sexta-feira, 15 de março de 2019

A REALIDADE DO PINTO ENCOLHIDO









                                         A Realidade do Pinto Encolhido










   Bráulio Jiromba Vergo Estaca Pinto, ao comemorar seu sexagésimo quinto aniversario começava a ficar preocupado. Um dia em uma reunião entre amigos, ouviu de um deles que `a medida que a idade chega, começamos a ver nossa altura diminuir...
   De inicio não deu muita importância `aquela observação. Tinha quase dois metros de altura e, se perdesse alguns centímetros, talvez fosse ate' providencial uma vez que evitaria que continuasse dando tanta porrada na testa toda vez que esquecia de abaixar a cabeça para passar por portas sub dimensionadas de minha casa minha vida, projeto governamental para o qual sua empresa de engenharia trabalhava.
   O que ninguém nunca entendeu e' que, se ele mesmo sofria as consequências da "economia de altura" nas casas e apartamentos que sua própria empresa projetava, porque não resolvia o problema. Parecia ate' que era como se aquelas porradas de sua testa tanto sofria estivessem tentando dizer que aquelas moradia, com aquelas dimensões, só deveriam ser projetadas e contruídas se fossem destinadas `a anões.
   Em sua opinião todo aquilo, ate' então era completamente irrelevante ate' o dia em que, ao se banhar, percebeu que havia uma parte de seu corpo que havia dininuído consideravelmente. Aquela observação começou `a invadir sua mente imediatamente, ao mesmo tempo em que ensaboava sua masculinidade enquanto tentava lembrar se realmente naquela observação havia algo de fidedignidade.
   Tão impressionado estava que, assim que saiu do chuveiro e se enxugou, correu `a sua caixa de ferramenta, passou a mão em uma trena, colocou o "objeto de seu desassossego", sobre a mesa da cozinha e, esticando a trena, mediu o atual comprimento de seu pinto.
-  Onze centímetros? Puta que pariu... So' isso? Aquele puto tinha razão! Estou encolhendo... Gritou, apavorado `as paredes da casa solitária onde sozinho vivia. O pensamento que nunca mais teria a companhia daquelas mulheres lindas, que semanalmente se hospedavam em sua residencia temporariamente, o apavorava... "quem vai querer brincar com um brinquedo que nem conseguem segurar?" Pensava constantemente.
   Não era possível, pensou. "Esta porra ja' era pequeno, daqui ha' pouco não vai nem servir para fazer xixi."
  "A ultima coisa que quero para minha vida e' ser diferenciado de meu neto, unicamente porque ele pensa que o pinto so' serve para fazer xixi e eu tenho certeza." Pensou, desesperado.
   Para um homem do qual todos os seu nomes significam "trolha", ou "Pênis" na mente dos mais eruditos, aquilo era uma tragedia.
   Após `aquele banho fatídico, aquela constatação não saia de sua cabeça. Tinha que tomar alguma providencia para solucionar aquele imbróglio.
   Nosso amigo estava tão desesperado que um dia ate' sonhou que uma de suas namoradas, injuriada porque não conseguiu atingir nenhum clímax, foi ate' sua própria cozinha, passou a mão em uma tesoura, daquelas grandes e pontudas, destinadas `a cortar frango, voltou para cama, cortou seu "pinguelo" e jogou pela janela, bem em frente a casinha do cachorro da vizinha.
   Na noite seguinte, sonhou que andava pelado por um jardim zoológico quando se deparou com dois elefantes. Olhando para os elefantes, ouviu um deles falar para o outro: "como e' que esse cara consegue se alimentar com aquilo, daquele tamanho?"
   Sua vida havia terminado, nada mais fazia sentido, ate' animais zombavam de sua anatomia.
   Havia se transformado em uma criatura depressiva, triste, nem lembrava aquele homem que abraçava, beijava e desejava qualquer mulher que por ele cruzava.
   Uma noite, levantou-se no meio da madrugada para fazer xixi. Resolveu sentar-se no vaso, talvez com medo de cair, tão amodorrado que estava... De repente, com um sorriso iluminando o rosto sonolento, sentiu algo frio encostando na ponta do de seu "estrovalho".
   Olhou para o vaso onde sentava e percebeu que sua "piromba" havia encostado no fundo do vaso. Imediatamente gritou:
-  Ooooooo, o campeão voltou, o campeão voltou!
   Feliz da vida, acreditando que seu problema havia sido resolvido por algum milagre do destino, segurou seu "pichoto" com todo carinho e levantou-se do vaso, acreditando ser o homem mais feliz do mundo.
   Foi quando,  reparou que havia se sentado no vaso sem abaixar o assento, assim sendo estava mais baixo do que o normal, única razão pela qual o tal pichoto tocou na parte interior do vaso criando a ilusão que o "negocio" havia misteriosamente crescido, da noite pro dia.
   Olhou para o vaso, olhou para a "pirrola" que ainda guardava em sua mão, balançou a cabeça, desiludido, (como um menino que tem seu picole' roubado da mão, justamente quando ia dar a primeira lambida), quem sabe em sinal de finalmente estar começando a aceitar a realidade do pinto encolhido.







Copiright 7/2018 Eugene Colin.

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