segunda-feira, 6 de abril de 2015

AMASSO NA REDE









                                                             Amasso na Rede









   Wow! So' olhar para o vestido foi suficiente para me "aquecer". Você e', simplesmente, linda. Este vestido fica maravilhoso em você. Haja aspirina...
   Depois de dançarem a noite toda, resolveram conhecer a casa onde a moca morava. A mãe e Ana, uma amiga de Sheila, ja' estavam dormindo. Entraram em silêncio, pois não queriam acorda-las.
   Ela o pegava pela mão e, falando baixinho. Seguia descrevendo o local com detalhes. O levou ate' o seu quarto, mostrou a cama em que deitava para falar com ele todas as noites.
   Passaram pela sala; viram a cozinha, e foram para o lado de fora da casa.
   A noite estava agradável, uma brisa suave podia ser sentida, movendo as folhas das árvores delicadamente.
   Finalmente Sheila apontou para a rede da qual tanto falaram, tantas vezes.
   Ele a pegou pela mão e sentaram no chão da varanda, de onde teriam uma visão melhor do céu estrelado.
   Gino estava "tagarelando" incessantemente, emocionado pela presença da namorada, t
ão desejada, por tanto tempo. Em um dos seus intervalos, entre assuntos, ela perguntou, com a voz mais doce e melodiosa que poderia ouvir: 
-  Você esta com sede, gostaria de um vinho?
   Ele olhou para Sheila, ainda pensado na felicidade que era, finalmente estar a seu lado e respondeu:
-  Que tal Champagne e morangos? 
   Ela sorriu, concordando com a ideia... Gino olhou para a moça enquanto se afastava brejeiramente, com um andar compassado, fazendo com que seu vestido vermelho, o mesmo que ela havia mostrado em uma foto, uma semana antes daquela visita, se movesse de um lado para o outro, como que acariciando tuas pernas, a cada movimento.
   Ainda estava "sonhando" com aquele momento quando a viu chegar com a Champagne, duas ta
ças e um prato, repleto de morangos.
   Ajudou-a a sentar enquanto ela arrumava tudo no chão, forrado por uma pequena toalha, como uma mesa de pic-nic.
   Gino abriu a Champagne, segurando a rolha para evitar o barulho, e serviu duas ta
ças... Brindaram aquele encontro e, ao mesmo tempo, pegaram dois morangos, um para cada um deles. 
   Ela ja' levava sua bebida `a boca quando, impedindo o movimento com seu punho, colocou um morango na boca e se aproximou dela, oferendo a outra metade. Sheila o olhou com um sorriso feliz e, aprovando por antecipação a ideia, mordeu o morango, com os lábios colados aos dele, ao mesmo tempo em que começaram a se beijar.
   Sem separar os rostos, inclinaram suas cabeças ate' que as testas se encontrassem.  

   Ficaram assim por alguns segundos.
   Agora era a vez de Sheila repetir o mesmo ritual...
   O morango realçava o sabor da Champagne, purificando suas emoções e aquecendo aquelas almas. Ele a segurou pela mão e se dirigiram `a rede, enquanto pegando a garrafa a colocava no chão, ao seu alcance imediato.
    Deitou na rede e a colocou de costas por cima de seu corpo, como um cobertor, aquecendo ainda mais seu coração acelerado.
   Sentia cada curva daquele corpo, modelando o seu. Ela encostou a cabeça no ombro do namorado enquanto ele a abra
çava pela cintura, colocando seus pés descalços por cima dos dela enquanto beijava seu pescoço provocativamente, ao mesmo tempo em que acariciava seus seios, pressionando-os levemente com a palma da mão. Sentia aquele corpo feminino estremecer de prazer... Esticou o braço e começou a acariciar as coxas da namorada, apertando-as delicadamente com a ponta dos dedos.
   Ela, não resistindo, virou-se de frente para o namorado, ajeitando seu corpo entre suas pernas e o beijou apaixonadamente, mordendo seus lábios. Gino sentia aquele coração batendo junto ao seu, forte, acelerado...
   Sheila deitou a cabeça sobre o peito que a protegia, como se ajeitando na cama para dormir e ficaram assim por alguns minutos, "saboreando" aquele momento.

   Pouco tempo depois pediu licença... Queria ir ao banheiro. Ele ajudou a namorada se levantar, observando-a se afastar.
   Quando voltou, não o viu na rede. Olhando então para o outro lado pode encontra-lo, fitando-a com admiração. Ela sorriu! Colocou seus braços em volta do pescoço de Gino  e o "empurrou" contra a parede com um beijo molhado, sensual, delicioso. Ele a pegou no colo, ainda beijando, como tentando eternizar aquele momento. A carregava em seus bra
ços, lentamente, em direção `a rede. Inclinou-se e deixou o corpo da moca pousar delicadamente. Serviu outra taça de Champagne e lhe ofereceu. Ela bebeu a metade e devolveu a taça, ainda meia cheia. Gino colocou sua boca sobre a marca do batom ainda impresso e bebeu como se a estivesse beijando também.
   Ela se afastou para o lado e olhou para ele, sensualmente. Gino sorriu e se deitou ao seu lado. Desabotoou sua camisa e a deitou em seu peito nu. Sentia seu perfume tomar conta do ambiente, da mesma maneira que havia acontecido ha' algum tempo.
   Gino a abra
çou, cobrindo-a com sua camisa e com as laterais da rede. Sheila se aconchegou, colocou sua perna quente sobre a dele enquanto o fazia sentir seu corpo nu, por baixo do vestido. A umidade de seu prazer, molhando o vestido, escorria sobre a perna do namorado, demonstrando prazer, paz, tranqüilidade.

   Os primeiros raios de sol vazando as cortinas do quarto fez Gino acordar... Olhando para o lado da cama, por fra
ção  de segundos ainda procurava por Sheila, namorada dos tempos da juventude, que havia conhecido em um dos shows da “Jovem Guarda” e que com ela dividira aquele "amasso na rede"..






Copyright 1/2015 Eugenio Colin

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