo antes de adentrar `a casa, estranhou a luz da sala acesa, ja' que Branca nunca trabalhava ate' tão tarde.
   O segundo chegou encontrando seu irmão ja' ao telefone falando com o SAMU. Quase que imediatamente os sete irmãos, reunidos, resolvessem ligar para Dr. Prince assim que encontraram o nome do medico entre os contatos telefônicos de Branca.
   Dr. Prince, quando ouviu o relato do acontecimento, imediatamente pediu que levassem a moca ao hospital no qual dava plantão `aquela noite, por coincidência, não muito distante da casa em que residiam.
   Um atendimento pronto, uma lavagem estomacal e muito carinho salvaram aquela que sempre esteve na mente de Prince, que não saiu do lado de sua amiga ate' que teve certeza que ela estava recuperada completamente.
   Naquela mesma noite, voltou ao hospital para visitar Branca...
   Em um "ataque" de coragem pouco comum `a Prince, quando se tratava de sentimentos íntimos, confessou seu amor antigo por Branca das Neves. Propôs a ela que vivessem juntos, ao mesmo tempo em que reatariam os laços do passado,  em que se conheceriam melhor... Seria uma relação puramente amistosa ate' que ela estivesse preparada para viverem juntos como marido/mulher, se ela assim decidisse ser seu desejo. Propôs ajuda-la `a recomeçar os estudos, propositadamente interrompidos pela madrasta.
   Um beijo sincero e carinhoso foi a resposta dada `a seu amigo desde criança.
   Foi com uma tristeza feliz que os sete irmãos receberam a noticia de que Branca das Neves se despediria agradecida, agora para seguir em busca da felicidade interrompida pela megera.
   Não demorou para que Dr. Prince descobrisse que a tal madrasta tentou se livrar de sua enteada para não ser obrigada a dividir a fortuna que parcialmente herdara.
   A decisão de ate' que ponto deveria processar Medeia, ficaria a cargo de Branca das Neves.








Copyright 1/2019 Eugene Colin.