sexta-feira, 31 de julho de 2020

MUNDO PERFEITO...












                                                    Mundo perfeito...








   Minha vizinha tem três herdeiros. Os dois maiores são casados e ja' tem filhos... A mais nova... Tem dezenove anos, não estuda, dorme o dia inteiro e, `a noite assalta a geladeira sem pena e com voracidade. Ao nascer do novo dia, quando ja' esta' dormindo novamente, a pia da cozinha amanhece cheia de pratos, copos, talheres... Tudo que foi usado no banquete noturno. Quando a mãe a critica, responde que esta' "aproveitando a juventude".

   Nos damos muito bem... Apesar de tudo, ela e' uma boa menina. Alegre, feliz, muito engraçada... Vez por outra, me chama para conversar sentados ao meio-fio da calcada. Me pede conselhos, reclama que não tem namorado...Diz que eu a entendo.
   De vez em quando escrevo poemas para ela, relacionados com o acontecimento, ou a reclamação do momento... Ela ri das criticas que lhe faco.
   Hipocondríaca no mais amplo sentido, um dia, a mãe me chamou correndo porque Jeralda (isso mesmo! Jeralda com J) estava com muita falta de ar... Como bom medico, que não sou, fui visita-la para saber do que se tratava...
   - Estou com muita dor no peito. Não consigo respirar. Me disse.
   - O que mais você esta' sentindo? Indaguei...
   - Você acha pouco? Respondeu.
   Olhei para ela e vi que não tinha absolutamente nada mas, por via das duvidas, voltei com meu aparelho de medir pressão e um termômetro...
   Temperatura normal. Pressão melhor do que qualquer atleta profissional, rosto corado e sadio, semblante triste como o de quem esta' louco por um pouco de atenção...
   - Fica tranquila, vou te dar um remédio, que uso quando estou me sentindo assim e você vai ficar
      boa em um instante. Simpatizei.
   Fui em casa, coloquei uma colher de sal e uma de açúcar em copo d'água e voltei.
   - Toma! Bebe de vagar, respirando entre os goles e fica deitada por quinze minutos. Vou medir tua
     pressão a cada cinco minutos para monitorar o efeito do remédio.
   Perfeito! Em quinze minutos estava se sentindo melhor do que nunca, segundo suas próprias palavras.

   No dia seguinte voltei `a sua casa com a receita...
                     
   Falei pra mamãe:
   estou depressiva.
   Eu estava tão  bem,
   alegre a ativa...

   Meu peito doendo,
   meu braço manchado,
   nariz escorrendo,
   ninguém ao meu lado...

   O Lucas ligou...
   Vem aqui minha amiga!
   Agora eu não vou,
   estou meia perdida...

   So' quero ficar
   na cama, deitada.
   Vem você me chamar
   pra sentar na calcada!!!???

   Um dia `a tarde
   minha mãe me chamou
   sem muito alarde
   ao medico eu vou...
   O doutor me olhou
   de cima a baixo,
   depois me falou
   contrito, cabisbaixo...

   Minha filha, te digo,
   com toda certeza
   o que acontece contigo,
   vejo aqui com clareza...

   Te escrevo a receita
   que vai te curar,
   te fazer mais perfeita,
   tua vida mudar...

   De manhã TABEFLEX
   logo ao acordar.
   Vai te deixar alerta
   ate' o jantar...

   `A noite, ao dormir,
   CHINELOX receito.
   Vai te fazer sentir
   em um mundo perfeito...




Copyright 4/2020 Eugene Colin.

   




sexta-feira, 24 de julho de 2020

CONOTAÇÃO SEMÂNTICA









                                           Conotação Semântica...








   Marquinho estava tentando prender o significado das palavras, naquela idade em que todo menino e' mais chato e curioso do que velha aposentada. Queria sempre saber de tudo, enchia o saco do pai e da mãe com perguntas e indagações, principalmente tentando esclarecer a definição de palavras novas que diariamente apendia na escola...
   Algumas palavras, a professora esclarecia. As mais “cabeludas”, que dizer, os palavrões, mandavam perguntar aos pais...
   Marquinho não perdoava. Quase todo dia, uma palavra nova chegava `a sua casa na avidez de um esclarecimento.
   Os pais do menino, especialmente sua mãe, morria de vergonha, afinal de contas o menino estava apenas com cinco anos de idade mas, se continuasse assim, em pouco tempo estaria com um vocabulário digno de um dono de estabelecimento pouco recomendável...
   Um dia, para o choque dos pais, chega o menino perguntando: 
   -Mamãe, o que e’ boceta?
   A pobre da mulher tapou a boca, saiu depressa da sala, enquanto seu pai, sem saber o que fazer, olhando ao redor, procurando uma saída, olhou de relance para a enorme televisão, aparelho dominante dos olhares de quem entrasse na sala, que sua esposa havia acabado de comprar e explicou:
   -Meu filho, boceta e' um outro nome que se da' `a televisão...
   O menino, em sua Inocência, balançou a cabeça e foi para seu quarto com sua curiosidade satisfeita.
   No dia seguinte...
   -Papai, o que e’ caralho?
   Desta vez, sozinho na sala de estar com o menino, pensou rápido e mandou:
   -E’ o mesmo que sofa', meu filho...
   E la' se foi o menino, pelo jeito, assimilando a resposta.
   A assim eram quase todos os dias. Com o tempo, sua mãe ate' saia da sala na hora em que sabia o menino estava para chegar.
   E as respostas empilhavam em sua memoria...
   Um dia perguntou:-
   -Papai, o que e' cu?
   -Cu e’ outro nome que se da' `aquele porta guarda-chuvas que temos atrás da porta  
   de entrada... E la' se ia o filho.
   Dias depois...
   -Pai, o que e' foder?
   Desta vez, sua mãe que estava `a mesa, tomando cha', não resistiu. Engasgou, cuspiu cha' quente para todos os lados e saiu correndo para o quarto, quase derrubando a cadeira `a qual sentava.
   O pai, de certa maneira se acostumando a mentir, deslavadamente respondeu:
   -Meu filho, foder e' outro nome que se da' ao centro da cidade, entendeu?
   O menino, desta vez meio desconfiado, antes de se sentar `a mesa para fazer um lanche ainda retrucou:
   -E’ mesmo!
   Algum tempo depois, quando sua mãe  ja' estava ate' mais calma, ja' que as perguntas haviam diminuído um pouco, chega seu filho gritando:
   -Mãe, o que e' esperma?
   A mulher, que aparentemente ja' havia aprendido o truque com o marido, olhou ao redor, pensou rápido e respondeu;
   -Esperma e' outro nome que se da ao capacho que temos na estrada da casa, para 
   limpar os pés...
   Marquinho ate' que acreditou, desta vez sem desconfiar, o que, de certa maneira, a deixou orgulhosa por ter aprendido tao rápido a “arte” de paliar.
   E assim seguiam os dias... A mãe  do menino havia ate' comentado com o marido que não sabia mais o que fazer, queria ir ate' a escola, falar com a diretora, não era possível e, e' claro, seu filho so' poderia estar aprendendo este vocabulário adulto na sala de aula ou no recreio, com outros colegas, talvez mais velhos, que se aproveitavam de sua Inocência. Nunca havia ouvido tanta palavra inapropriada na cabeça de um criança tão nova. So' esperava que seu filho, uma vez tendo sua curiosidade momentânea saciada, esquecesse daquelas palavras...
   Dias depois, em uma situação de emergência, os dois, pai e mãe, se viram obrigados `a sair rapidamente, mesmo sabendo que não era correto deixar uma criança tão jovem , sempervisionada (sem supervisão...palavra nova!), ainda que por pouco tempo.
   O pai se ajoelhou em frente ao menino, colocou suas duas mãos sobre seus braços e, olhando dentro dos olhos do menino, com um semblante muito solene, falou:
   -Meu filho! Papai e mamãe vão ter que sair por alguns minutos. Temos que resolver um problema na cidade mas, voltamos rapidinho...Quero que você fique quietinho, não mexa em nada. Fica so' sentado no chão, vendo televisão. Papai não vai demorar. Entendeu!
   O menino apenas balançou a cabeça afirmativamente, com um olhar preocupado e ja' seguia para se sentar `a frente da televisão quando ouviu sua mãe dizer:
   -Meu filho, mamãe esta’ esperando uma amiga. O nome dela e’ Magnólia. Se por acaso ela chegar
   enquanto estivermos fora de casa, pede para ela entrar, sentar e ficar assistindo um pouco de
   televisão enquanto espera pela mamãe, ta bem?
   -Ta bem, Mamãe! Respondeu o menino, agora sorrindo, ja' com a televisão ligada `a 
   sua frente.

   Menos de dez minutos após a saída dos pais, Marquinho ouve a campainha da porta tocar. Imediatamente se levanta, vai ate' a porta e, quando abre, vê uma senhora grisalha, segurando um guarda-chuva que mais parecia uma bengala, olhar para ele, com um sorriso amigável dizendo:
   -Tudo bem! Eu sou Magnólia, amiga de sua mãe, ela esta'?
   -Não senhora! Ela saiu com meu pai, mas mandou dizer para a senhora entrar, limpar o pe' no esperma, enfiar seu guarda-chuva no cu, sentar no caralho do meu pai, ficar olhando para a boceta da mamãe que eles foram foder.

... Apenas uma questão de conotação semântica...






Copyright 5/2019 Eugenio Colin

quinta-feira, 16 de julho de 2020

INCOMPARAVEL SATISFAÇÃO









                                               Incomparável  Satisfação








   Hoje pela manhã, após o desjejum, ainda sentado `a cafeteria do hotel, me chamou a atenção uma linda jovem morena, com longos cabelos avermelhados, olhos verdes, provavelmente aos seus trinta anos de idade, salto alto, pernas cruzadas, muito bem vestida, impecavelmente maquiada para aquela hora da manha, ainda saboreando os últimos goles de seu cappuccino. O dedo mínimo da mão direita que segurava a xícara estava arqueado, como “manda” a etiqueta daquelas dondocas sofisticadas que a maioria de nós, pobres mortais, copiamos.
   Sem que percebesse, aquela mulher dominava toda a minha atenção. Observava seus mínimos detalhes e gestos, como se estivesse tentando aprender algo.
   Segundos apos o ultimo gole, pousou a chicara delicadamente, olhou para um lado, limpou o canto da boca com um guardanapo que mantinha no colo, olhou para o outro lado, pousou o guardanapo `a mesa e, delicadamente, introduziu o mesmo dedo que ha’ pouco tempo se mantinha arqueado, dentro do nariz.
   Se minha atenção ja’ era total, agora era imperativa.
   A mulher estava completamente absorta em seu trabalho de limpeza. Mexeu com o dedo de um lado para o outro e, voila’! Uma enorme meleca saiu presa `a seu dedo, com uma parte dentro de sua bem manicurada unha.
   A esta altura, sem perceber que captava minha total atenção, com as costas da unha do mesmo dedo minimo da outra mão, removia a parte da meleca que se escondia sobre a outra unha e, com um movimento automático e magistral, conseguiu transportar toda a “materia” nasal para a ponta do dedo indicador.
   Agora, completamente concentrada, movia o dedo indicador sobre o polegar, em movimentos circulares, sem perder o contato com a matéria desforme que, `a esta altura começava a se esferizar. Mantinha a mão que “trabalhava” em baixo do guardanapo que formava um pequeno arco por sobre a mesa. Vez por outra recuava um pouco a mão para averiguar se seu objetivo estava sendo conseguido. Mais alguns segundos e, expôs a mão que mantinha coberta ao alcance de seus olhos.
   Certificando-se de que a consistencia estava adequada, levantou a toalha da e colou a meleca na parte inferior da mesa.
    Abriu a bolsa, abriu o batom que agora segurava, retocou os lábios e, levantou-se ao encontro de seu destino.
   Naquele momento pensei; se algum dia voltasse `aquele hotel, `aquele cafe’ e me sentasse a uma mesa e quando, disfarçadamente, ao tentar de me livrar da minha própria meleca, encontrasse outra, no mesmo local, tentando se grudar `a minha, seria isso considerado muita sorte ou, muito azar...
   Aquela cena matinal me fez refletir...
   Talvez outra pessoa que presenciasse aquele fato ficasse totalmente horripilado...  Sera’ que meleca esta’ sempre associada a narizes grandes e feios?
   Porque tanto preconceito? O que aquela mulher havia feito nada mais era do que um ato de higiene nazal. O que seria mais apropriado? Soar o nariz e, com o alarde, despertar a atencao de todos os que ali tomavam sua refeição ou, sorrateiramente, como havia feito, praticar sua higiene de maneira sutil e recatada.
   Todos sabemos que nosso nariz e’ a melhor e mais perfeita “maquina” de produzir meleca... Um nariz afilado, bem maquiado, acostumado aos mais sofisticados perfumes  franceses, como aparentava ser aquele ao qual tao absortamente acabara de observar ou o nariz do torneiro que respira po’ de aço o dia inteiro, todos devem ser limpos de alguma maneira.
   E’ claro que rhinotillexomania não deve ser desculpada, tudo tem o seu limite mas, tirar uma melequinha de vez em quando não mata ninguém. Alem do mais e’ fato comprovado que cada uma entre quatro pessoas admitiram que tiram meleca pelo menos uma vez ao dia.
   Ponderando um pouco mais, a respeito do acontecimento, pude entender que dedo com unha grande e’ bem mais adequado para uma boa limpeza nasal. Um dedo com unha muito curta torna praticamente impossível um bom desempenho. Também, pude lembrar que não e’ adequado enfiar qualquer dedo no nariz. O dedo mais apropriado para uma boa higiene nasal e’ o dedo mínimo mas, não importa o dedo usado, se lavarmos bem as mãos após o inestimável prazer de tirar uma meleca solida e consistente, resolveremos o problema da eventual infecção sem nos privarmos do prazer maior, da conquista de uma boa meleca.
   Agora! Se você achou que deveria ter guardado esta experiência para mim, que isto foi um assunto repugnante e inapropriado, examine a própria consciência, seja honesto e diga para si mesmo se nunca, em sua vida, meteu o dedo no nariz `a procura daquela meleca especial que lhe proporcionaria relaxamento e incomparável satisfação....






Copyright 5/2020 Eugene Colin

quinta-feira, 9 de julho de 2020

PIRIGUETE









                                                       Piriguete










   Desta vez foi Amelia, minha vizinha quem estava triste.
   Sua filha Jeralda estava em São Paulo, passando ferias com o pai...
-  Estou morrendo de saudades! Sabe? Ate' das malcriações dela eu sinto falta... Um dia eu estava pronta para sair e perguntei o que achava de minha roupa. Ela tirou o rosto do monitor do computador por cinco segundos, olhou pra mim, e falou: "Você esta' parecendo uma piriquete!" Disse a vizinha, quase chorando, ao me encontrar...
-  E' mesmo! Não vejo a Jeralda por algum tempo. Noutro dia pensei ate' em perguntar se ela estava bem... Gosto muito da tua filha. Ela e' meia destrambelhada mas e' uma boa menina. Falei.
-  Meia? Completamente! Eu acho que no dia em que ela nasceu, o doutor esqueceu de dar os apertos finais nos parafusos da cabeça dela. Respondeu. Mas eu não vivo sem ela...  Você escreve um poema sobre sua ausência? Ate' eu ja' me acostumei a ler teus poemas. `As vezes ela me pergunta se você não mandou nada para ela? Sabe o Saulo, filho da Shnitzel, a Austriaca que mora no final da rua? Todo dia vem aqui perguntar se ela ja' voltou...Finalizou.
-  Mas, não fica triste! Daqui a alguns dias ela esta' de volta e tua paz esta' de ida... Retruquei. Vou entrar e, daqui a pouco, estou de volta com o poema... Finalizei, ao me despedir.

   Então, escrevi...

   Acordei na cama chorando...
   Estava em Santo Amaro,
   na minha vida pensando
   sozinha, sem um amparo...

   Que estou eu fazendo aqui?
   Pensava com meus botões.
   De fruta, so' tem caqui,
   nem manga, caju' ou limões...

   Não quero sair de casa,
   so' fico coçando o pe',
   `a noite olhando pra lua,
   cheirando o meu chule'...

   Se ligo o computador,
   tão triste, passando mal,
   me lembro com muito amor
   da minha cidade natal...

   Eu sei que falo demais
   `as vezes, quando estou nervosa.
   Nem muitos banhos de sais
   me tornam calma ou bondosa...

   Mas uma coisa aprendi
   nos dias em que me ausentei,
   saudade enorme senti,
   de noite ate' chorei...

   Lembrava do que deixei
   na casa onde ainda moro,
   conversas também lembrei,
   com o Juca, a quem não namoro...

   Mas de tudo que aqui vivi,
   enquanto estive ausente,
   o importante aprendi
   e guardo na minha mente...

   Preciso olhar e viver
   com minha mãe, tete a tete
   e finalmente entender:
   Eu amo a "piriguete"...





Copyright 5/2020 Euge Colin

sexta-feira, 3 de julho de 2020

RELATIVITIES









                                                          Relativities...







    At the turn of the 20th century, during a conference, a professor of the University of Berlim challenged his audience with this question:
-  Did God create everything which exists?
   A student answered with certainty:
-  Yes! He did...
-  Did God create everything? He asked again...
-  Yes! Sir... Repeated the youngster.
   Then, the professor asked:
-  If God created everything, then, God created the evil? Because, evil exists, and by knowing that our    work is a reflection of ourselves, in that case, God is evil.
   The boy was silent and the professor, assertively, was content for having proved, once again, that faith was waste of time.
   Another student, raising his hand said:
-  May I ask you a question?
-  Of course! Answered the professor.
   Standing up, he asked:
-  Professor, does "cold" exists?
-  What kind of question is that? Of course there is "cold". Or you never felt cold in your life?
   With assurance, the young boy answered: 
-  In reality, Sir, "cold" does not exists. According to the laws of physics, what we call "cold" is,   
   in practical terms, the absence of heat. Every body or object can be studied when has or 
   transmits energy. The heat is responsible for the warmth or energy in this body. The absolute 32  
   degrees Fahrenheit is the absence total and absolute of heat. In this case, every body, stands still, 
   incapable of reaction but, there is no "cold". We created that definition only to describe how we feel
   with no "heat".
-  What about "darkness", professor? Does the absolute "dark" exists?
   The professor, fearing of what was about to come, answered:
-  Yes! It does....
   The student continued:
-  Again, you are wrong, Sir... There is no "darkness" either. The "darkness" is nothing else than the 
   absence of light. Light can be studied. "Darkness" can't! There is even Nichol's Prism to separate 
   white light into the several colors by which it is composed, with different color waves... You cannot
   do the same with "darkness". A single ray of light, penetrate the dark and lit up to a certain space... 
   How can you tell how dark is a space if there is nothing to be seen? "Darkness" is a definition 
   created by man to describe the absence of light.
   Finally, the boy asked to the professor:
-  Sir, does evil exists? 
   Assured that the student would have no explanation, he answered: 
-  Of course "evil" exists... As I said in the beginning, we see rape, crimes, violence everywhere...    
   All this things come from "evil".
   With a smile in his face, the boy said:
- "Evil" does not exists, Sir. At least, not on his own. "Evil" is nothing else than lack of 
   "goodness".  It is just like in the other cases... "Evil" is a definition created by man to describe the 
    absence of  God. God did not create "evil". It is not like faith, or love, which exists, like "the heat"
    or "the light". "Evil" is the result of lack of God in human's hearts. It is what happen with 
    "cold",  when there's no "heat", or "darkness" when there's no "light".
    Amazed by all that knowledge, the audience gave the young student a standing ovation at the same time, the professor stood there, quiet in silence and awe...
   At the end of the event, the principal of the University came towards that young boy and said to him:
-  Congratulations young man... I was impressed with your knowledge, your common sense, on how
   well you presented your theory and defended your case... While you're lecturing I was concentrated
   in your words, in your demeanor. It is a privilege for us to have a brilliant student such as
   yourself ... By the way, what's you name?
-  Albert Einstein, Sir!.



Copyright 10/2013 Eugene Colin.