sexta-feira, 29 de novembro de 2019

THANKSGIVING










                                                        Thanksgiving...









   Being just a teenager, I was marvaled the first time I heard "Your make-believe ball room", a radio program I started to listen from that day on... Yes! At that time television was just begining to  broadcast in the country. This was before computers, cell phones, Internet, facebook and all the modernities we have today...

    It was a whole hour program, featuring the most famous American big bands and singers. On those days I was "introduced" to Cole Porter, Rosemary Clooney, Harry James, Oscar Peterson, Jimmy Smith, Frank Sinatra, Dean Martin, Nelson Riddle, Nat King Cole, Doris Day, and the list goes on and on... I grew up embedded on American culture. 
   I will never forget the first word I learned in English; "please". I was at the movie theater. On the screen, an indian was pulling Audie Murphy ( a famous actor at that time ) in a desert sand, tied by his wrists, and he was begging for a drop of water.
   Every Sunday there I was, at the theater, learning English thru the movies, and everything else I could, about America.
   That was just the beginning of a "love affair" which lasts till today. 
   Life moved on and America was put on a distant shelf, inside my mind. This was up to when a big economical crisis was inflicted upon the country... Suddunly, old memories jumped down and, on a whim, on a leap of faith, now married, I said goodbye to everything and moved to America, with a wife and three kids...
   The struggle was huge but the love was greater...
   This week, when we celebrate Thanksgiving, and the beginning of another Christmass season, time of reflection, like every one should, I want to give thanks for everything America gave me. She is a strong and very wise "lady". She gives you all her love but, she demands to be loved in return. She wants to share with you a responsible relationship, with love, respect, commitment, allegiance and, if you do your part, she will be yours forever...
   Here's what I wrote, showing my gratitude...

                To America...
                I have many things to be thank for today...
                I thank for the days, for the stars and the moon,
                I thank for our families and friends who stay
                with us every moment, at sundown or noon,
                to encourage, to chat, to also have fun,
                to comfort our soul, to warm up our heart,
                to talk on the phone if we are apart,
                to help when we think there's nowhere to run...
                I thank for my health and also being able
                to work, to talk, to listen, to see,
                for always endow to have food at the table
                for my heirs, my friends, my daughters and me...
                I thank for America, a love that I have,
                who opened its arms and allowed me to be
                a part of this family and live here my dream
                in the home of the brave, in the land of the free...
                There are also other things to be thankful for,
                I might not remember everything I had to,
                but there's one in special that I must say, therefore,
                I'll always be thankful for having met you...







Copyright 11/2019 Eugenio Colin.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

MELHOR MANEIRA DE USAR O PAU









                                      Melhor maneira de usar o Pau...









   Li em um artigo, que um juiz de um tribunal de justiça de uma cidade nordestina recebeu um requerimento de uma mulher, cansada de ser humilhada e passar vergonha.

   Ela dizia:
Eu, Maria José Pau, gostaria de saber da possibilidade de se abolir o sobrenome “Pau” de meu nome, já que a presença de um Pau tem me deixado embaraçada em várias situações. Desde já, antecipo agradecimentos e peço deferimento. 
Maria José Pau.

   Após ler o requerimento com o carinho e atenção que lhe era peculiar, o Juiz despachou:

Cara Senhora Pau, 
Sobre sua solicitação de remoção do Pau, gostaríamos de lhe dizer que a nova legislação permite a retirada do seu Pau, mas o processo é doloroso e complicado. Se o Pau tiver sido adquirido após o casamento, a retirada é mais fácil, pois, afinal de contas, ninguém é obrigado a usar o Pau do marido se não quiser. Se o Pau for de seu pai, se torna mais difícil, pois o Pau, a que nos referimos, é de uso comum de todos que ainda usam o Pau de seu pai, e vem sendo usado por várias gerações. Se a senhora tiver irmãos ou irmãs, a retirada do seu Pau a tornaria diferente do resto da família. Cortar o Pau de seu pai, pode ser algo que vá chateá-lo. Outro problema, porém, está no fato de seu nome conter apenas nomes próprios e poderá ficar esquisito caso não haja nada para colocar no lugar do Pau. Isso sem falar que, caso tenha sido adquirido com o casamento, as demais pessoas estranharão muito ao saber que a senhora não possui mais o Pau de seu marido. Um opção viável, seria a troca da ordem dos nomes. Se a senhora colocar o Pau atrás da Maria e na frente de José, o Pau pode ser escondido, porque a senhora poderia assinar o seu nome como Maria P. José. Nossa opinião é a de que esse preconceito contra este nome já acabou há muito tempo e que, já que a senhora usou o Pau do seu marido por tanto tempo, não custa nada usá-lo um pouco mais. Eu mesmo possuo Pinto, e sempre me senti feliz por isso, sempre o usei, com orgulho e satisfação e muito poucas vezes o Pinto me causou embaraços.
Atenciosamente,

Armando Pinto Molhado. 
Desembargador do Tribunal de Justiça de São Miguel do Gostoso, RN.

   A conclusão que podemos tirar, após lermos a resposta do meritíssimo juiz e' que, segundo ele, na vida, considerar o seu Pau muito grande ou muito pequeno problema, depende muito da pessoa ou, no caso desta senhora, da melhor maneira de usar o Pau...






   Copyright 11/2001 Eugene Colin.





sábado, 16 de novembro de 2019

A DONA DO MEU SACO

    









                                                    A dona do meu saco








   Nunca me esqueço daquele natal, quando tinha sete ou oito anos de idade. Acho que foi o primeiro natal do qual me lembro com clareza…
   Naqueles dias estava meio triste ao ter acabado de aprender uma lição importantíssima a respeito de como se usar ferramentas manuais. Havia enterrado um formão na minha mão quando, sem saber, o posicionei entre a mão e o martelo. Aprendi que as mãos devem estar, sempre, atrás das ferramentas… Uma cicatriz que tenho, marcada ate’ hoje, me lembra daquele fato.

   Meu pai lutava para poder manter um padrão de vida bem acima do que era capaz de nos oferecer. Minha mãe então, com muita humildade, tomando as redas da família alugou uma casa com oito quartos, alguns dos quais sublocava, com pensão, para senhoras de idade, proporcionando-nos assim uma qualidade de vida muito acima da qual havíamos nos acostumado.
   Como crianças, embora não entendêssemos de finanças ou economia, sentíamos que estávamos bem, sempre bem vestidos, estudando em bons colégios, frequentando clubes, praticando esportes... Tínhamos vida de crianças ricas…
   Aguardei com ansiedade a manha do dia daquele natal. Quase não acreditei quando vi o projetor de cinema que havia pedido `a Papai Noel estar ali, na minha frente, pronto para ser usado… Todos olhavam para a tela onde o filme era exibido, eu olhava para o projetor, maravilhado pela engenharia que em minha frente se revelava.
   Não era algo profissional ou de primeira linha mas, era o suficiente para ocupar seu lugar importante como uma lembrança indelével.
   Naquela tarde, junto com meu irmão e alguns amigos, visitamos uns aos outros para vermos e brincarmos com nossos presentes.

   `Aquela noite, decidi que essa lembrança deveria ser preservada e, assim sendo resolvi, imaginariamente, criar o meu saco…
   Claro que como todo menino, havia nascido com um, mas não e’ a este que estou me referindo… Resolvi criar um saco imaginário, onde arquivaria, daquele momento em diante, acontecimentos importantes e marcantes em minha vida.
   A infância foi alegre e cheia de lembranças que automaticamente enchiam o meu saco. Não de uma maneira pejorativa como pode soar mas, de uma maneira agradável e prazerosa.
   Com o tempo, a medida que a infância ia cedendo lugar `a juventude, as respondibilidades começavam a chegar, os sorrisos de criança começavam `a desaparecer, os compromissos cresciam, as primeiras desilusões marcantes ocupavam seu lugar de destaque e, meu saco começou a ficar mais volumoso, com o decorrer do tempo, atrapalhando ate’ `a minha maneira de andar, pelo peso que causava em minhas costas.
   A principio, jovem e cheio de vitalidade, apenas tratava de esvaziar o saco, quando estava muito cheio, jogando o excesso que ele guardava em cima de quem estivesse deitada em baixo, indescriminadamente…

   O tempo andava, as responsabilidades amentavam, os erros, embora involuntários, se acumulavam e o saco ficava cada vez mais cheio.
   Com o passar dos anos, nem me preocupava mais em esvaziar o saco e carregava todo aquele peso, e a dor que causava, em minhas costas, sem reclamar, resignado com o meu destino.
   Por vezes, no silencio das preces noturnas, em minha racionalização humana, ponderava com o Criador que não era justo, que a maioria daquilo não era merecido, que havia muita gente que so’ fazia o mal e ainda andava com o saco leve.
   Talvez Ele soubesse que eu era forte o suficiente para carregar um peso maior do que a mim era devido e, assim sendo, ajudar outro alguem a suportar o peso do destino.
   A medida que a maturidade chegava comecei a entender que a vida não e’ justa e que quanto mais procuramos por justiça mais nos desapontamos com o resultado dessa busca.
   O interessante e’ que embora milhares de lembranças felizes de minha infância estivessem guardadas no meu saco, elas nunca pesaram, ao passo que lembranças tristes e em muito menor quantidade causavam um peso tao grande que muitas vezes, caminhando sozinho, minhas lagrimas eram as únicas com as quais podia contar para ajudar e aliviar a dor quase insustentavel que o peso da vida causava ao meu saco que, `aquela altura carregava.

   Um dia, num momento de reflexão introspectiva, descobri que as lembranças alegres são leves e fáceis de serem carregadas ao passo que as experiências tristes, alem de nos fazerem sofrer, no imediato momento em que nos deparamos com elas, muitas vezes causam um peso insuportável em nosso saco, fazendo com que se arraste no chão, nos fazendo tropeçar e, inevitavelmente nos derrubando com ele.
   Comecei então a esvaziar o saco. Me livrar de todos os acontecimentos tristes, que me impediam de ser feliz, livre, alegre, responsavelmente despreocupado… Não queria que quem estivesse a meu lado ou para mim olhasse, presenciasse aquela deformidade.
   As tristezas eram tantas que demorou alguns anos para que delas me livrasse totalmente mas, com determinação, consegui.

   Em muito pouco tempo me livrei dos últimos resquícios de tristezas que, recalcitrantemente, ainda tentavam se misturar com as alegrias que desde a infância trazia guardadas.
   Hoje estou feliz, leve, alegre como aquele menino no dia do Natal.
   Hoje, tenho certeza que qualquer uma tem condição de segurar o meu saco `a qualquer hora, em qualquer lugar, sem o menor esforco, sem a menor dor…
   Delicadeza, beleza, mãos carinhosas, sempre serão os melhores apoios para o meu saco.
   Agora, estou apto para em mãos cuidadosas depositar o meu saco sem o menor receio, se tiver a certeza de que sera conduzido com amor e dedicação.
    Com ela  terei o prazer de compartilhar o que nele trago e faze-la sentir intrinsecamente tudo de bom que ele guarda...Agora, com  o saco leve, terei melhores condições de subir com maior frequência, apontar para frente e deixa-la a vontade para, espremendo meu saco, descobrir algumas das alegrias que ele guarda e poder sentir e reviver, junto comigo, todas os sentimentos positivos que nele acumulei através dos anos, `a espera de alguem  que estivesse disposta a tirar do meu saco o que ele tem de melhor, concomitantemente nele guardando apenas alegrias, tornando-se assim a dona do meu saco...






Copyright 11/2019 Eugene Colin




sexta-feira, 8 de novembro de 2019

LIETCHTENSTEIN












                                                       LIECHTENSTEIN








   John and Mary were high school sweethearts. They met in third grade and stayed together since.
   The first real birthday present John gave to Mary, as soon as he got his first job was an engagement ring. A lot of pizzas were delivered to help him to pay for that ring...
   They got married in a local catholic church where the priest had been his friend at school. This friendship helped them to be good christians, help the community and live a simple a meaningful live.
   Mary have always been happy. Some of her friends could never understood how could she stand so much happiness.
   The couple got married as soon as John felt able to support a family.
   Their life has always been happy. One of the few times they had a fight was because John spent almost the whole day baking a big cake to his wife’s birthday and she was afraid he wouldn’t be able to clean the kitchen to her likings.
   Their three daughters, now married and with kids of their own, have always had a happy childhood and were already in the path to meet their happiness, just like their fathers.
   Much faster them they anticipated, the age was catching up with them, particularly with John, whom, despite, did not stop pampering Mary the core, specially after retirement. 
   Of course Mary was happy with all the attention but, lately, it begun annoying her to a point of despair... If she was in the kitchen, her husband would come, willing to help, if the was in the garden, John would offer to clean after her, if she was watching TV, he, not only would seat after her, but also, would bag her to do anything of her liking. One day, when she was taking a shower, he offered himself to “clean” her back. Can you imagine? Making whoopee at that age!
   Mary got to a point to fake headaches, which she almost never did through their whole life, just to be alone for a few hours.
   The woman was desperate, didn’t know what to do to get rid of so much attention. She didn't want to divorce him because she loved him, nor tell him to stop being so mushy to avoid hurting his feelings. The only thing she wanted was a little peace and quiet.
   One morning, she felt really bad, had a sudden stroke, and died.
   John was heartbroken. He lost the love of his life. His daughters were afraid he would not survive that loss. One of the daughters even took him to live with her, fearing a suicide or something drastic.
   Of course, Mary went straight to heaven...
   Getting there, she was greeted by Saint Peter. After a brief talk when she explained that she could't take her husband anymore, that she would have killed herself if she didn't have died... 
   "That's earthly matters with which we don't get involved. Now you're here but, there is a drill to enter into heaven.” Said Saint Peter.
   “What’s the drill?” She asked.
   “You have to spell a word". Saint Peter said.
   "What's the word?" She asked.
   "Love". Saint Peter replied.
   “ Oh! That’s easy. L - O - V - E”. She answered.
   “ Very good! You’re in”. 
   As a new member of the heaven community, she would have to be instructed on how to greet newcomers. Not only to help Saint Peter, whom worked only one day of the week, but also to have something to do, Can you imagine spend eternity looking at the stars?
   In her training, she was told to be responsible to choose the word to be spelled, that she was not allowed to use the same word for every person. That she had to work six hours per week at one of the heaven’s entrance to her assigned.
   Finally, after one week in heaven, she found the peace she was looking, for so long.
   On her first day at work in heaven, six in the morning, there she was, seated at her post. After a few people got in with no problem, she squinted her eyes, trying to recognize a man she saw walking in the clouds, at a distance.
   Sure enough, it was John, her husband.
   As trained, she said to him:
   “Hi, John! To enter in heaven you have there is a drill.
   "What's the drill?" He asked.
   "You have to spell a word." Said Mary.
   “What’s the word, darling?” He asked.
   She replied:
   “Liechtenstein.”






Copyright 9/2019 Eugene Colin

sábado, 2 de novembro de 2019

CARINHO




                               





                                   Carinho







             Menina querida, que tão bem conheço,
             que tenta me dar o que não esqueço,
             cabelos dourados, a beleza singela
             o sonho de amor que dela se espera,
             o som de uma fala tão linda, tão calma
             que imagino, e mexe, com fundo da alma,
             a bondade de quem tanto fala de amor,
             que nunca merece sentir uma dor...
             que mantém a esperança de noite, de dia,
             que de um homem comum, realeza faria...
             Aquela que sabe tão bem o que quer
             que o sabe ensinar a quem não souber.
             que tem o perdão como meta importante,
             mantendo o ódio de si tão distante.
             Os olhos que sempre sorrindo estão
             completando a beleza se nem um senão...
             Quando aqui cheguei, do outro lado do mundo
             nem de leve pensei, nem por um segundo,
             que caminhos distantes poderiam cruzar
             fazendo esperanças outra vez despertar...
             Eu olho pra ti, sonhando acordado
             não acreditando no que esta’ combinado,
             que vou pra te ver, poder te encontrar,
             uma vida a dois, quem sabe, sonhar...
             Se então, acontecer o que tanto espero,
             se tudo sair também como eu quero,
             nem sei como vou la’ dentro sentir...
             Vontade, quem sabe, de contigo fugir
             para terras distantes que tão bem conheço,
             para juntos tentar um novo começo,
             poder encontrar o que procuramos
             num ninho de amor que `a parte sonhamos
             sem sequer saber que ao lado, um dia,
             este sonho antigo aconteceria...
             E então, talvez, sem mesmo saber,
             num dia de sol, ao amanhecer,
             vou te agradecer, dizendo baixinho:
             Muito! Muito obrigado por tanto carinho...





Copyright 10/2019 Eugene Colin