quarta-feira, 29 de abril de 2015

PENSAMENTOS MUITO SÉRIOS










                                              Pensamentos Muito Sérios











-  A esperança é um pedaço da gente que sabe que vai dar certo.

-  Amar foge a todas as regras, ninguém sabe de onde vem, nem como acontece. Mas é  
   o que dá sentido a todos os outros sentidos da vida.

-  Todo indivíduo tem seu talento. Mas se você julgar um peixe pela habilidade em escalar árvores, 
   ele passará a vida acreditando ser um imbecil.

-  Uma pessoa só se torna realmente forte, quando há algo insubstituível, que ela não quer perder a  
   custo nenhum.

-  O ideal seria se todas as pessoas soubessem amar do mesmo tanto que sabem fingir.

-  O mundo é uma tragédia para os que sentem e uma comédia para os que pensam

-  Sonho sem atitude é delírio.

-  Não é necessário excluir ninguém de nossas vidas. Apenas reorganize a posição e inverta as 
   prioridades.

-  Ser humilde com os superiores é obrigação, com os amigos é cortesia, com os inferiores é nobreza.

-  Músico não é quem toca um instrumento, mas aquele que através de um instrumento, toca o 
   coração e a alma das pessoas.

-  O perdão total é aquele que lhe faz esquecer por que você precisava perdoar.

-  O professor mediano conta. O bom professor explica. O professor superior demonstra. O grande 
   professor inspira.

-  Para o bom paranóico, meia informação basta.

-  Quem tem a coragem de fazer o bem, tem que ter a sabedoria de suportar a ingratidão.

-  Escrever é doar ao mundo aquilo que existe dentro do seu mundo.

-  As únicas pessoas que você precisa ter em sua vida são aquelas que provam, sob qualquer 
   circunstância, que precisam de você na vida delas.

-  Um passo, e já não estamos mais no mesmo lugar.

-  Eu concordo com as pessoas porque discordar faz com que elas continuem falando.

-  Prender por manifestação é mole. Agora quero ver é prender por corrupção.

-  Se Deus não te dá o que você quer, é porque não é disso que você precisa.

-  Se você tem em casa um jardim e bons livros, tem tudo!

-  Poesia é o que cai no chão quando chacoalham nossa alma.

-  O que se faz sem obrigação é o que define o que somos.

-  Às vezes, a pessoa certa entra em nossas vidas na hora errada.

-  A vida não tem controle remoto. Você tem que levantar a bunda da poltrona e mudar de 
   “programa”...

-  Só saberá subir na vida quem tiver a humildade de descer quantas vezes forem necessárias.

-  A maior felicidade é a certeza de sermos amados exatamente como somos. 

-  Você não pode viver a sua vida para os outros. Você tem que fazer o que for certo para você, 
   mesmo que isso machuque as pessoas que você ama.

-  Se permitir que seus inimigos - ou amigos - pensem que são iguais a você, eles imediatamente se 
   sentirão superiores.

-  Se vivem tentando te pôr pra baixo, é porque estás acima deles.

-  Se o seu problema tem solução, relaxe... ele tem solução. Se o seu problema não tem solução, 
   relaxe... ele não tem solução!

-  Aquele que não luta pelo futuro que quer, deve aceitar o que vier.

-  Ok vida! Já entendi que sou forte o suficiente para suportar tudo isso... Agora já pode parar com os 
   testes, ta' bom?

-  Torço pela felicidade dos outros. Gente feliz não incomoda.


-  O segredo não e’ correr atrás das borboletas, e' cuidar do jardim para que elas venham  ate' ele.







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domingo, 19 de abril de 2015

PRESIDENTA











                                                              Presidenta








   Naquele dia, Dilmilula acordou doenta, achava que sua barriga não estava condicenta com o resto de seu corpo. Havia permanecido jacenta toda a manhã, logo quando seria homenageada pela "Faculdade de Ciencias Emergentas do Estado do Sergipe"como a beneficenta do ano... As dores, que nela começaram inocentementas agora eram crescentas, talvez devido ao fato de ter sido displicenta no dia anterior quando, em um jantar na casa do presidento da comição docenta da entidade, foi imprudenta, enchendo a pança de pururuca, linguiça e outras iguarias inerentas `a cozinha mineira.
   A moça era remanescenta de uma família de benfeitores e, recentementa havia chegado `a cidade apenas para aquele dia. Não tinha a intenção se tornar uma permanecenta, havia deixado isto muito claro. Não queria parecer subjacenta, quando foi aquiencenta ao convite.
   Mas, o dilema ai estava... Ou ela arrumava um médico, que pudesse “resolver sua  vida” imediatamenta ou estava se arriscando a cagar nas calcas bem no meio da cerimônia. Sendo uma pessoa decenta, como sempre foi, não poderia permitir que  isso acontecesse, mesmo porque, não queria parecer padecenta logo no dia em que seria honrada.
   Ligou para a portaria do hotel onde estava e solicitou um médico...
   Dilmilula, mulher sobrejacenta, no entanto, estava reticenta, com medo de que o doutor, certamente desconhecido, quisesse tocar sua barriga, fato com o qual ela jamais poderia ser aquiescenta. Sabia que se alguém tocasse sua barriga, ai a coisa ficaria feia. Tinha medo de se borrar de rir. Sentia cocegas somenta ao pensar no fato.
   Mas, estava displicenta, embora complacenta, se via sem possibilidades de comparecer `a cerimonia, `a menos que sua condição fosse resolvida. O pior e' que sabia que não era inocenta... Sendo uma pessoa coerenta, entendia muito bem que so' a ela cabia a culpa de tudo que então acontecia.
   Finalmenta, tristementa sentada ao sofá de seu quarto, sem condições de se mover, segurando uma rolha, por via das duvidas, pacientementa aguardava `a chegada daquele que seria sua  última esperança...

   Se você achou que a historia da Dilmilula esta' cheia de erros, tem razão!
   Todas as palavras em destaque estão flexionadas erronementas, a menos que você seja daqueles, como muitos ministros do nosso governo, e ate' pessoas letradas, que insistem em pronunciar , ou escrever “presidenta”, palavra que não existe e nunca existiu em nossa lexicologia (palavras terminadas em ente não flexionam).
   
   Mas se você ainda insiste em pronunciar ou usar essa palavra, deixe de ser uma pessoa ignoranta e consulte teu pai.
   E se você quiser saber a origem de teu pai, fique sabendo que os dicionários são popularmentos chamados de “pai dos burros”. Essa expressão foi inspirada na profissão do pai de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, autor do famoso Dicionário Aurélio. O pai de Aurélio fabricava carroças muito aconchegantas, tanto para os passageiros que nelas iam sentados quanto para os próprios burros que as puxavam. Os passageiros, muitas vezes, diziam que não tinham nem palavras para elogiar o trabalho do pai dele. Assim, Aurélio fez um pequeno sumário de termos utilizados para os elogios. E este foi então seu primeiro dicionário. Nele, os usuários poderiam encontrar as palavras adequadas para elogiar o trabalho de seu pai.

   Agora que você ja' se se instruiu um pouco, por favor, pare de insultar pessoas inteligentas e pare de falar ou escrever “presidenta”..






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segunda-feira, 13 de abril de 2015

TEQUILONOGIA DU ABRAÇO










                                                     

                                                Tequilonogia du abraço









   Um homem, no interior de Minas Gerais,  falava tão calmamente, que parecia medir, meditar sobre cada palavra dita...
   Depois de algum tempo, sentado so', embaixo de uma arvore que lhe dava sombra, ainda pensativo, tirou da boca o cachimbo que pitava, quando viu um conhecido chegar e a ele cumprimentar...

-  Oi cumpadri! Ta' pensativu pitando e tomando sua pincumel?
-  E', cumpadri... Tô pensando nu abraço... Falou o homem que pitava...
-  E u qui e' quiu cumpadri ta' pensandu du abraço? Indagou o outro... 
-  E'... Das invenção doshomi, a qui mais tem sintidu e' u abraço...
   U abraço num tem jeito dum so' apruveita'! Tudo quantu e' genti, nu abraço, participa 
   duma beradim...
   Quandocê ta' danado di sordadi, o abraço de arguém tialivia...
   Quanducê ta' danadu di reiva, vem um, ti abraça e ocê ficate' sem graça di contunua' 
   cum reiva...
   Si ocê ta' filiz e abraça arguém, esse arguém pega um poquim da tualegria...
   Si arguém ta' duenti, quadu ocê abraça eli, eli começa a miroia', i ocê miroia juntu 
   tamém...
   Muita gentimportanti i lertrado ja' tentô da' um jeitu di sabê pruque quie' qui u abraço 
   tem tanta tequilonogia mas, ninguém inda discubriu...
   Mas, iêu sei...
   Foi u ispirito santo di Deus qui mi contô...
   Iêu vo conta' proceis uqui foi qui eli mi falô...
   O abraço e' bão prucaus du coração...
   Quandu ocê abraça arguém, faiz massage nu coração! I u coração du ôtro e' 
   massagiado tamém!
   Mas num e' so' isso, não...
   Aqui ta' a chave du maio' segreditudu: E' qui, quandu abraçamo arguém, nois 
   fiquemo tudo e' cum dois coração nu peito...
   Puisintão, procê qui oviu u quiêu pensei, eu gradeçu di coração i, querendo quiocê 
   carregui meu coração nu peito prumodifica’ cum dois... 
   Tomesse abraço procê!.

   O conhecido, ali de passagem, cumprimentando seu compadre, tirou o chapéu, cocou a cabeça e seguiu seu caminho, pensando:
-  Sera' quéisso qui chamum de "tequilonogia du abraço"?.





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segunda-feira, 6 de abril de 2015

AMASSO NA REDE









                                                             Amasso na Rede









   Wow! So' olhar para o vestido foi suficiente para me "aquecer". Você e', simplesmente, linda. Este vestido fica maravilhoso em você. Haja aspirina...
   Depois de dançarem a noite toda, resolveram conhecer a casa onde a moca morava. A mãe e Ana, uma amiga de Sheila, ja' estavam dormindo. Entraram em silêncio, pois não queriam acorda-las.
   Ela o pegava pela mão e, falando baixinho. Seguia descrevendo o local com detalhes. O levou ate' o seu quarto, mostrou a cama em que deitava para falar com ele todas as noites.
   Passaram pela sala; viram a cozinha, e foram para o lado de fora da casa.
   A noite estava agradável, uma brisa suave podia ser sentida, movendo as folhas das árvores delicadamente.
   Finalmente Sheila apontou para a rede da qual tanto falaram, tantas vezes.
   Ele a pegou pela mão e sentaram no chão da varanda, de onde teriam uma visão melhor do céu estrelado.
   Gino estava "tagarelando" incessantemente, emocionado pela presença da namorada, t
ão desejada, por tanto tempo. Em um dos seus intervalos, entre assuntos, ela perguntou, com a voz mais doce e melodiosa que poderia ouvir: 
-  Você esta com sede, gostaria de um vinho?
   Ele olhou para Sheila, ainda pensado na felicidade que era, finalmente estar a seu lado e respondeu:
-  Que tal Champagne e morangos? 
   Ela sorriu, concordando com a ideia... Gino olhou para a moça enquanto se afastava brejeiramente, com um andar compassado, fazendo com que seu vestido vermelho, o mesmo que ela havia mostrado em uma foto, uma semana antes daquela visita, se movesse de um lado para o outro, como que acariciando tuas pernas, a cada movimento.
   Ainda estava "sonhando" com aquele momento quando a viu chegar com a Champagne, duas ta
ças e um prato, repleto de morangos.
   Ajudou-a a sentar enquanto ela arrumava tudo no chão, forrado por uma pequena toalha, como uma mesa de pic-nic.
   Gino abriu a Champagne, segurando a rolha para evitar o barulho, e serviu duas ta
ças... Brindaram aquele encontro e, ao mesmo tempo, pegaram dois morangos, um para cada um deles. 
   Ela ja' levava sua bebida `a boca quando, impedindo o movimento com seu punho, colocou um morango na boca e se aproximou dela, oferendo a outra metade. Sheila o olhou com um sorriso feliz e, aprovando por antecipação a ideia, mordeu o morango, com os lábios colados aos dele, ao mesmo tempo em que começaram a se beijar.
   Sem separar os rostos, inclinaram suas cabeças ate' que as testas se encontrassem.  

   Ficaram assim por alguns segundos.
   Agora era a vez de Sheila repetir o mesmo ritual...
   O morango realçava o sabor da Champagne, purificando suas emoções e aquecendo aquelas almas. Ele a segurou pela mão e se dirigiram `a rede, enquanto pegando a garrafa a colocava no chão, ao seu alcance imediato.
    Deitou na rede e a colocou de costas por cima de seu corpo, como um cobertor, aquecendo ainda mais seu coração acelerado.
   Sentia cada curva daquele corpo, modelando o seu. Ela encostou a cabeça no ombro do namorado enquanto ele a abra
çava pela cintura, colocando seus pés descalços por cima dos dela enquanto beijava seu pescoço provocativamente, ao mesmo tempo em que acariciava seus seios, pressionando-os levemente com a palma da mão. Sentia aquele corpo feminino estremecer de prazer... Esticou o braço e começou a acariciar as coxas da namorada, apertando-as delicadamente com a ponta dos dedos.
   Ela, não resistindo, virou-se de frente para o namorado, ajeitando seu corpo entre suas pernas e o beijou apaixonadamente, mordendo seus lábios. Gino sentia aquele coração batendo junto ao seu, forte, acelerado...
   Sheila deitou a cabeça sobre o peito que a protegia, como se ajeitando na cama para dormir e ficaram assim por alguns minutos, "saboreando" aquele momento.

   Pouco tempo depois pediu licença... Queria ir ao banheiro. Ele ajudou a namorada se levantar, observando-a se afastar.
   Quando voltou, não o viu na rede. Olhando então para o outro lado pode encontra-lo, fitando-a com admiração. Ela sorriu! Colocou seus braços em volta do pescoço de Gino  e o "empurrou" contra a parede com um beijo molhado, sensual, delicioso. Ele a pegou no colo, ainda beijando, como tentando eternizar aquele momento. A carregava em seus bra
ços, lentamente, em direção `a rede. Inclinou-se e deixou o corpo da moca pousar delicadamente. Serviu outra taça de Champagne e lhe ofereceu. Ela bebeu a metade e devolveu a taça, ainda meia cheia. Gino colocou sua boca sobre a marca do batom ainda impresso e bebeu como se a estivesse beijando também.
   Ela se afastou para o lado e olhou para ele, sensualmente. Gino sorriu e se deitou ao seu lado. Desabotoou sua camisa e a deitou em seu peito nu. Sentia seu perfume tomar conta do ambiente, da mesma maneira que havia acontecido ha' algum tempo.
   Gino a abra
çou, cobrindo-a com sua camisa e com as laterais da rede. Sheila se aconchegou, colocou sua perna quente sobre a dele enquanto o fazia sentir seu corpo nu, por baixo do vestido. A umidade de seu prazer, molhando o vestido, escorria sobre a perna do namorado, demonstrando prazer, paz, tranqüilidade.

   Os primeiros raios de sol vazando as cortinas do quarto fez Gino acordar... Olhando para o lado da cama, por fra
ção  de segundos ainda procurava por Sheila, namorada dos tempos da juventude, que havia conhecido em um dos shows da “Jovem Guarda” e que com ela dividira aquele "amasso na rede"..






Copyright 1/2015 Eugenio Colin