Pegadas
E’ interessante perceber, apesar do muito que sabemos, como nossa compreensão e’ limitada em diversos aspectos.
Existem em muitos países, cientistas que dedicam e dedicaram toda uma vida na tentativa de entender como nosso cérebro funciona. Os estudos ainda estão, praticamente, em fazes preliminares. Muitos ainda tentando desvendar cérebros menos complexos como o de uma mosca, por exemplo.
Mas, assim mesmo, conscientes de nossa limitação, muitas vezes tentamos entender os mistérios de Deus.
Em 1943, Reinhold Niebuhr escreveu a oração da serenidade, que diz: Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir uma da outra – vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz, considerando o mundo pecador como ele é, e não como gostaria que ele fosse, confiando em Deus para endireitar todas as coisas para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e sumamente feliz contigo na eternidade. Amém.
Normalmente procuramos preencher o vácuo de nossa compreensão com algo fácil de entender ou assimilar, concluindo assim a busca por algo que, de antemão, sabemos imcompreensível.
Existe na América um conto muito conhecido pela maioria das pessoas religiosas; “Footprints”. Ele relata a historia de um homem que, ao morrer, questionava Deus sobre sua vida.
Este conto e’ um exemplo tipico de como vemos as coisas mais claras de uma maneira destorcida e não conseguimos entender eventos simples. Como se fosse um desenho de ilusão ótica que, depois que conseguirmos visualiza-lo pela primeira vez, nunca mais nos esquecemos.
Apesar de gostar da historia, o fato de estar escrito em prosa não me agradava.
Resolvi então, traduzi-lo para Português e, desta vez, em forma de poema..
Pegadas
Um homem no céu por Deus esperando
o juízo final, com calma aguardava,
olhando pra Terra apenas pensando
em locais e pessoas que ainda amava...
Ao ver Deus chegar `a ele sorrindo,
humilde dizia ao seu criador,
tristeza na alma ainda sentindo,
apesar de ama-Lo com todo fervor...
Por toda uma vida andaste comigo.
Os passos lado a lado a praia la’ mostra
mas, nas horas mais duras a mim destinadas,
não vi tuas pegadas na areia marcadas...
Filho! O’ meu filho! Como todo mortal
ainda la’ em baixo, tu pensas igual,
sem ver com clareza o que acontece,
aceitando apenas o que lhe parece...
Pegadas de um so’ que vez no caminho,
quando pensas que triste andavas sozinho,
são marcas que eu deixava no solo
quando a ti, em meus braços, trazia no colo...
Copyright 8/2017 Eugene Colin
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